segunda-feira, 31 de agosto de 2009

...Vivendo na linha tênue da realidade e da imaginação, que dá leveza a minha desilusão....

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Não tinha noção do que iria acontecer na minha vida ao decidir estudar filosofia.
Tudo tão intenso, tudo ficando as claras, mas ao mesmo tempo ficando cada vez mais horrível. Bem que aquele louco do Nieztsche tinha razão “A vida é mais doce para quem não pensa em nada”.
Pois bem, aqui escrevo pra ver se estou assimilando bem as idéias, há agora um processo de maiêutica intenso....rs

Não existe nada se não existe história, e para entender o funcionamento de tudo (acho) temos que recorrer ao processo histórico. Hoje o que me interessa é a história da humanidade.
Não sei quem criou o mundo, se foi o Demiurgo de Platão, ou a explosões do universo, ou se foi o Deus da bíblia cristã, mas já que estamos aqui mesmo...
A história do lado ocidental realmente deu um grande salto, quando alguns indivíduos da Grécia começaram a se perguntar o que era o mundo/universo. De Homero à Parmênides quando o mesmo se indagou o que é o SER? Veio Sócrates com a sua brilhante idéia sobre filosofia – a dialética, o parir idéias para conhecer a si mesmo(pra mim filosofia de verdade é o que ele fez.) Daí veio Platão com seu mundo das idéias e que essa vida (mundo sensível) é só imitação, com seu Demiurgo(que o cristianismo “pegou” – romanos, total). Aristóteles(o cara mais foda que já existiu) com sua física e metafísica que praticamente inaugurou o que conhecemos como ciência hoje – desculpem mas isso é um resumão... Eles eram inteligentes, ociosos mesmo, a maioria era bem de vida, curtiam a vida com suas orgias e seu néctar, enfim com uma vida dessa só podia surgir coisas boas.
Lembrando que isso aconteceu 500 a.C...
Depois de Cristo, o mundo(o que havia sido descoberto, é claro)foi dominado pelos romanos e o dogma cristão. Seguiam fortemente a física de Aristóteles, até que surgiu um tal chamado Galileu, que botou tudo morro abaixo. Ele “descobriu” que a Terra não era o centro do universo (conforme afirmava Aristóteles). Isso causou um alvoroço geral, tanto que ele foi condenado pela Inquisição, e só se salvou porque era amigo dos papa/padres, etc... E o tempo não parou, e as coisas foram mudando, mudando, mudando.
Eis que surge Descartes, o pai da filosofia moderna, se hoje o mundo é o que é, foi graças ao pensamento dele. Pra variar ele era rico e tinha tempo pra pensar, pensou tanto que refutou todo o sistema aristotélico que até então era seguido.
Inventou um método para se chegar a verdade, de se duvidar de tudo até que se chegue ao estágio de não duvidar mais: está ai a verdade. Inventou outra metafísica(da qual estou estudando) e aquela frase/pensamento que todo mundo conhece: Penso, logo existo; que eu acabei de descobrir que está errada, a real é “ eu sou, eu penso, eu existo”.
A importância de Descartes para a modernidade foi enorme, pois foi com ele que surge o racionalismo (que todos nós conhecemos bem). A vontade do ser humano em explicar tudo, foi gerando um desencantamento.
Séc. XVIII e XIX, Revolução Francesa, Revolução Industrial e a humanidade tomou um rumo que não tem mais volta.
Criação do trabalho remunerado, início do capitalismo, a burguesia reinando, tecnologias cada vez se tornando mais avançadas, e o apetite pelo poder, pelo acúmulo de capital, valores totalmente invertidos, etc, etc. aqui começa a modernidade.
Séc. XX guerras mundiais, sociedade comandada pelo consumo, a era do que SER não é tão importante quanto TER, terror, nossas vidas comandadas por outros, eles dão as cartas e ditam o que iremos fazer; perdemos totalmente a autonomia...
Enfim, é muita coisa pra pensar que se eu for escrever é capaz de dar um livro. Tudo isso surgiu depois da aula que tive ontem.
Estou tentando descobrir, o que é a modernidade? Tentando entendê-la, para ver se consigo obter as respostas das minhas perguntas.
A confusão está instaurada em minha cabeça e a decepção cada vez mais forte em meu coração....
Vamo que vamo pois a história tem que continuar...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O relógio marca 07:00 hrs. O sonho é tão bom que parece real; não, eu não quero acordar.
O despertador faz questão de tocar e acabar com minha profunda imaginação.
Escovo os dentes, tomo banho, me arrumo. Nunca saio no horário, meu maior defeito é a impontualidade.
Subo a ladeira dos aflitos, minhas pernas ardem de cansaço. Corro e consigo pegar o ônibus que vai me levar rumo ao metrô. Todo meu humor vai embora a partir deste momento.
Com a bolsa pesada e o ônibus lotado, não tem uma alma bondosa que se ofereça a ajudar essa trabalhadora brasileira.
Uns fingem dormir, colocam seus mp3 pra tocar, outros nem olham pra sua cara. Os sortudos de conseguirem ir sentado são individualistas, gentileza zerooooooo.
Chego na estação de mêtro; agora a situação é pior, a luta agora é de quem é mais forte, quem empurra mais. Esse negócio de 8 pessoas por metro quadrado é mentira, tem 12 por metro quadrado. E sempre com pessoas individualistas e mal educadas.
Essa é sensação que tenho todos os dias ao fazer a longa jornada a fim de cumprir com minhas obrigações. Beira ao absurdo a falta de prestatividade, é cada um por si mesmo, e se bobear passam por cima de você e ainda pisam na sua cabeça.
É claro que a culpa não é total deles, e sim do governo que não faz absolutamente nada para melhorar, pelo contrário. Se bem que, quem foi que colocou no poder????
A minha raiva aumenta mais, pois eu não colaborei para que os que estão ai se elegessem...
Enfim.... o meu único desejo é ver essa Babilônia cair.
Trecho livro Tudo que é sólido se desmancha no ar.

“ de um lado, pela destruição premeditada de grande quantidade de forças produtivas; de outro, pela conquista de novos mercados e exploração mais aperfeiçoada dos antigos” (Marx).
“Crises podem aniquilar pessoas e companhias que são, por definição de mercado, relativamente fracas e ineficientes; podem abrir espaço para novos investimentos e redesenvolvimentos; podem forçar a burguesia a inovar, expandir e combinar seus instrumentos de maneira mais engenhosa que antes: crises podem, portanto, atuar como inesperadas fontes de força e resistência do capitalismo”.(Berman, 1981).

Reparem só que este livro foi escrito em 1981 e os escritos de Marx no séc XIX. Agora me pergunto; alguma coisa mudou? O capitalismo domina e desmancha tudo na hora que bem entende, e hoje ainda por cima faz questão de incultar o pânico em nossas vidas.
Eu acredito que as histórias são cíclicas... Minha “crença” que esse mundo tem jeito está em processo agonizante...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Desabafo.

Ontem cheguei a conclusão que não sou feliz plenamente. E o motivo é único: viver em São Paulo.
Tudo me incomoda nesta cidade; muita gente, a dificuldade de ir e vir numa boa, esse tempo horrível que faz aqui, a insensibilidade das pessoas, o barulho, o cheiro, enfim... tudo. Se existe algo que odeio na vida, esse algo é São Paulo.
Não vou falar que sou infeliz total pq também não verdade. Tenho paz, saúde, algumas poucas pessoas que valem a pena em minha vida... Mas não há plenitude. Não há felicidade plena.
Nem sei se isso existe de verdade,´já que somos seres insatisfeitos constantemente, mas acreditar não custa nada.
Gosto de tranquilidade, tudo que SP pode me oferecer é o caos. Se tem uma coisa que todo dia peço aos deuses é que eu vá embora deste inferno o mais rápido possível. Para um lugar que pelo menos não tenha linha vermelha do metrô com um bando de gente feia e mal encarada da ZL, da qual vc tem que empurrar e ser empurrada para conseguir embarcar para chegar a algum lugar.

Vida de gado, povo marcado e povo feliz... Será???????

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Tudo vira bosta!

Tô começando a experenciar uma fase da qual jamais pensei que iria fazer parte: Trabalhar e estudar para conseguir uma sobrevida da sobrevivência...urggggggg.
Ah! Como eu queria ter o poder de ver como teria sido as escolhas que não escolhi.
Bosta! Não tenho esse poder.

Tudo vira bosta.(Rita Lee)

O ovo frito, o caviar e o cozido
A buchada e o cabrito
O cinzento e o colorido
A ditadura e o oprimido
O prometido e não cumprido
E o programa do partido
Tudo vira bosta...

O vinho branco, a cachaça, o chope escuro
O herói e o dedo-duro
O grafite lá no muro
Seu cartão e seu seguro
Quem cobrou ou pagou juro
Meu passado e meu futuro
Tudo vira bosta...

Um dia depois
Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta...

Filé 'minhão', 'champinhão', 'Don Perrinhão'
Salsichão, arroz, feijão
Mulçumano e cristão
A Mercedes e o Fuscão
A patroa do patrão
Meu salário e meu tesão
Tudo vira bosta...

O pão-de-ló, brevidade da vovó
O fondue, o mocotó
Pavaroti, Xororó
Minha Eguinha Pocotó
Ninguém vai escapar do pó
Sua boca e seu loló
Tudo vira bosta...

Um dia depois
Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta...

A rabada, o tutu, o frango assado
O jiló e o quiabo
Prostituta e deputado
A virtude e o pecado
Esse governo e o passado
Vai você que eu 'tô cansado'
Tudo vira bosta...

Um dia depois
Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta...


É isso ou não:)