terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Reflexão do ano (2010)

Sempre quando chega final de ano costumo fazer um balanço dos acontecimentos.
2010 foi um ano morno. Não tenho do que reclamar nas limitações que a vida me impõe. Este ano a paz e a calmaria reinaram durante quase 12 meses.
Para quem precisa de inquietações, a calmaria soa estranha e transforma-se em tédio.
Tudo andou nos trilhos: trabalho igual, faculdade superada, namoro estável, vida social mais ou menos rsrsrs.
Corinthians me fez chorar, Brasil perdeu e tirou o gosto da diversão estendida. Altas baladas homéricas, aniversário diferente numa balada com gente e muita mais muita risada!
Uma morte inesperada, um golpe que me pegou e levou de mim um bom dinheiro e problemas corriqueiros que fazem parte da vida de pobre marcaram presença neste ano.
Aqui estou para agradecer e reclamar já que a ambigüidade vive em mim.
Só sei que vivi todos esses 360 e poucos dias com afinco tentando, imaginando, querendo coisas boas e novas.
Ando deprimida por me dar conta de todas as mudanças que ocorrem com a gente sem nosso consentimento, mas tentando compreender o quanto à vida é perfeita, pois hoje se perde aqui, amanhã se ganha ali sem mais delongas.
O que espero do ano que se inicia na civilização e que é contínuo para mim?
Que seja um ano do novo, do forte que move os afetos, dos planos concretos e que Jah abençoe a mim, minha família e que nós consigamos o que mais desejamos: uma qualidade de vida melhor, em outro lugar. Que Jah me ajude a mudar o que realmente eu quero. Paz, saúde para minha mãe, sanidade e coragem para mim, força para minha irmã, vaidade para meu namorado, luz para os poucos que me acompanham e para o universo compreensão.
Que venha 2011 com os desafios já impostos e que ano que vem eu esteja aqui para agradecer o que foi conquistado.

O amor de Jah nos protegerá! Jah Bless

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Desabafo.

Em alguns momentos tenho a vontade de congelar fases.
Fases boas obviamente.
Em alguns momentos não gostaria que existisse a mudança.
A razão dessa vontade de não querer?
O fato de as pessoas irem embora da sua vida sem mais nem menos.
Objetivando a fugacidade da vida, o quanto tudo é efêmero e que no final só irão existir resquícios de lembranças.
Egoísta. Quero o mundo, tudo só para mim e mais ninguém.
Quero o direito de ser feliz e que os outros não tenham esse direito.
Tudo pelo medo, pela constatação do abandono.
Não sou suficientemente boa para que as pessoas queiram estar ao meu lado.
E assim vou levando a vida.
Tendo por alguns momentos pessoas e em outro não tendo mais.
Aprendendo a criar novas imaginações ou novas pessoas para logo menos ser assolada por este sentimento, de novo.
É certo que passarei o resto dos meus dias assim.... isso não vai mudar.


Ta foda! Fazia muito tempo que eu não me sentia tão rejeitada pelo mundo...
To numa bad só!
Que Jah acalente meu coração, tenha piedade de mim e faça com que eu me conforme com essa condição que a vida me impôs.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Afinal o que querem as mulheres?

Vou confessar, eu tenho uma enorme dificuldade em manter uma amizade com o sexo feminino.
Vira e mexe me pergunto qual a razão que me levou a esta dificuldade.
Sou feminina, menininha saca? Mas penso e sou prática como homem.
Meus maiores amigos são homens e gays.
Gostaria de uma amizade feminina para poder compartilhar, curtir, fofocar, enfim fazer coisas que só mulheres fazem, porém cadê que eu consigo?
Recorrendo um pouco a Freud e fazendo uma análise agora nesse momento, posso deduzir que não tenho amizades femininas por conta das humilhações que passei na infância por ser a patinha feia e tímida.
Sofri muito com isso, por ser rejeitada porque não tinha a beleza imposta da época, e rejeição vinda de mulher é a treva.
Concerteza transferi isso ao decorrer do meu caminho e tomei gosto pela amizade com homens e gays, assim eu fico no controle da situação.
O que me conforta é que a patinha feia tornou-se uma mulher bonita e com conteúdo, diferente das meninas que me humilharam que viraram cada canhão...hahahaha
Enfim, preciso muito de amizades femininas, alguém neste mundo se habilita? Ou dá dicas de como ter sucesso nas amizades entre mulheres?

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Nunca pretendi ser senão um sonhador. (Bernardo Soares)

Outrora colocava sonhos em um plano infinitamente menor que agora.
Achava que o tal do sonho era somente os sonhos que a sociedade nos vendia. Eu como rebelde que sou, recusava sonhos. Há dois anos se alguém me perguntasse qual era, o que era meu sonho eu dizia NENHUM.
Pessoas ficavam assustadas e se indagavam “Como alguém pode viver sem sonhos” e eu tinha a resposta na ponta da língua “Eu vivo de realidade”.
Graças as navegações precisas que a vida dá, hoje tenho uma concepção, uma compreensão diferente em relação aos sonhos.
Sonho para mim hoje é um fenômeno paralelo que existe para ajudar a suportar a realidade que na maior parte do tempo não é realizável. É um subterfúgio da mente, da alma.
Não sei de onde vem, e nem quero indagar como faziam grandes filósofos se a realidade é a de quando dormimos ou quando acordamos. Sobre esta questão suspendo meu juízo.
Sonhos se realizam em conjunto com a imaginação e servem para realizar, ilustrar situações impossíveis ou difíceis de se tornarem concretas na realidade acordada.
Sonho dormindo ou acordada não importa a hora e lugar, o mais importante é que descobri que sou totalmente composta de sonhos, que minha vida não teria sentido algum se não houvesse sonhos que dão cor, luz e acalento a dura realidade que é a minha vida.
Bernardo Soares tem razão, só que com um adendo: eu não pretendo, eu sou uma sonhadora.....

Texto inspirado após mais um sonho delicioso que tive ontem, que realizou, que tornou real por 7 horas desejos profundos e de certa forma impossíveis.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Liberdade poética.

Tudo está sem graça.
Falta animo, paixão nos afazeres do dia a dia.
Tédio é a palavra e a sensação correta.
Tédio do igual, do diferente em que nada me afeta.
Na falta de companheiros além do único que tenho,
Vivo imersa nos sonhos que nunca cessam dentro de mim.
A realidade é virtual e demasiadamente desencorajadora.
Queria ter voz, ouvidos, dinâmica perante a vida.
Sentar, tomar uma cerveja, conversar e ser entendida.
Frente ao mar de Pipa.
Eu disse.... vivo sonhando......

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Queria deliciar-me nos seus beijos
Lambuzar-me nos seus abraços e afagos.
Sentir meu corpo estremecer no sussurro de suas palavras,
No toque singelo de seus lábios no encontro do meu corpo.
Aprender cada movimento no seu jeito de fazer sexo comigo,
Ser sua aluna, pronta para realizar cada um de seus desejos.
Mergulhar no teu suor, e juntos encontrar nossos ápices.
E no outro dia acordar e começar tudo novamente,
Como algo novo e sem fim.
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Existem certas vontades que são impossíveis.