quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Brilho eterno de uma mente COM lembranças

Como posso começar esse post? Falando do filme que em vez do COM é SEM lembranças..... melhor não... o filme é bom mas só entendi depois que assisti pela terceira vez.... Ontem falando com a Selma sobre minhas aflições humanas em certo ponto ela me disse que eu não crio vínculos, e me disse que eu teria que fazer o exercício de reconhecer os que eu tenho e os que eu já fiz – ora tarefa difícil mas que logo eu já me peguei fazendo. E impossível não lembrar do meu maior vinculo (depois da minha mãe é claro), o que eu tive com meu ex-namorado (quem sabe, sabe, não vou citar nomes). Não tenho vergonha nenhuma em dizer que ele foi o meu grande amor (até o momento), ele me abriu para outro mundo, me despertou uma série de coisas que hoje carrego comigo... enfim teve uma importância imensa e por isso que eu tenho lembranças dele. Tudo acabou, não tenho mais nenhum sentimento por ele, mas fica aqui registrado que eu sou capaz de criar vínculos.

Como sou pretensiosa vou colar um post que ele fez pra mim quando a gente estava junto.. isso faz uns 2 anos, mas eu o adoro até hoje, gosto da maneira que ele escreve – esse texto me traz um emaranhado de coisas boas – que apesar de tudo eu acreditei e fui feliz... vai entender, né?


Mil vezes Camila

Saudosa noite, ontem. Regada à vinho -- isso me lembra alguma coisa -- e com boa companhia de bar. Tão importante quanto a boa companhia foram as reflexões que fiz com ele, as poucas que não foram sobre banco(!). Relato-as.Pensem vocês que eu estava conversando com um cara casado há 20 anos, falando sobre matrimônios e matrimônios. "A voz da experiência", não é assim que dizem? Dissertar sobre relacionamentos alheios nos faz pensar sobre os nossos, e quando dei por mim, já estava falando da Camila -- isso muito antes dela chegar, estonteante, vestindo uma blusinha branca que só me permitiu balbuciar, já bem bêbado, "como você é gostosa!".Namoro há 6 meses, ou seriam 7? Isso num universo de relacionamentos que duram 3 meses na média, no geral sem que eu dê lá muita importância pra isso. Há 7 meses acordo sem conseguir não pensar em ligar para dar "bom dia" pra ela, e se somados os dias de forma a criar uma cadeia ininterrupta de dias, creio que acordei durante uns 4 meses dando bom dia pra ela pessoalmente.Quando acordo dessa forma, é fatal atrasar para qualquer compromisso. Isso porque ela é preguiçosa, continua dormindo, e eu não consigo vê-la dormir sem deitar do lado. Até sair da cama, é uma batalha acirrada com o relógio e meu instinto de não querer sair de perto dela. Nunca essa batalha durou menos que meia hora, e considerando que eu sempre acordo meia hora antes do trabalho...Eu, despretensioso que sou, vira e mexe me pego fazendo planos. Que coisa engraçada, não faço planos para minha vida, pode ser que daqui há 5 anos eu more no sul de Minas, na China ou no nordeste, pouco importa, mas planejo estar com ela aconteça o que aconteça. Isso não dá pra entender.Também me pego pensando se ela é mesmo perfeita ou são meus olhos que enxergam dessa forma, mas acho que não, ela é perfeita. Só pode ser... O sorriso é perfeito, os olhos perfeitos. A personalidade, perfeita. A beleza, perfeita. Tudo perfeito. Ela me convence de qualquer coisa, mesmo que não saiba disso. Me faz querer ser melhor. Me faz me sentir bem, e bom. Se "matrimônio" vem de mater, mãe, entendo o que isso significa. Ela cuida de mim, me faz me sentir seguro e me faz pensar em voltar pra casa. Veja: não tenho casa, meu teto é o mundo. Mas ela me faz voltar pra casa. Dá pra entender?Não dá.Só sei que chamo todos esses sentimentos díspares e estranhos de "amor". O amor pode ser qualquer coisa, desde que seja livre, e esse é. Amo-a livremente, sem amarras, sem pudores, sem preceitos. Amo porque amo.Existe é claro a possibilidade de tudo isso acabar... Hoje espero que seja mais provável o mundo acabar.Estranhamente, depois de toda essa conversa, a noite que seguiu-se foi sem ela. Não sei se é porque ela nunca soube o que conversei antes dela chegar, ou se foi mesmo por causa do acidente da sacola com a catraca. Ou se porque a se a noite seguisse com ela, talvez não fosse tão boa, pra ela.Mas se ela quis assim -- e eu já to de saco cheio de usar o pronome "ela" -- acho que foi melhor. Ela sabe melhor que eu, afinal, das coisas. Isso eu aprendi.

2 comentários:

  1. LEr algo tão profundo assim e terminar da maneira que terminou chega ser ate estranho de acreditar como isso aconteceu, né?
    Bjos ca

    Allison

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  2. È estranho... mas aconteceu.

    Nada é pra sempre, nem me lamento mais.
    Esse post retrata apenas o que eu posso ter significado para alguém, isso HOJE já me valhe alguma coisa

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