quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Voltei

"Ninguém vai me frear,ninguém vai me dizer o que eu devo fazer nessa porra" (Criolo)

E os dias passam, as horas, os minutos, os anos.
A angústia sempre presente, crescente e igual.
A esperança também. Navego pela multidão em busca de uma ilusão para fazer de minha vida um interminável teatro.
Finjo, minto, coexisto. Nos olhos de alguém menos no meu.
A vida e nossa existência tão cansada, vai ficando tediosa e sábia.
Deixemos a vida nos levar na esperança de haver surpresas que façam nosso coração palpitar.
Liberdade? Não existe, somos presos a um corpo, a uma mente, a um universo de energias cósmicas aflitas em seus egos desatenciosos.
O que eu quero? O universo, tenho uma fome física dele, parafraseando Bernardo Soares. Já percebi que minha aflição toda está em quer o impossível e renunciar aquilo que posso ter, afinal intensidade é meu sobrenome e a pretensão meu codinome.
Se eu não puder ao menos desejar, florir minha imaginação com coisas inalcançáveis; se eu não puder sofrer com todas minhas forças, nem que seja antecipadamente, se eu não puder dizer, cuspir, esbravejar ao mundo minhas sensações, se eu não puder fingir minha liberdade, meus amores, minhas dores...... O que eu vim fazer nessa porra?

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