quinta-feira, 25 de março de 2010

Uma coisa sou eu, outra são meus escritos (Nietzsche)

E algum trocado pra dar garantia
Algum veneno antimonotonia
E algum remédio que me dê alegria. (Cazuza)
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Difícil à percepção dos limites.
Onde tudo começa e acaba.
A confusão da profusão de sentimentos, vidas, rotinas, tempo.
Tudo isso se mistura e vira um nada. Um nada cheio de significados que talvez possamos enxergar. Ou não. Vai depender da sua escolha, ou não; da necessidade, ou não.
Sim e não. A afirmação e a negação que tanto é necessário à vida. São símbolos de uma linguagem, mas que é capaz de mudar qualquer rumo de uma história.
Calo-me porque não enxergo. Não enxergo porque há um grande pano preto frente a mim, que me impede a percepção, e sem sentir quem sou eu? Apenas uma máquina.
A busca nunca irá acabar, a mudança também, então o que faço da vida? O que devo esperar dela? Futuro existe? E o que serei no futuro, se eu sou um nada agora? Vida vivida ou vida condicionada? Vontade de potência ou servidão eterna? Companhia ou solidão?
E de tanto pensar, e de tanto procurar, nada encontro, a não ser um abismo entre eu e eu.

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Cada um vê o seu lado. Eu vejo o meu, você vê o seu.
E é assim que nós montamos nossa cadeia de relacionamentos. A tarefa mais árdua de qualquer tipo de relação é ter que abrir mão em um determinado momento em nome de sei lá o que. A concessão nem sempre é feita de forma harmoniosa e essa “desarmonia” vai acumulando, acumulando, até chegar ao cume.
Maldita hora que eu fui beber da água do senhor Nietzsche e querer para mim alguma vontade de potência, querer viver minha vida sem pensar muito no outro, no futuro, no cultivo de certas relações humanas.... Será que virarei uma ermitã?

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Tudo que eu queria era ser aliada do tempo. De não ter que me dividir em um milhão, quando se quer ser completa, inteira. Queria o tempo só pra mim, queria ser só de mim.


Ps: É tudo meu! Camila Lima

domingo, 21 de março de 2010

Quem sou eu?
Quem sou eu?
Quem é você?
Quem é você?
Eu queria seu amor,
Seu namorado,
Os olhares, os bem quereres.
A amizade fácil,
A sintonia incomum.
Queria erros e acertos,
Abraços apertados, beijos adocicados.
Queria seu pai, sua família,
E bem dizer da vida.
Queria importância e percepção.
Queria ouvintes sensatos e disponíveis
E que soubessem falar com os olhos
Queria entendimento
Ah! Eu queria, só queria.
Quem sou eu?
Quem sou eu?
Quem é você?
Quem é você?
A vida tem limite.
O mundo não.

(Camila Lima)

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sobre o amor!

A vida não tem definições, mas tiveram alguns seres humanos que tentaram definir, ou ao menos tentar pensar no âmbito do universal. Hoje e só por hoje para mim a filosofia é definição - que te remete a uma reflexão. Nada melhor do que saber o pensamento dos outros e construir o próprio.

Pois bem, segue abaixo, a definição mais linda sobre o amor que eu já li na vida. É de Baruch Espinosa!

"O amor é uma alegria acompanhada de uma ideia de uma causa exterior.
Explicação: Esta definição explica muito claramente a essência do amor. Já a definição dada pelos autores que definem o amor como a vontade do amante de unir-se à coisa amada não exprime a sua essência, mas uma de suas propriedades. E como a essência do amor não foi suficientemente examinada pelos autores, tampouco puderam ter qualquer conceito claro dessa propriedade, o que fez com que todos julgassem a sua definição extremamente obscura. É preciso observar entretanto, que , quando digo que se trata de uma propriedade, no amante, de unir-se, por sua vontade, à coisa amada, não compreendo por vontade um consentimento, nem uma deliberação do ânimo, nem uma livre decisão, nem tampouco o desejo de unir-se à coisa amada quando ela não está ali, nem de continuar em seua presença quando ela está ali, pois o amor pode ser concebido sem qualquer um desses desejos. Em vez disso, POR VONTADE COMPREENDO A SATISFAÇÃO QUE A PRESENÇA DA COISA AMADA PRODUZ NO AMANTE, SATISFAÇÃO QUE FORTALECE A ALEGRIA DO AMANTE, OU, AO MENOS, INTENSIFICA-A
(Ética, Livro III)

Agora reflita como você ama as pessoas, essa definição só serve para isso.
Eu já gostava desse holândes sem conhecer sua filosofia direito, agora então... mais ainda. Eu realmente sou movida por paixões!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Para pensar!

"O homem verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada".

"Um amor, uma carreira, uma revolução: outras tantas coisas que se começam sem saber como acabarão".

"Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos".

"A pior coisa do mal é nos acostumarmos a ele".

"O dinheiro não tem ideias".
(Jean Paul Sartre)

"Seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez".

(Simone de Beauvoir)

quarta-feira, 17 de março de 2010



Meu coração bate acelerado e emocionado por mais um show deles aqui perto de mim.
Só quem já sentiu sua música o feeling da reggae music sabe do que eu to falando.
Groundation! A melhor banda de reggae da atualidade. Se Jah quiser esse vai ser meu 4º show...fui em todos, nem sou fã:)

Glory to the kings!
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Vinicíus de Moraes).

terça-feira, 16 de março de 2010

Texto para facul!

Puta nem sei se tá certo, pq nem eu consegui entender, só vou saber mais tarde. Mas não custa nada expor! Fui em quem escrevi!kkkk



Em toda a história da filosofia uma das grandes questões expostas foi a do determinismo X liberdade. Estes dois pontos são de grande importância para questão moral de uma sociedade.
Aristóteles em seu livro Ética a Nicômaco trata de vários pontos para se estabelecer uma vida ética, dentre eles o determinismo e a liberdade.
Para um melhor entendimento sobre a questão, deve ser explicitada a distinção importante que o filósofo faz; entre o saber teorético e o saber prático. O teorético é o conhecimento das coisas que acontecem sem a intervenção humana, que independem da ação humana. O prático é o conhecimento que depende de nossa ação, intervenção.
Para Aristóteles nós não deliberamos nem escolhemos as coisas que estão no âmbito do necessário, que para ele é tudo o que é regido pela natureza, ex. hoje está chovendo; esta situação independe da minha ação – o necessário é o que é e será sempre. Por outro lado podemos deliberar e escolher sobre tudo aquilo que para acontecer depende de nossa vontade e ação e só fazemos isso sobre o que é possível. Então na filosofia aristotélica há um determinismo natural visto que não podemos interferir no que é de competência da natureza; a causa e o efeito não dependem de nós. O contingente, o puro acaso de certa forma encontra-se em um paralelismo com a necessidade, tendo em vista que ambos a causa é externa. Então como ter liberdade?
Para Aristóteles ser livre é aquele que tem em si mesmo a causa interna de sua ação ou da decisão de não agir, sem ser constrangido por nada e por ninguém. O ser livre é aquele que age voluntariamente sobre as escolhas possíveis, com sua vontade livre.
Esta vontade livre é determinada pela razão, quando temos a inteligência para escolher e deliberar sobre as coisas.
A liberdade não é nenhum fim em si mesmo. Apenas prepara o espaço no qual o homem age por decisão responsável; essencial é o que ele faz da liberdade.
Em suma o ser não tem liberdade quando está no âmbito do necessário, ele será livre quando houver o possível e junto o poder de escolha.

quinta-feira, 11 de março de 2010

O povo foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonham com melhores tempos idos
Contemplam essa vida numa cela...

Esperam nova possibilidade
De verem esse mundo se acabar
A Arca de Noé, o dirigível
Não voam nem se pode flutuar

Ê vida de gado
Povo marcado
E povo feliz!

Aos Gays





Não dizem por aí que somos hoje o que fomos quando crianças? Pois bem desde criança nunca me dei muito bem com o sexo feminino. Naquela época já havia a competitividade e muita falsidade – esta característica que parece que é inerente a mulher.
A maioria das minhas relações é com o sexo masculino. Eu admiro demais os homens pela sua maneira prática e leve de levar a vida; sobretudo os gays.
Neste grande ato de tecer que é a vida, estou eu aqui tecendo a minha de forma mais leve e colorida. Meus maiores companheiros de vida são gays.
Costumo dizer que eu sou gay em um corpo de mulher, porque é impossível não me dar bem neste circulo.
Nunca tive preconceito, sempre achei normal as pessoas manifestarem seu eu da maneira que bem entendesse; hoje mais ainda sabendo da história moral que cercou isso tudo.
Gays são alto astral, personal style, sinceros, não há competição e sim auto confiança, amigos, confidentes, conselheiros sexuais, enfim tudo aquilo que eu admiro e tento ter em mim.
Meu bem Platão era uma bicha, todos os grandes homens da humanidade gostavam de homens.
É claro que eu como mulher corro o risco de ficar sem o meu, mas fazer o que né
A única ressalva que faço é que hoje em dia há uma certa banalização – no mundo antigo ter relações homossexuais era a uma coisa natural, com o decorrer da história e com a moral cristã ser homossexual é o absurdo da natureza e hoje em dia com nosso sistema que te vende uma falsa liberdade, o homossexual é colocado em uma linhagem comportamental que dá sustento a uma parte da máquina; ser gay hoje é ter trejeitos, usar roupas de marca, ter que andar na moda, freqüentar lugares específicos, etc... enfim tudo pra se auto firmar na sociedade.
O que desejo é que ter sua opção na hora da transa seja algo natural, e não condicionado por este ou aquele motivo, que não seja ato de transgressão, mas sim de um impulso interno e verdadeiro.
Eu amo todos os gays e o que seria de minha vida sem vocês?! Eu sou uma travesti e a vida é babado e confusão! Aloca!

Ps: Não convivo muito com as sapatas, justamente porque mulher é um bicho esquisito, sangra e não morre Mas o sentimento é o mesmo!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Esse negócio de querer entender o funcionamento de certas coisas no mundo não tá fácil. Nem ser adulta também. Quer coisa mais chata do que ter que ter responsabilidade quando não se quer? Resultado provável: vai viver levando porrada na cara, perdido, pulando de galho em galho sem saber o que fazer da vida.
A explicação possível? Até Freud explica meu bem: a repressão sofrida e olha que nesse mundo o que mais há é repressão. A mais cruel acho é de te reprimirem de ser quem você é; de verdade, exercendo suas vontades, sua potência, sem ter moralidade, sociedade te impondo e te reprimindo.
É tanta informação e é tanta reflexão sobre como isso tudo é, que tá foda de agüentar!
Conversando com parceiros(mentalmente iguais) constatei que pobre não tem vez nesse mundo, essa desigualdade que impera nesse sistema capitalista não te dá chance. Pode-se contar nos dedos aqueles que deram certo; e precisaram de um esforço fenomenal para conseguir. A dificuldade para pobre é tanta, que muitos desistem no caminho e continuam nessa linhagem de dominado, escravo que sustenta o nosso “belo” sistema.
O pior de tudo é ver que a maioria se rende e vive conforme as regras ditadas (me incluo nessa), mas eu tenho uma certa vantagem – eu tenho consciência plena disso e o que mais quero é não compactuar tanto com esse cenário.
Dinheiro? Não tive pai, não sou herdeiro, os Racionais tem toda razão!
Dinheiro, individualismo, opressão, culturas, ditaduras, conceitos,engano, venda de um ideal que não existe, liberdade que reprime... isso e muito mais são componentes do mundo em que eu vivo. Difícil de perceber e não sofrer; que vida eu tenho se eu não consigo viver conforme minha força mística natural quer?


Mais um pensamento de uma mente que tenta encontrar seu eixo.

terça-feira, 2 de março de 2010

Ao ler isso a emoção veio à tona.


Venho por meio deste, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos.
Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de oito anos no máximo.

Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas.
Quero acreditar que tudo é possível.
Quero que as complexidades da vida passem desapercebidas por mim e quero ficar encantada com as pequenas maravilhas deste mundo.

Quero de volta uma vida simples e sem complicações.
Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papeladas, notícias deprimentes, contas a pagar, fofocas, doenças e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo o que existe.

Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o dia do próximo pagamento.
Não quero mais ser obrigada a dizer adeus ás pessoas queridas e, com elas, à uma parte da minha vida.

Quero ter a certeza de que Deus está no céu e de que, por isso, tudo está direitinho nesse mundo.
Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel, que vou navegar numa poça deixada pela chuva.
Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam.
Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.

Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou quando a jabuticabeira ficar pretinha de frutas.
Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar e dividindo-os com meus amigos.
Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida.

Quero que as maiores competições em que eu tenha de entrar sejam um jogo de bola de gude ou uma pelada.
Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, a "Batatinha quando nasce..." e a "Ave Maria" e que isso não me incomodava nadinha, porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia.

Quero voltar ao tempo em que se é feliz, simplesmente porque se vive na bendita ignorância da existência de coisas que podem nos preocupar ou aborrecer.
Quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz, dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar e na areia.
Quero estar convencida de que tudo isso... vale muito mais do que o dinheiro!

A partir de hoje, isso é com vocês, porque eu estou me demitindo da vida de adulto.
(Conceição Trucom)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Levo o mundo
E não vou lá...
Levo o mundo e não vou...

Leve o mundo
Que eu vou já...
Leve o mundo que eu vou
Com alguns homens foi feliz com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor...

Câe - Tigresa
Pensamento do dia
Maldito seja: SP, pobre, chuva, ônibus lotado e velho que não tem o que fazer na vida!

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhmeudeussssssssssssssssssssssssss!