sexta-feira, 1 de abril de 2011

A vida.
Este extremo ato absurdo, inexplicável, incomensurável. Fomos jogados na roda sem saber a razão, a causa, o efeito.
Dado o “presente”? de pensar o humano busca desde sua existência procurar e imaginar respostas e explicações para dar conta de responder o que é esta mística, o que é esse sem sentido.
Milhões de anos se passaram, milhares de mentes pensantes transcreveram seus pensamentos, mas nada disso adiantou. Continuamos na busca incessante rumo ao nada.
Imergidos no nada fomos construindo nossa existência em meio a crenças.
Precisamos de crenças para suportar a dúvida insuportável que a vida nos dá.
Precisamos do outro em todos os aspectos para nos descobrimos, para existirmos no mundo.
Religião, política, moral, arte, a todo o momento nos deparamos com coisas para exercitar nosso apego, nossa crença. Viver sem isso seria impossível.
Cada um com sua crença, com seu apego que garante certezas em meio ao incerto.
Até quando isso é certo? Será que tudo seria diferente se fossemos descrentes de tudo? Se vivêssemos na incerteza, na instabilidade?
Perguntas sem repostas, confusão, desespero.
É nessa hora fatídica que suspendo meu juízo e constato que indagações deste tipo me levarão ao mesmo lugar, ao nada.
A partir de agora continuarei crendo no que me convém, vivendo e agradecendo por não saber qual o motivo deste total absurdo.

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