Sinto-me impotente; está é a definição mais plausível no momento.
Falando sem a culpa (aquela que nos é inculcada desde sempre) a impotência que emerge é de alma.
Estudando um pouco do pensamento humano, já percebi as aflições que sempre fizeram parte do ser humano, e a minha pergunta permanente é: Por que raios foi sempre assim? O que me conforta é de saber que somos a história; o que somos tem tudo a ver com a historicidade humana....
Sem mais delongas, pois o meu pensamento está inundado de vertentes filosóficas que estão me deixando a ponto de um surto...
Meu sentimento de impotência vem, pois eu não consigo ser o que realmente quero; e minha desesperança aumenta cada vez que penso, que ser o que se quer, é uma utopia. Na realidade, de fato, jamais conseguiremos.
Mas como dizia Pessoa, “deixe-me crer, o que nunca poderei ser”, enfim....
O cume da sensação de impotência se deu hoje ao descobrir que, todos meus sonhos, minhas ilusões e minhas mais lindas e divertidas imaginações foram por água abaixo: não poderei passar o final de ano em Natal, como tanto imaginei... por conta do “bendito” trabalho. Três dias que irão me separar do meu IDEAL de felicidade.
Ah! Como eu sinto ódio de tudo isso, dessa vida dependente de $$$ e de trabalho, bem que Marx tinha razão quando disse que “o trabalho é a perda de autonomia do homem”, o mais trágico e triste é você ter consciência que perdeu a autonomia de tudo, até de sua vontade......
“A alienação do produto do trabalho conduz também a uma "alienação do homem". Isso não vale apenas para a "luta de inimigos entre capitalista e trabalhador". As relações interpessoais em geral perdem cada vez mais a sua imediação. Elas são mediadas pelas mercadorias e pelo dinheiro, "a meretriz universal". Enfim, os próprios proletários assumem caráter de mercadoria; sua força de trabalho é comercializada no mercado de trabalho, no qual se encontra à mercê do arbítrio dos compradores. Seu "mundo interior" torna-se "cada vez mais pobre"; sua "destinação humana e sua dignidade" perdem-se cada vez mais. O trabalhador é "o homem extraviado de si mesmo"; sua existência é "a perda total do homem"; sua essência é uma "essência desumanizada".(Mundo dos filósofos - Karl Marx)
Nem preciso escrever mais nada.
A única coisa que nem o trabalho e nem a pior das adversidades irá tirar de mim, é minha imaginação, meu mundo perfeito construído na minha mente por mim, pela minha vontade – caso um dia isto aconteça, o preferível é a morte.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário