Lendo artigos de pessoas com conhecimento avançado, essa semana houve uma coincidência de temas acerca disto.
Quanto às pessoas, na gana de terem experiências intensas, cada vez mais intensas, esquecem que a vida é algo simples.
Pois bem, fazendo uma síntese reflexiva, do pouco que estudei, e do quase nada que tenho de conhecimento, cada dia que passa, meus olhos enxergam este século XXI, esta nova era como a concretização do ser humano em sua máxima artificial.
Olhe ao seu redor e pense em um instante o quanto de real acontece com você.
Quais sentimentos, ações, relações são realmente simples e reais?
Claro que eu como primeira pessoa, falo, penso por mim, de mim, e eu sofro muito com essa superficialidade que toma conta do mundo.
De alguma maneira sou atingida e faço parte dos superficiais, por questão de sobrevivência.
Na roda que gira, as pessoas que pensam, que tem opiniões, que sentem o mundo, são caladas, excluídas, taxadas de loucas e desdenhadas pela maioria que vive no mundo criado que essa era pós moderna te incentiva a criar.
A utopia do ser humano é a de poder ser ouvido, ser visto, ser reconhecido por este mundo, e daí vem à pergunta: adianta tanta exposição, essa necessidade que temos de nos mostrar, por acaso o reconhecimento vem? E tudo não passa de virtual?
Essa nova era da qual estou incluída até o pescoço, faz com que a insatisfação que é inerente ao ser humano se potencialize a velocidade com que tudo muda.
A mudança desenfreada nos obriga a mudar, a correr, a passar pela vida sem nos dar conta da própria. Sempre achamos que nunca é o bastante, que a vida pode nos dar mais, que ela tem que dar mais, ser mais, ter mais, mais, mais, mais, mais.
É tanto mais, que não conseguimos o menos, enxergar a grande e misteriosa magia que é a vida, do quanto é bom ser agraciado por isso e aproveitá-la da maneira que ela é, sem mais, nem menos.
Tudo que li envolta do assunto me deixou perturbada, ao constatar que o meu mundo imaginário e ilusivo é mais forte, mais feliz, e mais essencial a mim do que a realidade que me cerca, apesar de ter plena consciência do que a minha realidade é, e o que ela implica.
Essa busca frenética por necessidades impostas que não retratam a essência humana, a vontade humana, sufoca, ludibria e faz com que nós seres humanos vivamos e sejamos uma verdadeira mentira.
A sensação que me cabe ao momento é essa, ou vai dizer que o que se mostra por aí nas telas que são nossas companhias mais que entes queridos, mostram a verdadeira vida, os sentimentos e acontecimentos reais?
Por enquanto eu fico aqui sem ser reconhecida pelo mundo, com uma imensa vontade disso, mas com a total responsabilidade de tornar minha vida algo verdadeiro, pelo menos para mim.