segunda-feira, 25 de abril de 2011

Só reclamo e não ajo, isto é fato.
Sou por inteira preguiça, não consigo ver um palmo a frente na minha vida.
Sinto falta, mas não peço.
Sou orgulhosa.
Amo um drama, assim a vida fica mais excitante.
Analisando-me sei de todos meus defeitos, porém não consigo mudá-los.
Preciso de foco, empenho, disciplina.
Não posso achar que tudo está bom, sendo que sofro por isso.
Não posso deixar a vida passar assim....
Mas o que fazer, se tudo é nada, efêmero?
“Desencana que a vida engana” – acho que levei este lema à sério demais.
(Camila Lima)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Só há solidão «porque» vivemos com os outros... (Vergílio Ferreira)

Mais uma vez sozinha estou.
Solitária em um mundo repleto de gente.
Suplicando para ter voz.
Implorando para ser ouvida.
Rastejando por verdadeira companhia.
Pedinte de um abraço, um afago, uma palavra compreensiva.
Desejante ser levada a sério.
Brinco, mas nem tudo é brincadeira.
A realidade é que sofro, sangro e morro por dentro a cada milésimo de segundo.
Talvez não faça por merecer.
Mais provável que não mereça.
A única certeza é que enquanto houver vida em mim,
Vai haver um vazio, uma solidão permanente.
(Camila Lima)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Falta

Uma audição prestativa.
Uma ligação apaziguadora.
Uma amizade parceira.
Daquelas que a conversa flui sem medos.
Onde há mistérios e compreensão.
Falta do feminino onde há partilhas em comum.
Falta apego, envolvimento, coragem.
Carinho, elo, camaradagem.
Confissões, desabafos, fatos.
Falta sorte e não auto suficiência.
Não fui agraciada pelos deuses com a mística da amizade.
Sou amaldiçoada, falha.
Sonhando em um dia ter um milhão de amigos, para ver se consigo sentir e viver de verdade.
(Camila Lima)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

E o amanhã?
Ah! O amanhã vai ser sempre o amanhã!
Eu o ignoro,
Penso só no presente, neste exato instante que sinto meu coração pulsar, que ainda há vida e existência.
O próximo minuto já me é abstrato.
E esse mundo que vive em função do amanhã, do futuro?
Esse mundo desola-me!
Enche-me de angustia, sofrimento, pressão.
Sou um casulo fora da casca!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Socorro! Estou emburrecendo!
Ficando sem a capacidade de raciocínio, imersa na indiferença, no não conseguir ter nenhum lampejo de sentimento.
Nada agrega, pelo contrário aliena e nutri ilusões descabidas, sem nexo. Quer maior absurdo você pensar nem que seja por um segundo ter a vida de outrem?
Nunca me senti tão apegada a algo tão sem vida, irreal, lúdico. Sinto-me presa sem qualquer sentença de soltura.
Como sobreviver sem ficar morgando a procura de acontecimentos? – que na verdade não acontecem?
Outrora não conseguia controlar a pulsão de pensar, de escrever, de querer transmitir em maior número de palavras minhas sensações. Agora? Minhas manifestações não passam de 300 caracteres.
Socorro! Quero largar esse vício! Quero voltar a ter meus pensamentos e minhas inspirações.
Mas como vou fazer isso?
Preciso, tenho que ter postura!
Internet, o mais novo aliado de LUCIFER...há.
A mais nova droga moderna que destrói aos poucos sem grandes alardes, mas que é tão nociva quanto as antigas drogas.

Eu disse o raciocínio acabou aqui.
A vida.
Este extremo ato absurdo, inexplicável, incomensurável. Fomos jogados na roda sem saber a razão, a causa, o efeito.
Dado o “presente”? de pensar o humano busca desde sua existência procurar e imaginar respostas e explicações para dar conta de responder o que é esta mística, o que é esse sem sentido.
Milhões de anos se passaram, milhares de mentes pensantes transcreveram seus pensamentos, mas nada disso adiantou. Continuamos na busca incessante rumo ao nada.
Imergidos no nada fomos construindo nossa existência em meio a crenças.
Precisamos de crenças para suportar a dúvida insuportável que a vida nos dá.
Precisamos do outro em todos os aspectos para nos descobrimos, para existirmos no mundo.
Religião, política, moral, arte, a todo o momento nos deparamos com coisas para exercitar nosso apego, nossa crença. Viver sem isso seria impossível.
Cada um com sua crença, com seu apego que garante certezas em meio ao incerto.
Até quando isso é certo? Será que tudo seria diferente se fossemos descrentes de tudo? Se vivêssemos na incerteza, na instabilidade?
Perguntas sem repostas, confusão, desespero.
É nessa hora fatídica que suspendo meu juízo e constato que indagações deste tipo me levarão ao mesmo lugar, ao nada.
A partir de agora continuarei crendo no que me convém, vivendo e agradecendo por não saber qual o motivo deste total absurdo.