segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Cansei....

Dos milhões de carros e buzinas.
Do ar poluído e do pó que respiro todos os dias.
De ter que olhar para as pessoas quando não quero. Ainda mais pessoas feias. Não é preconceito, mas quando não se conhece alguém direito, a carcaça é o que vale. E olhar para pessoas feias, deixa seu dia feio.
De ter intimidade com dezenas de pessoas por alguns segundos.
De ter que compartilhar momentos com outras pessoas, quando na verdade o momento só pertence a mim.
De ter minha privacidade invadida a todo o momento, e não poder ser sozinha quando desejado.
De ter que doar meu dia/vida em troca de um mero pedaço de papel – que comanda a humanidade.
De ter que fingir que ajo como máquina, quando sou só carne e sentimento.
De ter que guardar meus pensamentos só para mim, para não ser tratada com desdém pela maioria na sociedade.
De ter que lutar diariamente para não cair no desgosto, ao ver como o mundo está.
De ter quase certeza que meu pessimismo está certo: nada mudará, talvez só eu.
De só TER e não SER.
...
Mas amanhã é outro dia, e tudo começa onde termina.



“(...) Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça”. (Fernando Pessoa)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Puta hoje eu ia escrever sobre ganja, marihuana, cannabis sativa, mas deixa pra lá!
É tanta coisa que envolve a crença popular que a erva desestressante é do diabo, que se for ficar citando argumentos aqui dá pra escrever um livro:)
Em suma: "A proibição da maconha foi coisa dos CARETAS americanos; tudo isso por medo de as pessoas pararem de produzir compulsivamente, pois quer pior desgraça pra um americano que isso?(Arnaldo Jabor). Não sei se a citação está completamente correta, mas não precisa dizer mais nada, né?!
Fiquem ai estressados e agindo como máquinas. Eu quero ir mais além!:)

Agora um Blues da Piedade,Cazuza!

Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas

Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm

Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia

Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça

Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

sexta-feira, 20 de novembro de 2009




Vontade de um fire, de uma praia, de uma breja, de um amigo do lado.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A brisa que me deixou pensativa: O ser humano é o que? Nós somos materializados em um corpo que não conhecemos direito. Eu não me vejo de frente nem de costas.
Enfim... isso ficou na minha mente até umas horas...

Ps: Hoje eu dou valor a todos os tipos de sabedoria, principalmente da rua.
Viva o tiozinho da praça da São Judas! Sei lá, não dá pra perceber se ele está bêbado ou se já ficou assim, mas é um ser humano que tem sua sabedoria..A CONSIDERAR!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, aqui estou!

(...)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e o sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si-próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda hora.

(Alberto Caeiro).

Eu estou completamente apaixonada e envolvida pelas palavras deste SER.
Há tempos não sinto algo tão tocante e profundo ao ler e me remeter a uma obra.
Sinto por não tê-lo descoberto ou olhado com outros olhos antes... Mas o importante é que nunca é tarde!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Pergunta que não quer calar: Aula de sociologia que eu tenho e quase não entendo nada...
Mas é foda vc ler algo e enxergar que tudo o que o autor falou aconteceu, está acontecendo ou acontecerá,como uma profecia saca?! Será que eu conseguirei ser uma profeta?
Analisar a sociedade de consumo e o capitalismo assusta; o quanto a sociedade está moldada pelo sistema que influencia da sexualidade a agressividade, psiquica, fisíca, etc.
O pior é que se cria necessidades fúteis que se tornam vitais, que parece que é inerente ao humano... muito medo!
Haja reflexão para tentar ver alguma saída pra tudo isso, afinal faço parte e estou junta e misturada, talvez em menos grau, vai sabá.
Enfim, a pergunta que não quer calar: quem é o sistema? Quem faz a causa? Para quem posso apontar e indagar porque a sociedade está assim? Será que sou eu? Será que é você? Será que somos nós, que não estamos nem ai pra nada só preocupados em fortalecer mesmo que inconscientemente nosso egoísmo?
A possível saída que estou estudando: criar novamente critérios(ideías) novos de necessidade.
Tarefa fácil essa, não?!




Com juízo suspenso confusa estou. Realmente não sei o quero para minha vida.