Algumas coisas aconteceram desde minha mudança de São Paulo para Natal.
A primeira delas é a constatação do pensamento platônico que nos assola há uns 5.000 mil anos; o idealismo, criamos ideais quando a realidade é chocante.
A cidade de Natal é linda. Realmente agora passado o susto estou entregue e certa de que encontrei a paz e a consonância com a natureza que tanto buscava. Porém o que mais me deixou atônita e chocada foram as pessoas.
Jah! Que povo estranho, fechado e limitado! Desde que ouvi e/ou vi uma sujeitinha falando que não precisava fazer novas amizades já me assustei, mas chegando aqui me deparei com uma falta de educação que eu pressupunha ter ficado no tempo da minha mãe. Mas não, jovens mal educados, ao ponto de você estar com uma galera e a pessoa ter a capacidade de cumprimentar a todos e nem olhar na sua cara pelo simples fato de não conhecer. Sem falar nos bolos, você marcar com a pessoa e ela nem aí. O que acho mais engraçado é que a galera daqui reclama pra caralho, mas não se permite conhecer gente de fora. Bairrismo idiota, de gente com mente limitadíssima... pra quem era acostumada a fazer amizades em banheiro de balada, isso aqui é um horror.
Porque sim, São Paulo é a cidade da jogação, do se permitir e viver o momento, o role. Confesso que fiquei muito triste, pois pensava que aqui teria a humanidade que até então para mim não existia em São Paulo, mas quer saber? Simpatia e hospitalidade é só para turista ver, isso sim.
Como sou humano demasiado humano, esse tipo de tratamento me causa náusea, angústia, só que passado esses três meses me acostumei e a vida sempre sábia se encarrega de colocar uns vida loka em nosso caminho.
E não adianta, o ser humano é estranho mesmo, posso estar em Roma ou Bogotá, vai ser sempre assim... uma pena.
A vida de casada não é fácil. Tem que se abrir mão de certas coisas, relevar, ter paciência, mas por enquanto tudo caminha bem, pois somos livres acima de tudo e só tenho que agradecer por ter um companheiro do meu lado.
Ainda tem muita coisa a ser trilhada, novas experiências, mas uma certeza: de que viver o momento, deixar a vida te levar é o melhor a se fazer. Somos parte da natureza e fazemos nosso próprio caminho, todavia seguimos um fluxo naturalmente nosso.