Sempre quando chega final de ano costumo fazer um balanço dos acontecimentos.
2010 foi um ano morno. Não tenho do que reclamar nas limitações que a vida me impõe. Este ano a paz e a calmaria reinaram durante quase 12 meses.
Para quem precisa de inquietações, a calmaria soa estranha e transforma-se em tédio.
Tudo andou nos trilhos: trabalho igual, faculdade superada, namoro estável, vida social mais ou menos rsrsrs.
Corinthians me fez chorar, Brasil perdeu e tirou o gosto da diversão estendida. Altas baladas homéricas, aniversário diferente numa balada com gente e muita mais muita risada!
Uma morte inesperada, um golpe que me pegou e levou de mim um bom dinheiro e problemas corriqueiros que fazem parte da vida de pobre marcaram presença neste ano.
Aqui estou para agradecer e reclamar já que a ambigüidade vive em mim.
Só sei que vivi todos esses 360 e poucos dias com afinco tentando, imaginando, querendo coisas boas e novas.
Ando deprimida por me dar conta de todas as mudanças que ocorrem com a gente sem nosso consentimento, mas tentando compreender o quanto à vida é perfeita, pois hoje se perde aqui, amanhã se ganha ali sem mais delongas.
O que espero do ano que se inicia na civilização e que é contínuo para mim?
Que seja um ano do novo, do forte que move os afetos, dos planos concretos e que Jah abençoe a mim, minha família e que nós consigamos o que mais desejamos: uma qualidade de vida melhor, em outro lugar. Que Jah me ajude a mudar o que realmente eu quero. Paz, saúde para minha mãe, sanidade e coragem para mim, força para minha irmã, vaidade para meu namorado, luz para os poucos que me acompanham e para o universo compreensão.
Que venha 2011 com os desafios já impostos e que ano que vem eu esteja aqui para agradecer o que foi conquistado.
O amor de Jah nos protegerá! Jah Bless
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Desabafo.
Em alguns momentos tenho a vontade de congelar fases.
Fases boas obviamente.
Em alguns momentos não gostaria que existisse a mudança.
A razão dessa vontade de não querer?
O fato de as pessoas irem embora da sua vida sem mais nem menos.
Objetivando a fugacidade da vida, o quanto tudo é efêmero e que no final só irão existir resquícios de lembranças.
Egoísta. Quero o mundo, tudo só para mim e mais ninguém.
Quero o direito de ser feliz e que os outros não tenham esse direito.
Tudo pelo medo, pela constatação do abandono.
Não sou suficientemente boa para que as pessoas queiram estar ao meu lado.
E assim vou levando a vida.
Tendo por alguns momentos pessoas e em outro não tendo mais.
Aprendendo a criar novas imaginações ou novas pessoas para logo menos ser assolada por este sentimento, de novo.
É certo que passarei o resto dos meus dias assim.... isso não vai mudar.
Ta foda! Fazia muito tempo que eu não me sentia tão rejeitada pelo mundo...
To numa bad só!
Que Jah acalente meu coração, tenha piedade de mim e faça com que eu me conforme com essa condição que a vida me impôs.
Fases boas obviamente.
Em alguns momentos não gostaria que existisse a mudança.
A razão dessa vontade de não querer?
O fato de as pessoas irem embora da sua vida sem mais nem menos.
Objetivando a fugacidade da vida, o quanto tudo é efêmero e que no final só irão existir resquícios de lembranças.
Egoísta. Quero o mundo, tudo só para mim e mais ninguém.
Quero o direito de ser feliz e que os outros não tenham esse direito.
Tudo pelo medo, pela constatação do abandono.
Não sou suficientemente boa para que as pessoas queiram estar ao meu lado.
E assim vou levando a vida.
Tendo por alguns momentos pessoas e em outro não tendo mais.
Aprendendo a criar novas imaginações ou novas pessoas para logo menos ser assolada por este sentimento, de novo.
É certo que passarei o resto dos meus dias assim.... isso não vai mudar.
Ta foda! Fazia muito tempo que eu não me sentia tão rejeitada pelo mundo...
To numa bad só!
Que Jah acalente meu coração, tenha piedade de mim e faça com que eu me conforme com essa condição que a vida me impôs.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Afinal o que querem as mulheres?
Vou confessar, eu tenho uma enorme dificuldade em manter uma amizade com o sexo feminino.
Vira e mexe me pergunto qual a razão que me levou a esta dificuldade.
Sou feminina, menininha saca? Mas penso e sou prática como homem.
Meus maiores amigos são homens e gays.
Gostaria de uma amizade feminina para poder compartilhar, curtir, fofocar, enfim fazer coisas que só mulheres fazem, porém cadê que eu consigo?
Recorrendo um pouco a Freud e fazendo uma análise agora nesse momento, posso deduzir que não tenho amizades femininas por conta das humilhações que passei na infância por ser a patinha feia e tímida.
Sofri muito com isso, por ser rejeitada porque não tinha a beleza imposta da época, e rejeição vinda de mulher é a treva.
Concerteza transferi isso ao decorrer do meu caminho e tomei gosto pela amizade com homens e gays, assim eu fico no controle da situação.
O que me conforta é que a patinha feia tornou-se uma mulher bonita e com conteúdo, diferente das meninas que me humilharam que viraram cada canhão...hahahaha
Enfim, preciso muito de amizades femininas, alguém neste mundo se habilita? Ou dá dicas de como ter sucesso nas amizades entre mulheres?
Vou confessar, eu tenho uma enorme dificuldade em manter uma amizade com o sexo feminino.
Vira e mexe me pergunto qual a razão que me levou a esta dificuldade.
Sou feminina, menininha saca? Mas penso e sou prática como homem.
Meus maiores amigos são homens e gays.
Gostaria de uma amizade feminina para poder compartilhar, curtir, fofocar, enfim fazer coisas que só mulheres fazem, porém cadê que eu consigo?
Recorrendo um pouco a Freud e fazendo uma análise agora nesse momento, posso deduzir que não tenho amizades femininas por conta das humilhações que passei na infância por ser a patinha feia e tímida.
Sofri muito com isso, por ser rejeitada porque não tinha a beleza imposta da época, e rejeição vinda de mulher é a treva.
Concerteza transferi isso ao decorrer do meu caminho e tomei gosto pela amizade com homens e gays, assim eu fico no controle da situação.
O que me conforta é que a patinha feia tornou-se uma mulher bonita e com conteúdo, diferente das meninas que me humilharam que viraram cada canhão...hahahaha
Enfim, preciso muito de amizades femininas, alguém neste mundo se habilita? Ou dá dicas de como ter sucesso nas amizades entre mulheres?
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Nunca pretendi ser senão um sonhador. (Bernardo Soares)
Outrora colocava sonhos em um plano infinitamente menor que agora.
Achava que o tal do sonho era somente os sonhos que a sociedade nos vendia. Eu como rebelde que sou, recusava sonhos. Há dois anos se alguém me perguntasse qual era, o que era meu sonho eu dizia NENHUM.
Pessoas ficavam assustadas e se indagavam “Como alguém pode viver sem sonhos” e eu tinha a resposta na ponta da língua “Eu vivo de realidade”.
Graças as navegações precisas que a vida dá, hoje tenho uma concepção, uma compreensão diferente em relação aos sonhos.
Sonho para mim hoje é um fenômeno paralelo que existe para ajudar a suportar a realidade que na maior parte do tempo não é realizável. É um subterfúgio da mente, da alma.
Não sei de onde vem, e nem quero indagar como faziam grandes filósofos se a realidade é a de quando dormimos ou quando acordamos. Sobre esta questão suspendo meu juízo.
Sonhos se realizam em conjunto com a imaginação e servem para realizar, ilustrar situações impossíveis ou difíceis de se tornarem concretas na realidade acordada.
Sonho dormindo ou acordada não importa a hora e lugar, o mais importante é que descobri que sou totalmente composta de sonhos, que minha vida não teria sentido algum se não houvesse sonhos que dão cor, luz e acalento a dura realidade que é a minha vida.
Bernardo Soares tem razão, só que com um adendo: eu não pretendo, eu sou uma sonhadora.....
Texto inspirado após mais um sonho delicioso que tive ontem, que realizou, que tornou real por 7 horas desejos profundos e de certa forma impossíveis.
Outrora colocava sonhos em um plano infinitamente menor que agora.
Achava que o tal do sonho era somente os sonhos que a sociedade nos vendia. Eu como rebelde que sou, recusava sonhos. Há dois anos se alguém me perguntasse qual era, o que era meu sonho eu dizia NENHUM.
Pessoas ficavam assustadas e se indagavam “Como alguém pode viver sem sonhos” e eu tinha a resposta na ponta da língua “Eu vivo de realidade”.
Graças as navegações precisas que a vida dá, hoje tenho uma concepção, uma compreensão diferente em relação aos sonhos.
Sonho para mim hoje é um fenômeno paralelo que existe para ajudar a suportar a realidade que na maior parte do tempo não é realizável. É um subterfúgio da mente, da alma.
Não sei de onde vem, e nem quero indagar como faziam grandes filósofos se a realidade é a de quando dormimos ou quando acordamos. Sobre esta questão suspendo meu juízo.
Sonhos se realizam em conjunto com a imaginação e servem para realizar, ilustrar situações impossíveis ou difíceis de se tornarem concretas na realidade acordada.
Sonho dormindo ou acordada não importa a hora e lugar, o mais importante é que descobri que sou totalmente composta de sonhos, que minha vida não teria sentido algum se não houvesse sonhos que dão cor, luz e acalento a dura realidade que é a minha vida.
Bernardo Soares tem razão, só que com um adendo: eu não pretendo, eu sou uma sonhadora.....
Texto inspirado após mais um sonho delicioso que tive ontem, que realizou, que tornou real por 7 horas desejos profundos e de certa forma impossíveis.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Liberdade poética.
Tudo está sem graça.
Falta animo, paixão nos afazeres do dia a dia.
Tédio é a palavra e a sensação correta.
Tédio do igual, do diferente em que nada me afeta.
Na falta de companheiros além do único que tenho,
Vivo imersa nos sonhos que nunca cessam dentro de mim.
A realidade é virtual e demasiadamente desencorajadora.
Queria ter voz, ouvidos, dinâmica perante a vida.
Sentar, tomar uma cerveja, conversar e ser entendida.
Frente ao mar de Pipa.
Eu disse.... vivo sonhando......
----------------------------------------------------------------------------------
Queria deliciar-me nos seus beijos
Lambuzar-me nos seus abraços e afagos.
Sentir meu corpo estremecer no sussurro de suas palavras,
No toque singelo de seus lábios no encontro do meu corpo.
Aprender cada movimento no seu jeito de fazer sexo comigo,
Ser sua aluna, pronta para realizar cada um de seus desejos.
Mergulhar no teu suor, e juntos encontrar nossos ápices.
E no outro dia acordar e começar tudo novamente,
Como algo novo e sem fim.
............................................
...........................................
Existem certas vontades que são impossíveis.
Falta animo, paixão nos afazeres do dia a dia.
Tédio é a palavra e a sensação correta.
Tédio do igual, do diferente em que nada me afeta.
Na falta de companheiros além do único que tenho,
Vivo imersa nos sonhos que nunca cessam dentro de mim.
A realidade é virtual e demasiadamente desencorajadora.
Queria ter voz, ouvidos, dinâmica perante a vida.
Sentar, tomar uma cerveja, conversar e ser entendida.
Frente ao mar de Pipa.
Eu disse.... vivo sonhando......
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Queria deliciar-me nos seus beijos
Lambuzar-me nos seus abraços e afagos.
Sentir meu corpo estremecer no sussurro de suas palavras,
No toque singelo de seus lábios no encontro do meu corpo.
Aprender cada movimento no seu jeito de fazer sexo comigo,
Ser sua aluna, pronta para realizar cada um de seus desejos.
Mergulhar no teu suor, e juntos encontrar nossos ápices.
E no outro dia acordar e começar tudo novamente,
Como algo novo e sem fim.
............................................
...........................................
Existem certas vontades que são impossíveis.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Sobre o Rio de Janeiro.
Apenas uma reflexão, embasada naquilo que meus olhos vêem.
A questão sobre a bandidagem, violência que assola o nosso querido e lindo Rio de Janeiro é de se assustar.
Porém, o susto advém da super, hiper, mega exposição que a mídia e o governo do Rio fazem questão de mostrar.
Abaixo pontuarei minhas reflexões acerca dos diversos aspectos que tornam essa situação um tanto enigmática.
Primeiro ponto : Distribuição demográfica.
Para quem já foi ao Rio, sabe que a cidade é um ovo comparada a outras capitais brasileiras. Cercada de mar e morros para todos os lados, a desigualdade social é visível e como o espaço não é extenso, quando surge um ato violento, transparece que está acontecendo por toda a cidade. A facilidade da entrada de drogas também é importante.
Veja, São Paulo tem tanto ou mais violência que o Rio, violência de outros tipos, mas como a cidade é enorme em extensão, tudo fica espalhado e a sensação é de que a violência pouco acontece e é isolada.
Segundo ponto: Mídia
Em minha teoria de conspiração que há em tudo quando o assunto é poder, a mídia faz muito mais alarde com a violência que acontece no Rio de Janeiro. Questões de interesse e de poder. Comparando com São Paulo, a mídia não coloca nem um terço do que acontece em São Paulo, obviamente para não manchar a imagem da carroça que leva o Brasil nas costas.
Terceiro Ponto: Distribuição do poder do crime.
Há um problema escancarado no Rio de Janeiro – que é, quem toma conta do crime.
Esses confrontos ainda acontecem, pois há facções criminosas que tomam conta dos pontos de tráfico. Tem-se uma polícia que de uns 10 anos pra cá tenta essa tomada de poder.
Veja, em São Paulo ao menos o tráfico de drogas é comandado pela polícia. São os poderosos fardados que mais lucram com esse tipo de crime. Logo não há confronto, eles não irão contra eles mesmos. O mega traficante Carlos Abadia disse eu seu depoimento a polícia federal “Se quiserem acabar com o tráfico de drogas em São Paulo, acabem com o DENARC”.
Nesta linha de raciocínio, talvez esse tipo de confronto acabe quando os policiais, políticos tomarem de uma vez por todas o poder do tráfico.
Quarto ponto: Circo armado para classe média ver.
Sempre a classe merda. Essas ações do Estado são uma forma de acalmar a classe média.
Todo esse circo televisionado foi sem dúvida para saciar os instintos mais sórdidos da sociedade – ver sangue, pobre e favelado morrendo para depois não cobrar do Estado colocações mais efetivas, afinal o importante é não afetar a classe endinheirada do Rio de Janeiro. Quem mora no morro que se lasque pra bem longe.
Quinto ponto: Âmbito social.
Matar ou prender 10,20,100 não vai resolver o problema. O Estado ao fazer este circo todo e forjar uma luta do bem contra mal, no fundo quer tapar o sol com a peneira e desviar com a ajuda da mídia o foco central, as questões sociais e culturais que envolvem tudo isso.
Ao prender ou matar e mostrar isso para sociedade cria-se uma impressão que o problema está se resolvendo, quando na realidade há pessoas inocentes que morrem nesta estória. Suspeitos que não têm os mesmos direitos que os endinheirados. Pela lei TODOS tem sua inocência presumida, logo não se pode apontar uma arma e simplesmente matar um suspeito. Porque será que só acontecem com as classes baixas? Com pobres e pretos? A justiça não é igual para todos, pelo menos no papel?
O problema é mais embaixo e muito mais sério do que canhões e militares.
Para pelo menos minimizar e muito este problema, o Estado deveria dar mais atenção para esta parte da sociedade. Investir em educação, saúde, infra-estrutura, habitação, para que essas pessoas tenham mais oportunidades de escolher o caminho a seguir em suas vidas.
Para quem não tem nada a perder na vida, escolher em viver pouco como um rei ou tão muito como um Zé, existem muitas pessoas que optam por viver pouco como um rei.
Não quero aqui defender bandido, para mim quem infringe a lei tem que pagar, só que a realidade é dura e cruel. Muitos desses homens e mulheres se tivessem uma oportunidade do Estado e da sociedade não escolheriam viver essa vida bandida de dois destinos.
Não entrarei no nível de maldade que é outra história e outro problema.
A curto prazo é até viável o uso das UPPs, policiamento, etc. Mas se não tratarmos na raiz do problema veremos este cenário por muito tempo.
Como a maioria da classe merda pensa que o favelado não é humano, que não merece educação, saúde, ou seja, melhores condições de vida este impasse e a falta de vontade continuam. Quem vive na periferia sabe que para vencer na vida é muito difícil, muitos desistem no caminho.
Sexto ponto: Usuários.
Colocar a culpa nos usuários é mais uma forma de tapar os verdadeiros motivos do crime organizado.
Não serei hipócrita de dizer que o usuário não sustenta o tráfico. Sustenta sim, mas há outras formas de sustentar também, não é um fator isolado.
Graças à cultura alimentada pelo Estado e por quem detêm o poder na sociedade, o usuário é tratado como a éscoria da sociedade, quando tudo não passa de uma questão de saúde pública.
Quem conhece a história da criminalização das drogas no mundo, sabe que tudo não passou de uma grande armação dos EUA, afinal com a proibição vem a repressão e o combate que é feito com armas, tudo o que EUA precisa para se manter como potência mundial. Para se ver como proibição não vale de nada, o EUA tem hoje aproximadamente 100 milhões de usuários de cocaína e plantações de maconha para sustentar soldados que lutaram no Vietnã. Percebe o quanto é complexo? Sem falar que com a proibição criou-se reações psicológicas. O comportamento de um usuário hoje é diferente de 100 anos atrás, fato.
Para se manter a impressão que as drogas são os capetas de Lúcifer, a mídia e a sociedade sempre mostram as piores histórias . O número de usuários que se perdem na droga é muito menor em relação aos usuários que usam drogas e tem sua vida social normal. Se constatarem isso não será mais cabível sustentar uma política de proibição das drogas.
Está mais que provado que os seres humanos sempre fizeram uso de coisas para sair de seu estado normal. O tráfico nunca vai acabar enquanto o mundo tiver essa política de proibição das drogas.
Confesso que apesar de querer plantar minha erva e por um lado ser a favor da legalização, o Brasil não tem estrutura para legalizar algo que têm conseqüências tão ambíguas e complexas.
Poderia aqui continuar com minhas reflexões, mas paro por aqui.
Enquanto tratarmos a questão do trafico como coisa de preto favelado, coisa do capeta e do mal e não nos atentarmos mais profundamente para raiz do problema, continuaremos vendo esse festival de sangue com conversa para boi dormir.
O tráfico de drogas é comandado por gente grande, que se beneficia muito e que tem nas mãos o poder de mudar, mas não faz por questões de interesses pessoais.
Enquanto continuarmos assistindo tudo pela televisão sem reação, seremos cúmplices disto tudo, da morte e da vida selada dessa gente que é esquecida pelo Estado e por nós.
E de quem são essas vidas? Da classe baixa.
O Rio de Janeiro e o Brasil não precisam de um Estado Militar, mas sim do Poder Público.
Pense e tire suas próprias conclusões, assim como eu fiz!
A questão sobre a bandidagem, violência que assola o nosso querido e lindo Rio de Janeiro é de se assustar.
Porém, o susto advém da super, hiper, mega exposição que a mídia e o governo do Rio fazem questão de mostrar.
Abaixo pontuarei minhas reflexões acerca dos diversos aspectos que tornam essa situação um tanto enigmática.
Primeiro ponto : Distribuição demográfica.
Para quem já foi ao Rio, sabe que a cidade é um ovo comparada a outras capitais brasileiras. Cercada de mar e morros para todos os lados, a desigualdade social é visível e como o espaço não é extenso, quando surge um ato violento, transparece que está acontecendo por toda a cidade. A facilidade da entrada de drogas também é importante.
Veja, São Paulo tem tanto ou mais violência que o Rio, violência de outros tipos, mas como a cidade é enorme em extensão, tudo fica espalhado e a sensação é de que a violência pouco acontece e é isolada.
Segundo ponto: Mídia
Em minha teoria de conspiração que há em tudo quando o assunto é poder, a mídia faz muito mais alarde com a violência que acontece no Rio de Janeiro. Questões de interesse e de poder. Comparando com São Paulo, a mídia não coloca nem um terço do que acontece em São Paulo, obviamente para não manchar a imagem da carroça que leva o Brasil nas costas.
Terceiro Ponto: Distribuição do poder do crime.
Há um problema escancarado no Rio de Janeiro – que é, quem toma conta do crime.
Esses confrontos ainda acontecem, pois há facções criminosas que tomam conta dos pontos de tráfico. Tem-se uma polícia que de uns 10 anos pra cá tenta essa tomada de poder.
Veja, em São Paulo ao menos o tráfico de drogas é comandado pela polícia. São os poderosos fardados que mais lucram com esse tipo de crime. Logo não há confronto, eles não irão contra eles mesmos. O mega traficante Carlos Abadia disse eu seu depoimento a polícia federal “Se quiserem acabar com o tráfico de drogas em São Paulo, acabem com o DENARC”.
Nesta linha de raciocínio, talvez esse tipo de confronto acabe quando os policiais, políticos tomarem de uma vez por todas o poder do tráfico.
Quarto ponto: Circo armado para classe média ver.
Sempre a classe merda. Essas ações do Estado são uma forma de acalmar a classe média.
Todo esse circo televisionado foi sem dúvida para saciar os instintos mais sórdidos da sociedade – ver sangue, pobre e favelado morrendo para depois não cobrar do Estado colocações mais efetivas, afinal o importante é não afetar a classe endinheirada do Rio de Janeiro. Quem mora no morro que se lasque pra bem longe.
Quinto ponto: Âmbito social.
Matar ou prender 10,20,100 não vai resolver o problema. O Estado ao fazer este circo todo e forjar uma luta do bem contra mal, no fundo quer tapar o sol com a peneira e desviar com a ajuda da mídia o foco central, as questões sociais e culturais que envolvem tudo isso.
Ao prender ou matar e mostrar isso para sociedade cria-se uma impressão que o problema está se resolvendo, quando na realidade há pessoas inocentes que morrem nesta estória. Suspeitos que não têm os mesmos direitos que os endinheirados. Pela lei TODOS tem sua inocência presumida, logo não se pode apontar uma arma e simplesmente matar um suspeito. Porque será que só acontecem com as classes baixas? Com pobres e pretos? A justiça não é igual para todos, pelo menos no papel?
O problema é mais embaixo e muito mais sério do que canhões e militares.
Para pelo menos minimizar e muito este problema, o Estado deveria dar mais atenção para esta parte da sociedade. Investir em educação, saúde, infra-estrutura, habitação, para que essas pessoas tenham mais oportunidades de escolher o caminho a seguir em suas vidas.
Para quem não tem nada a perder na vida, escolher em viver pouco como um rei ou tão muito como um Zé, existem muitas pessoas que optam por viver pouco como um rei.
Não quero aqui defender bandido, para mim quem infringe a lei tem que pagar, só que a realidade é dura e cruel. Muitos desses homens e mulheres se tivessem uma oportunidade do Estado e da sociedade não escolheriam viver essa vida bandida de dois destinos.
Não entrarei no nível de maldade que é outra história e outro problema.
A curto prazo é até viável o uso das UPPs, policiamento, etc. Mas se não tratarmos na raiz do problema veremos este cenário por muito tempo.
Como a maioria da classe merda pensa que o favelado não é humano, que não merece educação, saúde, ou seja, melhores condições de vida este impasse e a falta de vontade continuam. Quem vive na periferia sabe que para vencer na vida é muito difícil, muitos desistem no caminho.
Sexto ponto: Usuários.
Colocar a culpa nos usuários é mais uma forma de tapar os verdadeiros motivos do crime organizado.
Não serei hipócrita de dizer que o usuário não sustenta o tráfico. Sustenta sim, mas há outras formas de sustentar também, não é um fator isolado.
Graças à cultura alimentada pelo Estado e por quem detêm o poder na sociedade, o usuário é tratado como a éscoria da sociedade, quando tudo não passa de uma questão de saúde pública.
Quem conhece a história da criminalização das drogas no mundo, sabe que tudo não passou de uma grande armação dos EUA, afinal com a proibição vem a repressão e o combate que é feito com armas, tudo o que EUA precisa para se manter como potência mundial. Para se ver como proibição não vale de nada, o EUA tem hoje aproximadamente 100 milhões de usuários de cocaína e plantações de maconha para sustentar soldados que lutaram no Vietnã. Percebe o quanto é complexo? Sem falar que com a proibição criou-se reações psicológicas. O comportamento de um usuário hoje é diferente de 100 anos atrás, fato.
Para se manter a impressão que as drogas são os capetas de Lúcifer, a mídia e a sociedade sempre mostram as piores histórias . O número de usuários que se perdem na droga é muito menor em relação aos usuários que usam drogas e tem sua vida social normal. Se constatarem isso não será mais cabível sustentar uma política de proibição das drogas.
Está mais que provado que os seres humanos sempre fizeram uso de coisas para sair de seu estado normal. O tráfico nunca vai acabar enquanto o mundo tiver essa política de proibição das drogas.
Confesso que apesar de querer plantar minha erva e por um lado ser a favor da legalização, o Brasil não tem estrutura para legalizar algo que têm conseqüências tão ambíguas e complexas.
Poderia aqui continuar com minhas reflexões, mas paro por aqui.
Enquanto tratarmos a questão do trafico como coisa de preto favelado, coisa do capeta e do mal e não nos atentarmos mais profundamente para raiz do problema, continuaremos vendo esse festival de sangue com conversa para boi dormir.
O tráfico de drogas é comandado por gente grande, que se beneficia muito e que tem nas mãos o poder de mudar, mas não faz por questões de interesses pessoais.
Enquanto continuarmos assistindo tudo pela televisão sem reação, seremos cúmplices disto tudo, da morte e da vida selada dessa gente que é esquecida pelo Estado e por nós.
E de quem são essas vidas? Da classe baixa.
O Rio de Janeiro e o Brasil não precisam de um Estado Militar, mas sim do Poder Público.
Pense e tire suas próprias conclusões, assim como eu fiz!
Diversos.
Assim.
Na humildade vou vivona e vivendo minha vida.
Alguns dizem que sou o máximo, outros que sou especial.
Só que eu não me acho nada disso... só quando tiro um 9,0 em Nietzsche.
O nada que eu me acho, pode ser o tudo para você.
Acredito em mim, não faço média com ninguém, sou o que sou e não faço cena em nenhuma situação, independente das circunstâncias. Pago um preço por isso.
Ah! Viva a liberdade de escolha!
Tô firme nas minhas escolhas, do que escolhi como caminho a seguir.
Não busco mais consciência, medida, evolução, isso é a minha vida.
24 anos tem lá suas vantagens.... dramatizo muito melhor as situações da minha vida, dou aquela sacudida e saio sorrindo, vibrando em Jah e dançando um pancadão.
Afinal sou brasileira, já nasci com o espírito de ser feliz!
----------------------------------------------------------------------------------
eu descobri que o ultimo texto que postei(Espero que tenha sido inspirado em mim) foi pra mim mesmo. Que poética linda, e quem escreveu conseguiu me ler direitinho. Fico feliz e lisonjeada que minha persona cause alguma inspiração em um ser humano. Eu que nunca achei que iria causar isso. Obrigada Jah, acalenta meu coração constatar que eu sou visível!
----------------------------------------------------------------------------------
Niver de mãe ontem! Mas que beleza! Que Jah continue a abençoar e dar saúde a esta grande mulher que me ensinou a ser uma humana honesta, com caráter e com uma bagagem de vida que muitos por ai, não tem. TE AMO MINHA VÉIA.
A natureza seria perfeita se todas as mães fossem ETERNAS.
----------------------------------------------------------------------------------
Amante do conhecimento, vou pro último ano da batalha mor! Para aqueles que subestimaram minha escolha para o curso de Filosofia, queimem suas línguas....hahahaha
Passei direto com direito a notas boas! Se pá to virando filósofa hein! hahahahaha
Apesar de todas minhas crises existenciais em relação ao blá, blá, blá que é Filosofia, sinto-me realizada por estar na etapa final da escolha que eu fiz, indo contra todo um sistema de mercado.
Fiz esse curso pra mim, sem me importar com a opinião alheia, contudo ainda me importo com opiniões alheias. Para ELES, o SISTEMA um chupaaaaaaaaaaaaa bem gostoso e filosófico!.
Jah está comigo sempre!
Na humildade vou vivona e vivendo minha vida.
Alguns dizem que sou o máximo, outros que sou especial.
Só que eu não me acho nada disso... só quando tiro um 9,0 em Nietzsche.
O nada que eu me acho, pode ser o tudo para você.
Acredito em mim, não faço média com ninguém, sou o que sou e não faço cena em nenhuma situação, independente das circunstâncias. Pago um preço por isso.
Ah! Viva a liberdade de escolha!
Tô firme nas minhas escolhas, do que escolhi como caminho a seguir.
Não busco mais consciência, medida, evolução, isso é a minha vida.
24 anos tem lá suas vantagens.... dramatizo muito melhor as situações da minha vida, dou aquela sacudida e saio sorrindo, vibrando em Jah e dançando um pancadão.
Afinal sou brasileira, já nasci com o espírito de ser feliz!
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eu descobri que o ultimo texto que postei(Espero que tenha sido inspirado em mim) foi pra mim mesmo. Que poética linda, e quem escreveu conseguiu me ler direitinho. Fico feliz e lisonjeada que minha persona cause alguma inspiração em um ser humano. Eu que nunca achei que iria causar isso. Obrigada Jah, acalenta meu coração constatar que eu sou visível!
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Niver de mãe ontem! Mas que beleza! Que Jah continue a abençoar e dar saúde a esta grande mulher que me ensinou a ser uma humana honesta, com caráter e com uma bagagem de vida que muitos por ai, não tem. TE AMO MINHA VÉIA.
A natureza seria perfeita se todas as mães fossem ETERNAS.
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Amante do conhecimento, vou pro último ano da batalha mor! Para aqueles que subestimaram minha escolha para o curso de Filosofia, queimem suas línguas....hahahaha
Passei direto com direito a notas boas! Se pá to virando filósofa hein! hahahahaha
Apesar de todas minhas crises existenciais em relação ao blá, blá, blá que é Filosofia, sinto-me realizada por estar na etapa final da escolha que eu fiz, indo contra todo um sistema de mercado.
Fiz esse curso pra mim, sem me importar com a opinião alheia, contudo ainda me importo com opiniões alheias. Para ELES, o SISTEMA um chupaaaaaaaaaaaaa bem gostoso e filosófico!.
Jah está comigo sempre!
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Espero que tenha sido inspirado em mim
Só é a segunda quando o quesito é a mais brava. De todas, sem dúvida, é a mais especial, a mais menina inquieta de asa, flor e cachinhos quando entra perfumando, quando ri tatuando, quando extravasa pequena, mas radicalmente onipresente, quando sai como fim de canção de Jamiroquai. Mas sua braveza é paradoxo, braveza escudo, braveza redoma, braveza caixa-forte, alma blindada para proteger-se de si mesma, para não revelar o mel, para evitar que o próprio coraçãozinho perambule livre e solto no mundo exterior à caça de um lobo. Lembrando agora do sorriso generoso que ganhei de despedida, gostaria de ter sido aos seus olhos um erro de tradução corrigido...
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Certas ambiguidades;
Não entendo o que acontece nas redes sociais.
Pela premissa de que ao adentrar em qualquer uma delas haverá uma exposição boçal e medonha não compreendo o porque das pessoas escolherem certas “privacidades”.
Por acaso já leram Clarice Lispector com o seu “toca ou não toca?”
Não dá para ficar no meio termo, em cima do muro, isto na minha humilde opinião é de uma cretinice e uma bobagem sem igual. A vida é sim e não, o talvez é considerado menor.
Não quer expor sua vida, não adentre em nenhuma rede de comunicação em massa, pois ao optar pela exposição não dá pra sair ileso.
Outra ambigüidade: pessoas colocam que querem fazer novas amizades, mas vai tentar fazer alguma, a maioria ignora.
Cadê o espírito aventureiro? A doação para quebrar gelos e conhecer o mundo? Não quer fazer novas amizades deixe isso claro. É uma decepção você ver um perfil de alguém que possa agregar algo na sua vida pela troca de experiências e a pessoa ignorar porque não te conhece.
Tudo na vida poderia ser muito mais se as pessoas dessem mais chances a si mesmas e ao próximo.
Pela premissa de que ao adentrar em qualquer uma delas haverá uma exposição boçal e medonha não compreendo o porque das pessoas escolherem certas “privacidades”.
Por acaso já leram Clarice Lispector com o seu “toca ou não toca?”
Não dá para ficar no meio termo, em cima do muro, isto na minha humilde opinião é de uma cretinice e uma bobagem sem igual. A vida é sim e não, o talvez é considerado menor.
Não quer expor sua vida, não adentre em nenhuma rede de comunicação em massa, pois ao optar pela exposição não dá pra sair ileso.
Outra ambigüidade: pessoas colocam que querem fazer novas amizades, mas vai tentar fazer alguma, a maioria ignora.
Cadê o espírito aventureiro? A doação para quebrar gelos e conhecer o mundo? Não quer fazer novas amizades deixe isso claro. É uma decepção você ver um perfil de alguém que possa agregar algo na sua vida pela troca de experiências e a pessoa ignorar porque não te conhece.
Tudo na vida poderia ser muito mais se as pessoas dessem mais chances a si mesmas e ao próximo.
Sem muitos planos vou vivendo.
Nunca acreditei em planejamento, por nunca acreditar no futuro.
A vida é agora, meus sentimentos e os acontecimentos também.
A única coisa em mim que vai mais adiante é minha imaginação. Ela SIM tudo pode.
Em um mundo onde o planejamento, a luta e perseverança são fundamentais, eu fico na escória disto tudo.
Meu maior amor na vida em mim é o ímpeto de ser do contra.
Mesmo que tenha graves conseqüências, como não ser considerada uma humana de sucesso.
Nasci para escrever minha história e não deixar que os outros façam por mim.
Ao olhar sempre o outro como parâmetro para me auto conhecer, sempre me subestimei, e hoje olho para minha vida e vejo o quanto sou guerreira, que mesmo não aceitando certas coisas dos mistérios da vida, estou lutando pelo que eu quero, sendo o que quero e se Jah permitir vou realizar meu grande sonho logo menos.
Simplicidade esse é meu lema, a ambição corrompe sem que haja percepção, ser simples é viver uma vida simples e isso foi sempre o que eu mais desejei.
Vou morrer pobre concerteza, mas ninguém poderá dizer que eu não vivi o que eu quis e o que foi possível.
Nunca acreditei em planejamento, por nunca acreditar no futuro.
A vida é agora, meus sentimentos e os acontecimentos também.
A única coisa em mim que vai mais adiante é minha imaginação. Ela SIM tudo pode.
Em um mundo onde o planejamento, a luta e perseverança são fundamentais, eu fico na escória disto tudo.
Meu maior amor na vida em mim é o ímpeto de ser do contra.
Mesmo que tenha graves conseqüências, como não ser considerada uma humana de sucesso.
Nasci para escrever minha história e não deixar que os outros façam por mim.
Ao olhar sempre o outro como parâmetro para me auto conhecer, sempre me subestimei, e hoje olho para minha vida e vejo o quanto sou guerreira, que mesmo não aceitando certas coisas dos mistérios da vida, estou lutando pelo que eu quero, sendo o que quero e se Jah permitir vou realizar meu grande sonho logo menos.
Simplicidade esse é meu lema, a ambição corrompe sem que haja percepção, ser simples é viver uma vida simples e isso foi sempre o que eu mais desejei.
Vou morrer pobre concerteza, mas ninguém poderá dizer que eu não vivi o que eu quis e o que foi possível.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Sem sentido
Somos responsáveis pelos nossos atos.
Mas que atos? De onde vem, o que é? Não seria só mais uma palavra com significado?
É tenta coisa para ser, são tantas exigências e minha natureza querendo ficar quieta.
São tantos afetos, sentimentos e eu me perguntando se vale à pena ter tudo isso.
O mundo é efêmero, voraz, não dá trela para quem quer ficar parado só olhando.
Ignorados, desdenhados até pela própria mãe, ninguém acredita em você, será que a unidade faz a diferença?
Hoje aqui, amanha acolá, tenho a mudança, mas às vezes não quero mudar.
Dois lados sempre me completaram: o da socialização e o da solidão.
Um dia pleiteei o sentido da vida, hoje desejo o absurdo.
Desejo a falta de sentido assim como este texto.
Tudo o que quero é tornar-me aquilo que sou, a qualquer custo.
Mas que atos? De onde vem, o que é? Não seria só mais uma palavra com significado?
É tenta coisa para ser, são tantas exigências e minha natureza querendo ficar quieta.
São tantos afetos, sentimentos e eu me perguntando se vale à pena ter tudo isso.
O mundo é efêmero, voraz, não dá trela para quem quer ficar parado só olhando.
Ignorados, desdenhados até pela própria mãe, ninguém acredita em você, será que a unidade faz a diferença?
Hoje aqui, amanha acolá, tenho a mudança, mas às vezes não quero mudar.
Dois lados sempre me completaram: o da socialização e o da solidão.
Um dia pleiteei o sentido da vida, hoje desejo o absurdo.
Desejo a falta de sentido assim como este texto.
Tudo o que quero é tornar-me aquilo que sou, a qualquer custo.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Há tempos
Meu coração deixou de pulsar,
E minha alma deixou de sentir,
Ainda estou viva, mas em vias de metáfora,
É como se estivesse morta.
Morta para o mundo, para as relações sociais.
Já não sei se o que o pouco que sinto
É felicidade ou infelicidade.
Em meio a tanta confusão.
Pergunto-me se algum dia fui humana, ou se tudo isso não passa de um devaneio meu.
--------------------------------------------------------------------------------------
Sempre me senti abandonada, essa sensação me persegue desde sempre.
É como se eu fosse invisível para o universo que rodeia.
E eu aqui querendo ter voz, querendo ser ouvida, querendo compartilhar minimamente as experimentações da vida.
Tanto tempo se passou e o sentimento não mudou.
E agora aqui estou com esse abandono intrínseco em mim, fazendo parte do meu dia a dia.
Tomei o abandono como meu companheiro. Ao menos um eu preciso ter.
(Camila Lima).
Meu coração deixou de pulsar,
E minha alma deixou de sentir,
Ainda estou viva, mas em vias de metáfora,
É como se estivesse morta.
Morta para o mundo, para as relações sociais.
Já não sei se o que o pouco que sinto
É felicidade ou infelicidade.
Em meio a tanta confusão.
Pergunto-me se algum dia fui humana, ou se tudo isso não passa de um devaneio meu.
--------------------------------------------------------------------------------------
Sempre me senti abandonada, essa sensação me persegue desde sempre.
É como se eu fosse invisível para o universo que rodeia.
E eu aqui querendo ter voz, querendo ser ouvida, querendo compartilhar minimamente as experimentações da vida.
Tanto tempo se passou e o sentimento não mudou.
E agora aqui estou com esse abandono intrínseco em mim, fazendo parte do meu dia a dia.
Tomei o abandono como meu companheiro. Ao menos um eu preciso ter.
(Camila Lima).
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Sobre política e candidatos bizarros.
Ontem houve um debate em sala de aula tendo como pauta a candidatura de políticos bizarros. Segue abaixo minha reflexão e algumas informações que eu não sabia.
- As eleições para deputado (estadual ou federal) na verdade é uma enganação(ou manobra): Pois nosso voto não vai para o candidato e sim para a legenda (em primeira escala). Por exemplo, tem-se 1000 votos no candidato X do partido Y, a partir disto é determinado quantas cadeiras o partido irá ter, por conseguinte o partido irá colocar os maiores votados, quer dizer que seu voto não vai necessariamente para o candidato.
Talvez isso explique o porque de tantos políticos “subcelebridades” , já que eles recebem milhares de votos e beneficiam seus partidos.
- Importante salientar que o mandato de um senador é de OITO ANOS.
- O voto nulo faz parte de nosso direito. Se tiverem mais de 50% dos votos ANULADOS, a eleição é cancelada, obrigando a troca de candidatos (opção forte para alguma mudança).
Em meio a tanta baboseira que eu escutei ontem, como a de um colega que misturou polícia militar com política, com Prouni, com ditadura, acabei meio que perdendo o fio do pensamento e quando foi me dada a palavra, acabei por perguntar algo não muito relevante, apesar de eu achar não menos importante.
A pergunta foi entorno do número de partidos políticos. A resposta foi que quanto mais, melhor. Acho que não. Um dos grandes problemas do sistema político é a grande quantidade de partidos inexpressivos dos quais nem sabemos sobre sua ideologia política. Daí nas eleições tem as tais coligações que vendem nossa política a troco de um cargo aqui, outro ali. Claro que não pode existir só dois, bem como não é aceitável que existam 20,30 partidos espalhados por aí. (minha opinião).
Agora minha reflexão pós debate:
1) É muito difícil tratar de política em uma era em que a individualidade é gritante e que pensar em prol do coletivo é cada vez mais raro.
2) Estamos no Brasil, um país de milhões de analfabetos sem acesso a educação e cultura, logo consciência política não irá surgir do nada.
3) Somos um povo passivo, ainda vivemos sob a lenda de D. Sebastião (rei português desaparecido antes mesmo do Brasil ser descoberto. A lenda era que ele viria e resolveria todos os problemas, não precisa agir, basta esperar).
4) A falta de interesse sobre política gera um descompromisso para com ela. Não é a toa que candidatos bizarros se aproveitam disso. O cara vai lá e vota em qualquer um, afinal, a sua vida é o mais importante do que uma eleição (seja da elite ou da ralé)
5) Falta renovação. Nossa política está cheia de velhotes com seus pensamentos reacionários.
6) O grande problema é que ser político no Brasil é profissão. Queria ver se um deputado, senador, vereador ganhasse um salário mínimo e tivesse apenas um mandato iria se candidatar (ou você acha que a Simony se importa com causas em prol do cidadão? Será que ela não quer mamar na teta do governo e ganhar muito dinheiro fácil, hein?) Nada mais justo um representante do povo ganhar o salário que o povo ganha.
7) Quem faz as leis são deputados e senadores, logo eles governam para si; dificilmente se verá alguma lei restritiva para a mamata que é ser político no Brasil.
Voltando-se para realidade não há muito para se ter esperança. O problema é histórico e hoje vivemos as conseqüências do descaso que sempre assolou nosso país. O poder está nas mãos de poucos e a história da humanidade mostra que assim foi e assim será, sempre, só mudam as formas. (infelizmente). As revoluções seriam uma saída, mas meu pessimismo me alcança e constato que estou no século XXI, a era da alienação, da superficialidade, da individualidade suprema. Talvez eu não veja a história mudar, mas quem sabe alguém viva para presenciar. Tomara!
- As eleições para deputado (estadual ou federal) na verdade é uma enganação(ou manobra): Pois nosso voto não vai para o candidato e sim para a legenda (em primeira escala). Por exemplo, tem-se 1000 votos no candidato X do partido Y, a partir disto é determinado quantas cadeiras o partido irá ter, por conseguinte o partido irá colocar os maiores votados, quer dizer que seu voto não vai necessariamente para o candidato.
Talvez isso explique o porque de tantos políticos “subcelebridades” , já que eles recebem milhares de votos e beneficiam seus partidos.
- Importante salientar que o mandato de um senador é de OITO ANOS.
- O voto nulo faz parte de nosso direito. Se tiverem mais de 50% dos votos ANULADOS, a eleição é cancelada, obrigando a troca de candidatos (opção forte para alguma mudança).
Em meio a tanta baboseira que eu escutei ontem, como a de um colega que misturou polícia militar com política, com Prouni, com ditadura, acabei meio que perdendo o fio do pensamento e quando foi me dada a palavra, acabei por perguntar algo não muito relevante, apesar de eu achar não menos importante.
A pergunta foi entorno do número de partidos políticos. A resposta foi que quanto mais, melhor. Acho que não. Um dos grandes problemas do sistema político é a grande quantidade de partidos inexpressivos dos quais nem sabemos sobre sua ideologia política. Daí nas eleições tem as tais coligações que vendem nossa política a troco de um cargo aqui, outro ali. Claro que não pode existir só dois, bem como não é aceitável que existam 20,30 partidos espalhados por aí. (minha opinião).
Agora minha reflexão pós debate:
1) É muito difícil tratar de política em uma era em que a individualidade é gritante e que pensar em prol do coletivo é cada vez mais raro.
2) Estamos no Brasil, um país de milhões de analfabetos sem acesso a educação e cultura, logo consciência política não irá surgir do nada.
3) Somos um povo passivo, ainda vivemos sob a lenda de D. Sebastião (rei português desaparecido antes mesmo do Brasil ser descoberto. A lenda era que ele viria e resolveria todos os problemas, não precisa agir, basta esperar).
4) A falta de interesse sobre política gera um descompromisso para com ela. Não é a toa que candidatos bizarros se aproveitam disso. O cara vai lá e vota em qualquer um, afinal, a sua vida é o mais importante do que uma eleição (seja da elite ou da ralé)
5) Falta renovação. Nossa política está cheia de velhotes com seus pensamentos reacionários.
6) O grande problema é que ser político no Brasil é profissão. Queria ver se um deputado, senador, vereador ganhasse um salário mínimo e tivesse apenas um mandato iria se candidatar (ou você acha que a Simony se importa com causas em prol do cidadão? Será que ela não quer mamar na teta do governo e ganhar muito dinheiro fácil, hein?) Nada mais justo um representante do povo ganhar o salário que o povo ganha.
7) Quem faz as leis são deputados e senadores, logo eles governam para si; dificilmente se verá alguma lei restritiva para a mamata que é ser político no Brasil.
Voltando-se para realidade não há muito para se ter esperança. O problema é histórico e hoje vivemos as conseqüências do descaso que sempre assolou nosso país. O poder está nas mãos de poucos e a história da humanidade mostra que assim foi e assim será, sempre, só mudam as formas. (infelizmente). As revoluções seriam uma saída, mas meu pessimismo me alcança e constato que estou no século XXI, a era da alienação, da superficialidade, da individualidade suprema. Talvez eu não veja a história mudar, mas quem sabe alguém viva para presenciar. Tomara!
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Trechos que me marcam do poema "Passagem das Horas" de Álvaro de Campos
Não sei sentir, não sei ser humano, conviver
De dentro da alma triste com os homens meus irmãos na terra.
Não sei ser útil mesmo sentindo, ser prático, ser quotidiano, nítido,
Ter um lugar na vida, ter um destino entre os homens,
Ter uma obra, uma força, uma vontade, uma horta,
Unica razão para descansar, uma necessidade de me distrair,
Uma cousa vinda diretamente da natureza para mim.
(...)
Multipliquei-me, para me sentir,
Para me sentir, precisei sentir tudo,
Transbordei, não fiz senão extravasar-me,
Despi-me, entreguei-me,
E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente.
(...)
Obter tudo por suficiência divina —
As vésperas, os consentimentos, os avisos,
As cousas belas da vida —
O talento, a virtude, a impunidade,
A tendência para acompanhar os outros a casa,
A situação de passageiro,
A conveniência em embarcar já para ter lugar,
E falta sempre uma coisa, um copo, uma brisa, urna frase,
E a vida dói quanto mais se goza e quanto mais se inventa.
(...)
Fui educado pela Imaginação,
Viajei pela mão dela sempre,
Amei, odiei, falei, pensei sempre por isso,
E todos os dias têm essa janela por diante,
E todas as horas parecem minhas dessa maneira.
De dentro da alma triste com os homens meus irmãos na terra.
Não sei ser útil mesmo sentindo, ser prático, ser quotidiano, nítido,
Ter um lugar na vida, ter um destino entre os homens,
Ter uma obra, uma força, uma vontade, uma horta,
Unica razão para descansar, uma necessidade de me distrair,
Uma cousa vinda diretamente da natureza para mim.
(...)
Multipliquei-me, para me sentir,
Para me sentir, precisei sentir tudo,
Transbordei, não fiz senão extravasar-me,
Despi-me, entreguei-me,
E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente.
(...)
Obter tudo por suficiência divina —
As vésperas, os consentimentos, os avisos,
As cousas belas da vida —
O talento, a virtude, a impunidade,
A tendência para acompanhar os outros a casa,
A situação de passageiro,
A conveniência em embarcar já para ter lugar,
E falta sempre uma coisa, um copo, uma brisa, urna frase,
E a vida dói quanto mais se goza e quanto mais se inventa.
(...)
Fui educado pela Imaginação,
Viajei pela mão dela sempre,
Amei, odiei, falei, pensei sempre por isso,
E todos os dias têm essa janela por diante,
E todas as horas parecem minhas dessa maneira.
Certos acontecimentos recentes fizeram com que a pessoa que vos fala enveredasse o pensamento em torno da mudança.
Mudança, ou devir, ou sei lá o que, ela faz parte de nossa vida, basta atentar a passagem do tempo para “perceber” o quanto há de sucessivo e diferente em nossas vidas.
Tendo em vista que a cultura ocidental da qual somos inseridos vangloria a estabilidade, a segurança, o concreto, é difícil se abrir para mudanças sejam elas grandes ou pequenas.
Nessa de procurar a estabilidade muitas vezes abrimos mão de gestos, ações que ocasionariam a mudança.
Ela vem sem ser percebida (às vezes) e quando nos damos conta já não somos o que outrora fomos e isso é gerado sem nosso pleno controle.
Nietzsche falava que as pessoas vivem no niilismo justamente por serem avessas a mudanças, sem se dar conta da preciosidade do devir, do agora, dando valor há algo à longo prazo e por muitas vezes só com aparência de concreto. (minha singela perspectiva de interpretação).
Pois bem, a mudança é necessária, já que se não houvesse esta dinâmica a vida não teria o menor sentido, mas há mudanças e mudanças.
Se mudar faz parte da vida e se algumas fogem ao nosso alcance, o que fazer com aquelas que estão sob o nosso alcance?
Eu penso da seguinte maneira: A partir do momento em que tomamos a “consciência” da experiência, da importância do devir em nossa vida, passamos a encará-la de outra forma. Ter a oportunidade de mudar é algo mágico e importante para nós e se for uma mudança construtiva e avançada melhor ainda. Mas a vida em sua complexidade também pede um pouco de rédea. Vivemos em uma sociedade que não permite essas metamorfoses a bel prazer; tem de haver uma certa consonância em certos momentos entre mudança e estabilidade.
Por exemplo: o dia, à noite, nossa vida diária muda a cada instante, a cada piscar de olhos sem nossa permissão, afinal somos seres vivos e fazemos parte do movimento da natureza. Por outro lado tenho em meu poder, certas escolhas, certas mudanças que irão ocorrer a partir da minha vontade, e a complexidade está ai, justamente por não sabermos, ou não querermos separar uma situação de outra.
Divaguei tudo isso só para expressar o seguinte: Há de se ter sabedoria para encarar e querer mudanças em certos momentos, já que temos este poder de discernimento.
A vida é magnânima para se ter só um lado, ou a de mudança total, ou de estabilidade total.
Por mais que soe estranho, ter a mudança inclusa em sua vida é ter do seu lado o presente e nada mais, já que amanhã eu sei que não serei mais a mesma. É de se pensar, não é mesmo?
Mudança, ou devir, ou sei lá o que, ela faz parte de nossa vida, basta atentar a passagem do tempo para “perceber” o quanto há de sucessivo e diferente em nossas vidas.
Tendo em vista que a cultura ocidental da qual somos inseridos vangloria a estabilidade, a segurança, o concreto, é difícil se abrir para mudanças sejam elas grandes ou pequenas.
Nessa de procurar a estabilidade muitas vezes abrimos mão de gestos, ações que ocasionariam a mudança.
Ela vem sem ser percebida (às vezes) e quando nos damos conta já não somos o que outrora fomos e isso é gerado sem nosso pleno controle.
Nietzsche falava que as pessoas vivem no niilismo justamente por serem avessas a mudanças, sem se dar conta da preciosidade do devir, do agora, dando valor há algo à longo prazo e por muitas vezes só com aparência de concreto. (minha singela perspectiva de interpretação).
Pois bem, a mudança é necessária, já que se não houvesse esta dinâmica a vida não teria o menor sentido, mas há mudanças e mudanças.
Se mudar faz parte da vida e se algumas fogem ao nosso alcance, o que fazer com aquelas que estão sob o nosso alcance?
Eu penso da seguinte maneira: A partir do momento em que tomamos a “consciência” da experiência, da importância do devir em nossa vida, passamos a encará-la de outra forma. Ter a oportunidade de mudar é algo mágico e importante para nós e se for uma mudança construtiva e avançada melhor ainda. Mas a vida em sua complexidade também pede um pouco de rédea. Vivemos em uma sociedade que não permite essas metamorfoses a bel prazer; tem de haver uma certa consonância em certos momentos entre mudança e estabilidade.
Por exemplo: o dia, à noite, nossa vida diária muda a cada instante, a cada piscar de olhos sem nossa permissão, afinal somos seres vivos e fazemos parte do movimento da natureza. Por outro lado tenho em meu poder, certas escolhas, certas mudanças que irão ocorrer a partir da minha vontade, e a complexidade está ai, justamente por não sabermos, ou não querermos separar uma situação de outra.
Divaguei tudo isso só para expressar o seguinte: Há de se ter sabedoria para encarar e querer mudanças em certos momentos, já que temos este poder de discernimento.
A vida é magnânima para se ter só um lado, ou a de mudança total, ou de estabilidade total.
Por mais que soe estranho, ter a mudança inclusa em sua vida é ter do seu lado o presente e nada mais, já que amanhã eu sei que não serei mais a mesma. É de se pensar, não é mesmo?
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
É na palavra do outro que me confirmo.
É no gesto com o outro que me exercito.
É olhando no outro que me enxergo.
Talvez, de certa forma isto aconteça. A auto estima é uma palavra com significado que ora me pleiteia, ora não.
Agora encaro o mundo como uma cadeia de sons e linguagens que não passam disso. A subjetividade do significado está em nós e não nos dicionários.
Precisar do outro para ser você mesmo, será que isto procede? Sim e não, olha a dualidade marcando presença.
Na confusão da ânsia de determinar onde começa e termina a minha necessidade no alheio, perco-me tentando ser eu para mim, e tentando adivinhar o que sou para o outro.
Ah! Quanta bobeira! Vamos viver com nossa existência imprecisa, com as necessidades ambíguas e sem fazer questão de respostas concretas.
É no gesto com o outro que me exercito.
É olhando no outro que me enxergo.
Talvez, de certa forma isto aconteça. A auto estima é uma palavra com significado que ora me pleiteia, ora não.
Agora encaro o mundo como uma cadeia de sons e linguagens que não passam disso. A subjetividade do significado está em nós e não nos dicionários.
Precisar do outro para ser você mesmo, será que isto procede? Sim e não, olha a dualidade marcando presença.
Na confusão da ânsia de determinar onde começa e termina a minha necessidade no alheio, perco-me tentando ser eu para mim, e tentando adivinhar o que sou para o outro.
Ah! Quanta bobeira! Vamos viver com nossa existência imprecisa, com as necessidades ambíguas e sem fazer questão de respostas concretas.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Em busca de verdades constato que somos uma verdadeira mentira.
Do que somos feitos além do que supomos ser? Sob mascaras me escondo e me exponho, cada um tem de mim a mascara que merece.
Vivemos emergidos em ilusões criadas a todo o momento pelo mundo afora.
Fomos pretensos ao acharmos que somos o melhor feito da natureza. Somos petulantes desde a criação disso tudo, mas afinal eu, você, ele é melhor do que o que nesta infinita galáxia fora do meu alcance?
Grandes gênios e personalidades perceberam o quão este mundo que foi criado por “alguns” é uma mentira e decidiram se isolar e/ou criar o próprio mundo para suportar o ato físico da existência. Hoje vivo na banalização das palavras, das sensações e cada vez mais o mergulho na imaginação necessária, só ela que me dá sobrevida e verdade.
Não posso acreditar em um mundo ou em pessoas que se contentam em viver amparado por uma tela, esquecendo da magia da vida em nome da rapidez e da falsidade.
Em alguma parte disto tudo eu não acredito em mim. EU SOU UMA MENTIRA.
Do que somos feitos além do que supomos ser? Sob mascaras me escondo e me exponho, cada um tem de mim a mascara que merece.
Vivemos emergidos em ilusões criadas a todo o momento pelo mundo afora.
Fomos pretensos ao acharmos que somos o melhor feito da natureza. Somos petulantes desde a criação disso tudo, mas afinal eu, você, ele é melhor do que o que nesta infinita galáxia fora do meu alcance?
Grandes gênios e personalidades perceberam o quão este mundo que foi criado por “alguns” é uma mentira e decidiram se isolar e/ou criar o próprio mundo para suportar o ato físico da existência. Hoje vivo na banalização das palavras, das sensações e cada vez mais o mergulho na imaginação necessária, só ela que me dá sobrevida e verdade.
Não posso acreditar em um mundo ou em pessoas que se contentam em viver amparado por uma tela, esquecendo da magia da vida em nome da rapidez e da falsidade.
Em alguma parte disto tudo eu não acredito em mim. EU SOU UMA MENTIRA.
quarta-feira, 28 de julho de 2010

Eu aqui preste a fazer 24 anos. Como o tempo passa sem nem tomar conhecimento. ELE o maior comandante do universo é implacável, meu rosto e meu corpo são provas disso.
Ao pensar e rememorar todos esses anos, meses, dias, minutos, segundos dou-me conta o quanto já foi vivido. É estranho você olhar para trás e olhar agora e ver o quanto tudo foi diferente, efêmero, fugaz, que tudo o que me pertenceu um dia não passa de lembranças.
Continuo com meus ideais de vida – aqueles que eu suponho que irão me tornar mais satisfeita, cada vez mais dramática, fria, perdida e com um sorriso no rosto.
Na procura de ser quem eu sou, faço 24 anos e agradeço imensamente a minha mãe que me pariu e a JAH que me manteve em pé, apesar de tantas coisas horríveis que já aconteceram comigo e que me serviram de lição na vida.
Sou honesta, tenho caráter, e por inteira sou louca, tudo isso eu devo a oportunidade de ter a condição da vida humana.
Muito obrigada e que eu ainda possa viver vários múltiplos de 24, imaginando, sentindo e vivendo.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Tenho raiva do mundo, confesso. Raiva de não obter respostas concretas acerca de minha existência, e a pergunta crucial, o porque de eu ser eu.
Minha raiva é crescente e sempre igual. Tenho raiva da minha infância triste e sofrida, de ser pobre, da solidão que me assola, me persegue e faz de mim uma eterna angustiada. Sinto raiva de ter compaixão pelos demais animais, sejam eles pensantes ou não. Agora a maior de todas as raivas é a diferença entre as coisas que eu nunca consegui compreender, de não ter capacidade de convencer as pessoas de que meu mundo é o melhor de todos.
Diante de tanta raiva, que permanece aqui intacta e em seu lugar, a minha existência me ensinou a inventar, e hoje sou feliz, humilde e conformada puramente por invenção, e eu vivo isso.
A dualidade faz parte de mim, senão não poderia ser uma existência existente, apesar de toda a redundância.
Entre a minha raiva e a alegria, há em mim a imaginação que me permite a criação do mundo em que eu posso ser o que eu quiser realmente, já que nesse não existe nada, ninguém, só mentira e suposição.
Minha raiva é crescente e sempre igual. Tenho raiva da minha infância triste e sofrida, de ser pobre, da solidão que me assola, me persegue e faz de mim uma eterna angustiada. Sinto raiva de ter compaixão pelos demais animais, sejam eles pensantes ou não. Agora a maior de todas as raivas é a diferença entre as coisas que eu nunca consegui compreender, de não ter capacidade de convencer as pessoas de que meu mundo é o melhor de todos.
Diante de tanta raiva, que permanece aqui intacta e em seu lugar, a minha existência me ensinou a inventar, e hoje sou feliz, humilde e conformada puramente por invenção, e eu vivo isso.
A dualidade faz parte de mim, senão não poderia ser uma existência existente, apesar de toda a redundância.
Entre a minha raiva e a alegria, há em mim a imaginação que me permite a criação do mundo em que eu posso ser o que eu quiser realmente, já que nesse não existe nada, ninguém, só mentira e suposição.
Amor.
Eu amo, tu amas, nós amamos.
Amor que não sabemos de onde vem e nem o que é,
Mas mesmo assim amamos.
O desejo de todos é o amor
Mas quem aqui sabe amar?
Quem aqui já amou?
E quem é amor?
Palavra bonita, positiva, mas só é uma palavra.
Sentimentos não são definidos, mensurados.
Só podem ser sentidos.
Nada mais e, além disso.
Por isso aqui onde jazo sentada,
Em frente da tela
Fico amando o amor, exaltando-o.
Apenas para poder senti-lo
Já que as palavras me absorvem
E a troca entre a palavra e a sensação.
Pode tornar-se real.
(Camila Lima)
Eu amo, tu amas, nós amamos.
Amor que não sabemos de onde vem e nem o que é,
Mas mesmo assim amamos.
O desejo de todos é o amor
Mas quem aqui sabe amar?
Quem aqui já amou?
E quem é amor?
Palavra bonita, positiva, mas só é uma palavra.
Sentimentos não são definidos, mensurados.
Só podem ser sentidos.
Nada mais e, além disso.
Por isso aqui onde jazo sentada,
Em frente da tela
Fico amando o amor, exaltando-o.
Apenas para poder senti-lo
Já que as palavras me absorvem
E a troca entre a palavra e a sensação.
Pode tornar-se real.
(Camila Lima)
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Lendo artigos de pessoas com conhecimento avançado, essa semana houve uma coincidência de temas acerca disto.
Quanto às pessoas, na gana de terem experiências intensas, cada vez mais intensas, esquecem que a vida é algo simples.
Pois bem, fazendo uma síntese reflexiva, do pouco que estudei, e do quase nada que tenho de conhecimento, cada dia que passa, meus olhos enxergam este século XXI, esta nova era como a concretização do ser humano em sua máxima artificial.
Olhe ao seu redor e pense em um instante o quanto de real acontece com você.
Quais sentimentos, ações, relações são realmente simples e reais?
Claro que eu como primeira pessoa, falo, penso por mim, de mim, e eu sofro muito com essa superficialidade que toma conta do mundo.
De alguma maneira sou atingida e faço parte dos superficiais, por questão de sobrevivência.
Na roda que gira, as pessoas que pensam, que tem opiniões, que sentem o mundo, são caladas, excluídas, taxadas de loucas e desdenhadas pela maioria que vive no mundo criado que essa era pós moderna te incentiva a criar.
A utopia do ser humano é a de poder ser ouvido, ser visto, ser reconhecido por este mundo, e daí vem à pergunta: adianta tanta exposição, essa necessidade que temos de nos mostrar, por acaso o reconhecimento vem? E tudo não passa de virtual?
Essa nova era da qual estou incluída até o pescoço, faz com que a insatisfação que é inerente ao ser humano se potencialize a velocidade com que tudo muda.
A mudança desenfreada nos obriga a mudar, a correr, a passar pela vida sem nos dar conta da própria. Sempre achamos que nunca é o bastante, que a vida pode nos dar mais, que ela tem que dar mais, ser mais, ter mais, mais, mais, mais, mais.
É tanto mais, que não conseguimos o menos, enxergar a grande e misteriosa magia que é a vida, do quanto é bom ser agraciado por isso e aproveitá-la da maneira que ela é, sem mais, nem menos.
Tudo que li envolta do assunto me deixou perturbada, ao constatar que o meu mundo imaginário e ilusivo é mais forte, mais feliz, e mais essencial a mim do que a realidade que me cerca, apesar de ter plena consciência do que a minha realidade é, e o que ela implica.
Essa busca frenética por necessidades impostas que não retratam a essência humana, a vontade humana, sufoca, ludibria e faz com que nós seres humanos vivamos e sejamos uma verdadeira mentira.
A sensação que me cabe ao momento é essa, ou vai dizer que o que se mostra por aí nas telas que são nossas companhias mais que entes queridos, mostram a verdadeira vida, os sentimentos e acontecimentos reais?
Por enquanto eu fico aqui sem ser reconhecida pelo mundo, com uma imensa vontade disso, mas com a total responsabilidade de tornar minha vida algo verdadeiro, pelo menos para mim.
Quanto às pessoas, na gana de terem experiências intensas, cada vez mais intensas, esquecem que a vida é algo simples.
Pois bem, fazendo uma síntese reflexiva, do pouco que estudei, e do quase nada que tenho de conhecimento, cada dia que passa, meus olhos enxergam este século XXI, esta nova era como a concretização do ser humano em sua máxima artificial.
Olhe ao seu redor e pense em um instante o quanto de real acontece com você.
Quais sentimentos, ações, relações são realmente simples e reais?
Claro que eu como primeira pessoa, falo, penso por mim, de mim, e eu sofro muito com essa superficialidade que toma conta do mundo.
De alguma maneira sou atingida e faço parte dos superficiais, por questão de sobrevivência.
Na roda que gira, as pessoas que pensam, que tem opiniões, que sentem o mundo, são caladas, excluídas, taxadas de loucas e desdenhadas pela maioria que vive no mundo criado que essa era pós moderna te incentiva a criar.
A utopia do ser humano é a de poder ser ouvido, ser visto, ser reconhecido por este mundo, e daí vem à pergunta: adianta tanta exposição, essa necessidade que temos de nos mostrar, por acaso o reconhecimento vem? E tudo não passa de virtual?
Essa nova era da qual estou incluída até o pescoço, faz com que a insatisfação que é inerente ao ser humano se potencialize a velocidade com que tudo muda.
A mudança desenfreada nos obriga a mudar, a correr, a passar pela vida sem nos dar conta da própria. Sempre achamos que nunca é o bastante, que a vida pode nos dar mais, que ela tem que dar mais, ser mais, ter mais, mais, mais, mais, mais.
É tanto mais, que não conseguimos o menos, enxergar a grande e misteriosa magia que é a vida, do quanto é bom ser agraciado por isso e aproveitá-la da maneira que ela é, sem mais, nem menos.
Tudo que li envolta do assunto me deixou perturbada, ao constatar que o meu mundo imaginário e ilusivo é mais forte, mais feliz, e mais essencial a mim do que a realidade que me cerca, apesar de ter plena consciência do que a minha realidade é, e o que ela implica.
Essa busca frenética por necessidades impostas que não retratam a essência humana, a vontade humana, sufoca, ludibria e faz com que nós seres humanos vivamos e sejamos uma verdadeira mentira.
A sensação que me cabe ao momento é essa, ou vai dizer que o que se mostra por aí nas telas que são nossas companhias mais que entes queridos, mostram a verdadeira vida, os sentimentos e acontecimentos reais?
Por enquanto eu fico aqui sem ser reconhecida pelo mundo, com uma imensa vontade disso, mas com a total responsabilidade de tornar minha vida algo verdadeiro, pelo menos para mim.
E na ávida procura de companhia
Fiz de mim, minha própria companheira.
Depois de tanto tempo vagando, aprendendo
Surgiu você.
Para complementar o inteiro, para ser meu companheiro.
A completude, a plenitude, os afetos, os desejos, as alegrias
Hoje são compartilhadas com a minha companhia, do lado.
As tristezas, as angústias, também.
Só hoje percebo o quanto é valioso companhias amáveis e amadas.
O quanto se é feliz, sendo inteiro
E como é doce a divisão sem sofrimento.
(Camila Lima)
Fiz de mim, minha própria companheira.
Depois de tanto tempo vagando, aprendendo
Surgiu você.
Para complementar o inteiro, para ser meu companheiro.
A completude, a plenitude, os afetos, os desejos, as alegrias
Hoje são compartilhadas com a minha companhia, do lado.
As tristezas, as angústias, também.
Só hoje percebo o quanto é valioso companhias amáveis e amadas.
O quanto se é feliz, sendo inteiro
E como é doce a divisão sem sofrimento.
(Camila Lima)
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como, afinal, as paisagens são.
Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir.
“Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará até ao fim do mundo”. Mas o fim do mundo, desde que o mundo se consumou dando-lhe a volta, é o mesmo Entepfuhl de onde se partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o princípio, é o nosso conceito do mundo. É em nós que as paisagens têm paisagem. Por isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como às outras. Para quê viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China, nos Pólos ambos, onde estaria eu senão em mim mesmo, e no tipo e género das minhas sensações?
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.
Bernardo Soares
Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir.
“Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará até ao fim do mundo”. Mas o fim do mundo, desde que o mundo se consumou dando-lhe a volta, é o mesmo Entepfuhl de onde se partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o princípio, é o nosso conceito do mundo. É em nós que as paisagens têm paisagem. Por isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como às outras. Para quê viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China, nos Pólos ambos, onde estaria eu senão em mim mesmo, e no tipo e género das minhas sensações?
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.
Bernardo Soares
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Prefiro sentir, apesar de estar aprendendo a definir, explicar as coisas existentes no mundo. Não ignoro nenhuma das duas, a sabedoria está em ambas.
Sentir eleva a alma, faz nos sentirmos vivos, enquanto o pensar às vezes pode ser fatal.
Andando nessa caminhada louca, observo a vida alheia para tentar compor a minha. Não quero ser igual a ninguém, mas hoje prefiro aprender com o erro alheio.
È muita prepotência ao acharmos que nós podemos tudo, que nós somos tudo. Desde de sempre me considerei um nada, um nada que ambicionava a totalidade.
Não vejo minhas qualidades, só meus defeitos, prefiro que o externo diga o que há de melhor em mim, quem sabe um dia me convenço?
De uma coisa eu tenho certeza nessa vida: que eu sou feita de dualidade, o mau e bom andando juntos, pois só assim poderei ser natural.
Nunca consegui entender as diferenças, essa inquietude é desde de criança, talvez por isso este seja o caminho que estou trilhando.
Não quero tudo, quero o nada, porque tem gente demais querendo o tudo e deixando o nada de lado, esquecido. Eu preciso de nada para ser feliz, nada para me completar, porque eu tenho a mim, que cada dia está mais fortificada, e chata, mas me preparando para o que vem pela frente, que acontecerá possivelmente.
Ao ver o quanto as pessoas anseiam por companhia, por um relacionamento só por medo de sei lá o que, em nome de intensidade, que às vezes nunca foi e nem será, olho para o meu e fico satisfeita. Não é perfeito, porque eu nunca quis, e nem me iludi que fosse, mas encaro as coisas de forma natural, sem mais drama do que eu costumo fazer ultimamente.
Enfim, um ensinamento que eu carrego em mim, para a vida toda: Quem não teve uma vida difícil, da qual teve que lutar para lidar com externo e interno, não sabe o que é a vida. Quem nunca quis encarar-se de frente e conhecer-se por mais escuro e turvo que fosse jamais sentirá o gosto da superação e do conhecimento de verdade de você e para com o outro!
Sentir eleva a alma, faz nos sentirmos vivos, enquanto o pensar às vezes pode ser fatal.
Andando nessa caminhada louca, observo a vida alheia para tentar compor a minha. Não quero ser igual a ninguém, mas hoje prefiro aprender com o erro alheio.
È muita prepotência ao acharmos que nós podemos tudo, que nós somos tudo. Desde de sempre me considerei um nada, um nada que ambicionava a totalidade.
Não vejo minhas qualidades, só meus defeitos, prefiro que o externo diga o que há de melhor em mim, quem sabe um dia me convenço?
De uma coisa eu tenho certeza nessa vida: que eu sou feita de dualidade, o mau e bom andando juntos, pois só assim poderei ser natural.
Nunca consegui entender as diferenças, essa inquietude é desde de criança, talvez por isso este seja o caminho que estou trilhando.
Não quero tudo, quero o nada, porque tem gente demais querendo o tudo e deixando o nada de lado, esquecido. Eu preciso de nada para ser feliz, nada para me completar, porque eu tenho a mim, que cada dia está mais fortificada, e chata, mas me preparando para o que vem pela frente, que acontecerá possivelmente.
Ao ver o quanto as pessoas anseiam por companhia, por um relacionamento só por medo de sei lá o que, em nome de intensidade, que às vezes nunca foi e nem será, olho para o meu e fico satisfeita. Não é perfeito, porque eu nunca quis, e nem me iludi que fosse, mas encaro as coisas de forma natural, sem mais drama do que eu costumo fazer ultimamente.
Enfim, um ensinamento que eu carrego em mim, para a vida toda: Quem não teve uma vida difícil, da qual teve que lutar para lidar com externo e interno, não sabe o que é a vida. Quem nunca quis encarar-se de frente e conhecer-se por mais escuro e turvo que fosse jamais sentirá o gosto da superação e do conhecimento de verdade de você e para com o outro!
terça-feira, 15 de junho de 2010
Há muito deixei de pensar
Do que é feita a terra, a água e o ar.
Há muito deixei de entender, aquilo que devo ser.
Entre a razão e a emoção, fico com o que me anima.
A emoção de sentir tudo e de deixar passar quase tudo.
Pobre daquele que acha que a sabedoria se encontra em qualquer esquina.
Pois saber em demasia não significa nada, pelo contrário, sabedoria é um tanto abstrato.
Em um mundo de dever ser por obrigação, prefiro tentar ser por opção.
Ser sendo eu, com meus sentidos, com minha mente em consonância com meu corpo e universo.
Cada um sabe o que é. Eu? Quem eu sou? Não sei.
Há muito tempo que procuro e assim eu vivo!
(Camila Lima)
Do que é feita a terra, a água e o ar.
Há muito deixei de entender, aquilo que devo ser.
Entre a razão e a emoção, fico com o que me anima.
A emoção de sentir tudo e de deixar passar quase tudo.
Pobre daquele que acha que a sabedoria se encontra em qualquer esquina.
Pois saber em demasia não significa nada, pelo contrário, sabedoria é um tanto abstrato.
Em um mundo de dever ser por obrigação, prefiro tentar ser por opção.
Ser sendo eu, com meus sentidos, com minha mente em consonância com meu corpo e universo.
Cada um sabe o que é. Eu? Quem eu sou? Não sei.
Há muito tempo que procuro e assim eu vivo!
(Camila Lima)
terça-feira, 8 de junho de 2010
Eu queria ser má, para ver se o universo me dá melhor sorte.
Porque desde pequena eu não entendo esta dinâmica do universo.
A escolha que ELE faz, para nos agraciar ou amaldiçoar.
Nunca entendi, as razões, o discernimento, justiça. E nunca vou entender.
Às vezes por mais que eu queira não acredito em Deus.
Não nesse Deus cristão, todo poderoso e bondoso.
Para mim, Deus é a dualidade, é o bom e o mau ao mesmo tempo, não há separação, distinção e há muito tempo escolhi não acreditar que há uma escolha para os agrados ou desagrados humanos.
Há muito além de tudo, que eu como ser humano, só vou ficar pensando, morrer pensando, sem obter respostas.
Isso não é um poema ou nada que o valha.
De uns tempos pra cá tudo virou. Eu que há algum tempo deixei de levar minha vida conforme o horóscopo, me pego querendo acreditar que só é o meu inferno astral.
Tudo virou: vida financeira, a amorosa já esteve melhor, e eu lutando diariamente com esse vazio que está intrínseco em mim. A solidão, a falta de dialogo com os seus; a convivência comigo mesma ta me sufocando.
O mundo não está nem aí para mim, ninguém me percebe, e há uma escassez de preocupação da parte dos outros em relação a mim que me deprime.
A vida é um moinho, e não tem como eu retribuir para com o mundo e as pessoas de forma diferente da qual sou tratada.
Por mais que eu queira, eu não consigo, é muito maior que eu.
E assim eu vou levando a vida e ela me levando. Até onde? Não sei, e hoje não faço questão de saber.
Porque desde pequena eu não entendo esta dinâmica do universo.
A escolha que ELE faz, para nos agraciar ou amaldiçoar.
Nunca entendi, as razões, o discernimento, justiça. E nunca vou entender.
Às vezes por mais que eu queira não acredito em Deus.
Não nesse Deus cristão, todo poderoso e bondoso.
Para mim, Deus é a dualidade, é o bom e o mau ao mesmo tempo, não há separação, distinção e há muito tempo escolhi não acreditar que há uma escolha para os agrados ou desagrados humanos.
Há muito além de tudo, que eu como ser humano, só vou ficar pensando, morrer pensando, sem obter respostas.
Isso não é um poema ou nada que o valha.
De uns tempos pra cá tudo virou. Eu que há algum tempo deixei de levar minha vida conforme o horóscopo, me pego querendo acreditar que só é o meu inferno astral.
Tudo virou: vida financeira, a amorosa já esteve melhor, e eu lutando diariamente com esse vazio que está intrínseco em mim. A solidão, a falta de dialogo com os seus; a convivência comigo mesma ta me sufocando.
O mundo não está nem aí para mim, ninguém me percebe, e há uma escassez de preocupação da parte dos outros em relação a mim que me deprime.
A vida é um moinho, e não tem como eu retribuir para com o mundo e as pessoas de forma diferente da qual sou tratada.
Por mais que eu queira, eu não consigo, é muito maior que eu.
E assim eu vou levando a vida e ela me levando. Até onde? Não sei, e hoje não faço questão de saber.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Adiamento - Álvaro de Campos
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o rnundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir...
Sim, o porvir...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o rnundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir...
Sim, o porvir...
terça-feira, 25 de maio de 2010
Coisas que me arrependo.
Não vou ser hipócrita de dizer que só me arrependo do que NÃO fiz. Arrependo-me muito mais das coisas que eu fiz e da qual eu tinha outra possibilidade e não fiz a escolha correta.
Porque não dá para se arrepender do que não fez já que ação não existiu.
São três arrependimentos que me corroem até hoje: Aos 18 anos, de não ter prestado faculdades federais, USP, já que eu tinha capacidade; de não ter prestado concurso público federal e de não ter ficado por mais difícil que fosse em Natal.
Todas as minhas escolhas foram contrárias, e por isso, hoje vivo as conseqüências disso.
Às vezes machuca, dói, mas mesmo assim vou levando a vida sem nem saber onde eu vou parar, e se eu vou parar em algum momento.
No meu mundo imaginativo fico pensado o quanto seria diferente se eu tivesse optado pelo oposto que eu escolhi, mas a vida é implacável e as escolhas também.
To meio encabulada de ver os outros dando certo, e eu aqui no mesmo lugar, fazendo coisas contra a minha vontade, isso tá me matando aos poucos.
Enfim, a vida é uma conseqüência, cheia de incertezas, e repleta de insatisfações. Espero que ao longo dessa caminhada eu consiga fazer escolhas acertadas e que a conseqüência seja mais leve e adocicada.
Pois não há vida sem escolhas!
Porque não dá para se arrepender do que não fez já que ação não existiu.
São três arrependimentos que me corroem até hoje: Aos 18 anos, de não ter prestado faculdades federais, USP, já que eu tinha capacidade; de não ter prestado concurso público federal e de não ter ficado por mais difícil que fosse em Natal.
Todas as minhas escolhas foram contrárias, e por isso, hoje vivo as conseqüências disso.
Às vezes machuca, dói, mas mesmo assim vou levando a vida sem nem saber onde eu vou parar, e se eu vou parar em algum momento.
No meu mundo imaginativo fico pensado o quanto seria diferente se eu tivesse optado pelo oposto que eu escolhi, mas a vida é implacável e as escolhas também.
To meio encabulada de ver os outros dando certo, e eu aqui no mesmo lugar, fazendo coisas contra a minha vontade, isso tá me matando aos poucos.
Enfim, a vida é uma conseqüência, cheia de incertezas, e repleta de insatisfações. Espero que ao longo dessa caminhada eu consiga fazer escolhas acertadas e que a conseqüência seja mais leve e adocicada.
Pois não há vida sem escolhas!
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Como saber se o caminho a ser trilhado está certo?
Como saber a hora de parar, tudo?
Como sentir se os sentimentos estagnaram?
Eu ando um tanto confusa em relação aos meus próprios sentimentos, parece que algo parou ou acabou e eu não estou conseguindo detectar.
Pode ser uma fase, ou pode ser que a vida queira que eu tome uma decisão.
Mas vou pensar e analisar mais um pouco. Eu nunca deixei de fazer o que eu achava que tinha que ser feito, nunca fugi e sempre agüentei de certa forma as conseqüências.
Realmente tá tudo obscuro e sem pulsação.
Mas porque tem que ser assim? Durável enquanto a chama arde. Que diabos de chama é essa?
"Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja.
Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.
Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que "nada é para sempre."
(Gabriel Garcia Marquez)
Como saber a hora de parar, tudo?
Como sentir se os sentimentos estagnaram?
Eu ando um tanto confusa em relação aos meus próprios sentimentos, parece que algo parou ou acabou e eu não estou conseguindo detectar.
Pode ser uma fase, ou pode ser que a vida queira que eu tome uma decisão.
Mas vou pensar e analisar mais um pouco. Eu nunca deixei de fazer o que eu achava que tinha que ser feito, nunca fugi e sempre agüentei de certa forma as conseqüências.
Realmente tá tudo obscuro e sem pulsação.
Mas porque tem que ser assim? Durável enquanto a chama arde. Que diabos de chama é essa?
"Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja.
Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.
Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que "nada é para sempre."
(Gabriel Garcia Marquez)
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Fernando Pessoa, mil vezes Fernando Pessoa
E eu me surpreendo cada dia mais, mais e mais.
Lembro-me bem do seu olhar.
Ele atravessa ainda a minha alma,
Como um risco de fogo na noite.
Lembro-me bem do seu olhar. O resto…
Sim o resto parece-se apenas com a vida.
Ontem, passei nas ruas como qualquer pessoa.
Olhei para as montras despreocupadamente
E não encontrei amigos com quem falar.
De repente vi que estava triste, mortalmente triste,
Tão triste que me pareceu que me seria impossível
Viver amanhã, não porque morresse ou me matasse,
Mas porque seria impossível viver amanhã e mais nada.
Fumo, sonho, recostado na poltrona.
Dói-me viver como uma posição incómoda.
Deve haver ilhas lá para o sul das cousas
Onde sofrer seja uma cousa mais suave,
Onde viver custe menos ao pensamento,
E onde a gente possa fechar os olhos e adormecer ao sol
E acordar sem ter que pensar em responsabilidades sociais
Nem no dia do mês ou da semana que é hoje.
Abrigo no peito, como a um inimigo que temo ofender,
Um coração exageradamente espontâneo
Que sente tudo o que eu sonho como se fosse real,
Que bate com o pé a melodia das canções que o meu pensamento canta,
Canções tristes, como as ruas estreitas quando chove.
(F.P - Poesias Inéditas)
Lembro-me bem do seu olhar.
Ele atravessa ainda a minha alma,
Como um risco de fogo na noite.
Lembro-me bem do seu olhar. O resto…
Sim o resto parece-se apenas com a vida.
Ontem, passei nas ruas como qualquer pessoa.
Olhei para as montras despreocupadamente
E não encontrei amigos com quem falar.
De repente vi que estava triste, mortalmente triste,
Tão triste que me pareceu que me seria impossível
Viver amanhã, não porque morresse ou me matasse,
Mas porque seria impossível viver amanhã e mais nada.
Fumo, sonho, recostado na poltrona.
Dói-me viver como uma posição incómoda.
Deve haver ilhas lá para o sul das cousas
Onde sofrer seja uma cousa mais suave,
Onde viver custe menos ao pensamento,
E onde a gente possa fechar os olhos e adormecer ao sol
E acordar sem ter que pensar em responsabilidades sociais
Nem no dia do mês ou da semana que é hoje.
Abrigo no peito, como a um inimigo que temo ofender,
Um coração exageradamente espontâneo
Que sente tudo o que eu sonho como se fosse real,
Que bate com o pé a melodia das canções que o meu pensamento canta,
Canções tristes, como as ruas estreitas quando chove.
(F.P - Poesias Inéditas)
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Belo Belo II - Manuel Bandeira
Belo belo minha bela
Tenho tudo que não quero
Não tenho nada que quero
Não quero óculos nem tosse
Nem obrigação de voto
Quero quero
Quero a solidão dos píncaros
A água da fonte escondida
A rosa que floresceu
Sobre a escarpa inacessível
A luz da primeira estrela
Piscando no lusco-fusco
Quero quero
Quero dar a volta ao mundo
Só num navio de vela
Quero rever Pernambuco
Quero ver Bagdá e Cusco
Quero quero
Quero o moreno de Estela
Quero a brancura de Elisa
Quero a saliva de Bela
Quero as sardas de Adalgisa
Quero quero tanta coisa
Belo belo
Mas basta de lero-lero
Vida noves fora zero.
O que seria da vida, sem poesia, sem poética? Quem não admira a poesia, essa conjunção de palavras que emergem sentimentos, desculpe mas não sabe enxergar a beleza da vida.
Tenho tudo que não quero
Não tenho nada que quero
Não quero óculos nem tosse
Nem obrigação de voto
Quero quero
Quero a solidão dos píncaros
A água da fonte escondida
A rosa que floresceu
Sobre a escarpa inacessível
A luz da primeira estrela
Piscando no lusco-fusco
Quero quero
Quero dar a volta ao mundo
Só num navio de vela
Quero rever Pernambuco
Quero ver Bagdá e Cusco
Quero quero
Quero o moreno de Estela
Quero a brancura de Elisa
Quero a saliva de Bela
Quero as sardas de Adalgisa
Quero quero tanta coisa
Belo belo
Mas basta de lero-lero
Vida noves fora zero.
O que seria da vida, sem poesia, sem poética? Quem não admira a poesia, essa conjunção de palavras que emergem sentimentos, desculpe mas não sabe enxergar a beleza da vida.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Semana peculiar.
Do êxtase à desilusão.
Da glória ao sofrimento.
Assim que é a vida, feita de dualidade que eu tanto amo e acho necessário.
Essas experimentações da vida é o que dá a dinâmica, a existência. Existo porque penso, me movo, sinto- sim eu sinto.
Pergunta que não quer calar; o que é a razão? Onde ela se encontra? Como eu a sinto? Conhecimento é razão? Espero ter uma resposta para isso semana que vem.
A Filosofia é cativante, mas esse negócio de colocar a razão em tudo.... isso é tão abstrato.
Vivendo um dia de cada vez, sem ao menos pensar no que virá depois. Só o tempo irá dizer se eu estava certa ou não ao fazer esta opção.
Não saber o que se quer da vida é a coisa mais normal do universo, saber da existência, mas não saber onde ela vai desaguar, isso sim que é o grande mistério, e o mais lindo de todos os mistérios.
Certezas vêm e se desfazem; eu não sei o que quero, mas suponho o que sou. Eu só queria viver minha vida, com todos os efeitos imaginativos que eu me dou e ser feliz como quem não quer nada e tem muito.
Corinthians mina vida, minha história, meu amor. Eu nunca vou te abandonar porque eu te amo. Esse amor, essa emoção incalculável que me faz vibrar e me faz sentir que eu ainda tenho sentidos.
Tirando toda a zoeira que temos que agüentar (fazer, o que? Eu sei perder), ser corinthiana para mim, é ter certeza da dualidade da vida e o quanto ela é real, palpável e importante. A vida é ganhar aqui e perder acolá, sem mais delongas. Quem não sabe perder, só sabe vencer não sabe o que é viver!
Não tem jeito filosofo mermo!hhahahhahaha
(Camila Lima)
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva quando falta muito,pede-se
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e ervas...
O que é preciso é ser natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar -se que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...
(Alberto Caeiro)
Do êxtase à desilusão.
Da glória ao sofrimento.
Assim que é a vida, feita de dualidade que eu tanto amo e acho necessário.
Essas experimentações da vida é o que dá a dinâmica, a existência. Existo porque penso, me movo, sinto- sim eu sinto.
Pergunta que não quer calar; o que é a razão? Onde ela se encontra? Como eu a sinto? Conhecimento é razão? Espero ter uma resposta para isso semana que vem.
A Filosofia é cativante, mas esse negócio de colocar a razão em tudo.... isso é tão abstrato.
Vivendo um dia de cada vez, sem ao menos pensar no que virá depois. Só o tempo irá dizer se eu estava certa ou não ao fazer esta opção.
Não saber o que se quer da vida é a coisa mais normal do universo, saber da existência, mas não saber onde ela vai desaguar, isso sim que é o grande mistério, e o mais lindo de todos os mistérios.
Certezas vêm e se desfazem; eu não sei o que quero, mas suponho o que sou. Eu só queria viver minha vida, com todos os efeitos imaginativos que eu me dou e ser feliz como quem não quer nada e tem muito.
Corinthians mina vida, minha história, meu amor. Eu nunca vou te abandonar porque eu te amo. Esse amor, essa emoção incalculável que me faz vibrar e me faz sentir que eu ainda tenho sentidos.
Tirando toda a zoeira que temos que agüentar (fazer, o que? Eu sei perder), ser corinthiana para mim, é ter certeza da dualidade da vida e o quanto ela é real, palpável e importante. A vida é ganhar aqui e perder acolá, sem mais delongas. Quem não sabe perder, só sabe vencer não sabe o que é viver!
Não tem jeito filosofo mermo!hhahahhahaha
(Camila Lima)
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva quando falta muito,pede-se
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e ervas...
O que é preciso é ser natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar -se que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...
(Alberto Caeiro)
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Que tempos são esses ?
- perguntou-me a professora de filosofia.
Então respondi à minha maneira :
são tempos de pura sandice.
Só os loucos amam, professora.
Os outros trabalham,
à noite assistem televis�o,
e depois dormem até o dia raiar.
Quando amanhece, voltam para o trabalho.
Enquanto eu durmo, sonho,
trepo e não gosto de trabalhar.
Esses são os novos tempos, professora.
Tempos de escrever como quem fala.
E não dizer absolutamente nada.
(Rogério Skylab)
- perguntou-me a professora de filosofia.
Então respondi à minha maneira :
são tempos de pura sandice.
Só os loucos amam, professora.
Os outros trabalham,
à noite assistem televis�o,
e depois dormem até o dia raiar.
Quando amanhece, voltam para o trabalho.
Enquanto eu durmo, sonho,
trepo e não gosto de trabalhar.
Esses são os novos tempos, professora.
Tempos de escrever como quem fala.
E não dizer absolutamente nada.
(Rogério Skylab)
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Ando com pensamentos fragmentados, não há inspiração e minha vida anda tão calma que dá até medo.
A inspiração me falta, mas a revolta continua; só que cansei de esbravejar e não ter ouvintes; cansei de tentar me comunicar com o mundo e vê-lo me dando as costas.
Ando sem ação, só cumprindo minha obrigação como máquina. Sou pobre, não posso ter vontades já que não tenho como financiá-las - podem falar o que quiser, do meu conformismo e da minha pasmaceira, mas eu já compreendo que tem certas coisas na vida em que não se tem chance e ponto.
Correr atrás para que? Para se decepcionar? Eu venho de uma dinastia sem sorte.
Abnego-me de lutar, não sofro com a vida que tenho, muito pelo contrário, só que desde sempre se eu pudesse trocar a vida que tenho pela vida que eu imagino.....
Eu sou daquelas que não acredito muito no que as pessoas falam sobre mim, até por questão de humildade.
Sabe de uma coisa? To começando a acreditar que eu não acredito no mundo, e nas pessoas que o compõe, inclusive eu. Dizem por aí que o melhor é viver sem esperança, acho que to nessa.
Enfim deixa eu curtir minha calmaria já que eu bem sei que depois vem tempestade.
“Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre.”
(Bernardo Soares- Livro do Desassossego)
A inspiração me falta, mas a revolta continua; só que cansei de esbravejar e não ter ouvintes; cansei de tentar me comunicar com o mundo e vê-lo me dando as costas.
Ando sem ação, só cumprindo minha obrigação como máquina. Sou pobre, não posso ter vontades já que não tenho como financiá-las - podem falar o que quiser, do meu conformismo e da minha pasmaceira, mas eu já compreendo que tem certas coisas na vida em que não se tem chance e ponto.
Correr atrás para que? Para se decepcionar? Eu venho de uma dinastia sem sorte.
Abnego-me de lutar, não sofro com a vida que tenho, muito pelo contrário, só que desde sempre se eu pudesse trocar a vida que tenho pela vida que eu imagino.....
Eu sou daquelas que não acredito muito no que as pessoas falam sobre mim, até por questão de humildade.
Sabe de uma coisa? To começando a acreditar que eu não acredito no mundo, e nas pessoas que o compõe, inclusive eu. Dizem por aí que o melhor é viver sem esperança, acho que to nessa.
Enfim deixa eu curtir minha calmaria já que eu bem sei que depois vem tempestade.
“Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre.”
(Bernardo Soares- Livro do Desassossego)
segunda-feira, 19 de abril de 2010
A última semana foi um tanto diferente, conturbada. De diarréia à cachaça. De comemorações à morte repentina e de forma cruel. Mas fica uma reflexão.
De o quanto a vida é incerta, misteriosa e cheio de surpresas, não dá para prever um milésimo sequer dessa energia vivente que nos move, que move todo o universo.
De que nós com toda essa moral cristã não nos preparamos para a morte. É claro que quando estamos vivos esta possibilidade, esta palavra nem passa por nossa cabeça, mas nós como seres que temos um começo, ao menos deveríamos de certa forma pensar na morte para que quando ela aconteça à dor seja menor.
É claro que é clichê falar que a vida continua ou que DEUS sabe o que faz, ou que chegou a hora – independente disto iremos partir.
O pai do meu melhor amigo que fez parte de um montão de momentos de minha vida se foi de forma cruel e idiota. A vida dele foi ceifada por um motivo pífio, mas parando para pensar chego a triste constatação que sempre foi assim. O humano sempre foi cruel e impiedoso, desde que o mundo é mundo e isso não vai parar nunca – infelizmente. Nós só evoluímos em matéria de crueldade, não melhoramos em nada, pois alguém pode tirar sua vida a troco de NADA.
A realidade é dura e o mundo cruel, eu sempre soube disso e a cada dia que passa tenho mais certeza.
Eu não posso sentir a dor que eles estão sentindo, só eles sabem a dor e a falta que ele irá fazer; a única coisa que posso oferecer é meu ombro de consolo, porque nem palavras eu acho que aliviam, afinal por mais que soe insensível, a gente só sabe e sente quando acontece com a gente – isto é fato.
São tantos pensamentos que se colocam quando acontecem estas coisas, quando você vê de perto o quanto à vida é frágil e o quanto o acaso prevalece, hoje aqui, amanhã quem sabe?
Para mim a morte é o fim; acabou a existência e só cabe a nós que continuamos a existir fazer a vida valer a pena, viver à vida todo dia, toda hora, todo instante (se possível) porque a vida é loca nego.
No meio de tanta bad, aconteceu uma coisa da qual cabe aqui citar.
Eu estava em uma festa na sexta com pessoas que eu aprecio e lá pelas tantas surgiu um comentário a meu respeito, mais ou menos assim.
- Nossa! A Camila apesar da dor de garganta e do que aconteceu com o pai do amigo dela, tá ai dançado.... Dá gosto de ver ela curtindo a vida!
Eu sou vida! Meu conatus está alto e não é a toa que eu alimento meu corpo e minha mente. (A dádiva que Jah me deu não foi à toa:)
Meu desejo é que o Filé descanse em paz e para os que ficaram força! A vida continua, não há tempo a perder e tudo dará certo!
Enfim há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia. Dá para entender muita coisa nesse mundo, só que é incompreensível o mistério da vida.
Jah Bless!
De o quanto a vida é incerta, misteriosa e cheio de surpresas, não dá para prever um milésimo sequer dessa energia vivente que nos move, que move todo o universo.
De que nós com toda essa moral cristã não nos preparamos para a morte. É claro que quando estamos vivos esta possibilidade, esta palavra nem passa por nossa cabeça, mas nós como seres que temos um começo, ao menos deveríamos de certa forma pensar na morte para que quando ela aconteça à dor seja menor.
É claro que é clichê falar que a vida continua ou que DEUS sabe o que faz, ou que chegou a hora – independente disto iremos partir.
O pai do meu melhor amigo que fez parte de um montão de momentos de minha vida se foi de forma cruel e idiota. A vida dele foi ceifada por um motivo pífio, mas parando para pensar chego a triste constatação que sempre foi assim. O humano sempre foi cruel e impiedoso, desde que o mundo é mundo e isso não vai parar nunca – infelizmente. Nós só evoluímos em matéria de crueldade, não melhoramos em nada, pois alguém pode tirar sua vida a troco de NADA.
A realidade é dura e o mundo cruel, eu sempre soube disso e a cada dia que passa tenho mais certeza.
Eu não posso sentir a dor que eles estão sentindo, só eles sabem a dor e a falta que ele irá fazer; a única coisa que posso oferecer é meu ombro de consolo, porque nem palavras eu acho que aliviam, afinal por mais que soe insensível, a gente só sabe e sente quando acontece com a gente – isto é fato.
São tantos pensamentos que se colocam quando acontecem estas coisas, quando você vê de perto o quanto à vida é frágil e o quanto o acaso prevalece, hoje aqui, amanhã quem sabe?
Para mim a morte é o fim; acabou a existência e só cabe a nós que continuamos a existir fazer a vida valer a pena, viver à vida todo dia, toda hora, todo instante (se possível) porque a vida é loca nego.
No meio de tanta bad, aconteceu uma coisa da qual cabe aqui citar.
Eu estava em uma festa na sexta com pessoas que eu aprecio e lá pelas tantas surgiu um comentário a meu respeito, mais ou menos assim.
- Nossa! A Camila apesar da dor de garganta e do que aconteceu com o pai do amigo dela, tá ai dançado.... Dá gosto de ver ela curtindo a vida!
Eu sou vida! Meu conatus está alto e não é a toa que eu alimento meu corpo e minha mente. (A dádiva que Jah me deu não foi à toa:)
Meu desejo é que o Filé descanse em paz e para os que ficaram força! A vida continua, não há tempo a perder e tudo dará certo!
Enfim há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia. Dá para entender muita coisa nesse mundo, só que é incompreensível o mistério da vida.
Jah Bless!
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Avá! Sem inspiração para escrever nadica de nada.
To deixando o tempo passar e a vida me levar...
Partido Alto (Chico Buarque)
Deus é um cara gozador
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado
Me botar cabreiro
Na barriga da miséria
Eu nasci brasileiro
Eu sou do Rio de Janeiro
Diz que deu
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, oh nega
E se Deus não dar
Como é que vai ficar, oh, nega?
"à Deus dará" , "à Deus dará"
Diz que deu
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, oh nega
E se Deus negar
eu vou me indignar e chega
Deus dará , Deus dará
Jesus Cristo ainda me paga
Um dia ainda me explica
Como é que pôs no mundo
Essa pobre titica
Vou correr o mundo afora
Dar uma canjica
Que é pra ver se alguém se embala
Ao ronco da cuíca
Um abraço pra aquele que fica, meu irmão
Deus me deu mãos de veludo
Prá fazer carícia
Deus me deu muitas saudades
E muita preguiça
Deus me deu pernas compridas
E muita malícia
Pra correr atrás de bola
E fugir da polícia
Um dia ainda sou notícia
Deus me fez um cara fraco
desdentado e feio
Pele e osso, simplesmente
Quase sem recheio
Mas se alguém me desafia
E bota a mãe no meio
Eu dou porrada a três por quatro
E nem me despenteio
Porque eu já tô de saco cheio.
To deixando o tempo passar e a vida me levar...
Partido Alto (Chico Buarque)
Deus é um cara gozador
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado
Me botar cabreiro
Na barriga da miséria
Eu nasci brasileiro
Eu sou do Rio de Janeiro
Diz que deu
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, oh nega
E se Deus não dar
Como é que vai ficar, oh, nega?
"à Deus dará" , "à Deus dará"
Diz que deu
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, oh nega
E se Deus negar
eu vou me indignar e chega
Deus dará , Deus dará
Jesus Cristo ainda me paga
Um dia ainda me explica
Como é que pôs no mundo
Essa pobre titica
Vou correr o mundo afora
Dar uma canjica
Que é pra ver se alguém se embala
Ao ronco da cuíca
Um abraço pra aquele que fica, meu irmão
Deus me deu mãos de veludo
Prá fazer carícia
Deus me deu muitas saudades
E muita preguiça
Deus me deu pernas compridas
E muita malícia
Pra correr atrás de bola
E fugir da polícia
Um dia ainda sou notícia
Deus me fez um cara fraco
desdentado e feio
Pele e osso, simplesmente
Quase sem recheio
Mas se alguém me desafia
E bota a mãe no meio
Eu dou porrada a três por quatro
E nem me despenteio
Porque eu já tô de saco cheio.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Imaginação.
Após a aula de ontem, eu e meus colegas chegamos à conclusão que os filósofos antigos nos brocham ou nos perturbam.
Tudo isso porque simplesmente ignoram a imaginação. E como nós, que somos seres que imaginamos muito podemos conceber isto?
Espinosa por exemplo, não ignora as paixões, mas a imaginação é a menor de todas as coisas. Tem argumentos que eu até concordo, que com o passar do tempo às coisas que imaginamos podem ser diluídas, ou como a imaginação pode ser uma grande ilusão ao nos deparamos com a realidade das coisas. Mas daí ignorar minha imaginação já é demais.
E sabe porque? Porque para mim, minha imaginação é o meu refúgio, imagino um monte de coisas e de pessoas, como seria se minha imaginação fosse realidade, mas lá no fundo eu sei que o real é muito diferente.
Minha imaginação é minha fortaleza, pois o mundo e a maioria dos seres humanos são praticamente desprezíveis, e eu como minha imaginação os torno passíveis de apreciação.
Minha imaginação é minha alegria, pois sei o quanto minha mente pode ir longe... Enfim minha imaginação é algo intrínseco, e ignorá-la seria o mesmo que ignorar a mim mesmo.
Confesso que o que mais me irrita na filosofia é algo chamado razão. Será que alguém, inclusive os filósofos sabiam usá-la? Estou começando a desconfiar que esses escritos não passavam de um blefe, da imaginação dos filósofos, de como eles queriam que fosse. Se for isso estou no caminho certo!
Ansiosa por demais para estudar Nietzsche, esse sim era o mais coerente. Colocava a razão em segundo plano, já que somos corpos feitos de paixões. Preciso me preparar porque tenho certeza que jamais serei a mesma depois de estudá-lo corretamente.
Enfim eu sou feita de um corpo, imaginações, afetos; o resto é NADA!
Agora deixa eu imaginar mais pouquinho:)
Após a aula de ontem, eu e meus colegas chegamos à conclusão que os filósofos antigos nos brocham ou nos perturbam.
Tudo isso porque simplesmente ignoram a imaginação. E como nós, que somos seres que imaginamos muito podemos conceber isto?
Espinosa por exemplo, não ignora as paixões, mas a imaginação é a menor de todas as coisas. Tem argumentos que eu até concordo, que com o passar do tempo às coisas que imaginamos podem ser diluídas, ou como a imaginação pode ser uma grande ilusão ao nos deparamos com a realidade das coisas. Mas daí ignorar minha imaginação já é demais.
E sabe porque? Porque para mim, minha imaginação é o meu refúgio, imagino um monte de coisas e de pessoas, como seria se minha imaginação fosse realidade, mas lá no fundo eu sei que o real é muito diferente.
Minha imaginação é minha fortaleza, pois o mundo e a maioria dos seres humanos são praticamente desprezíveis, e eu como minha imaginação os torno passíveis de apreciação.
Minha imaginação é minha alegria, pois sei o quanto minha mente pode ir longe... Enfim minha imaginação é algo intrínseco, e ignorá-la seria o mesmo que ignorar a mim mesmo.
Confesso que o que mais me irrita na filosofia é algo chamado razão. Será que alguém, inclusive os filósofos sabiam usá-la? Estou começando a desconfiar que esses escritos não passavam de um blefe, da imaginação dos filósofos, de como eles queriam que fosse. Se for isso estou no caminho certo!
Ansiosa por demais para estudar Nietzsche, esse sim era o mais coerente. Colocava a razão em segundo plano, já que somos corpos feitos de paixões. Preciso me preparar porque tenho certeza que jamais serei a mesma depois de estudá-lo corretamente.
Enfim eu sou feita de um corpo, imaginações, afetos; o resto é NADA!
Agora deixa eu imaginar mais pouquinho:)
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Do que as coisas são feitas?
Essa é a resposta que sempre almejei e tomei a consciência que jamais saberei.
Acho que a procura é o combustível para a vida.
Amizade. A coisa mais bonita que um tem na vida. Nada melhor que ter alguém com quem compartilhar, alguém que não é você, mas é parecido com você.
Do que seria feita uma amizade? Tempo? Dedicação? Comunicação? Algo incomum? Experiências vividas? Amor? Interesse? Ou sei lá o que?
Tudo que gostaria era de ter uma resposta para isso. Minha antiga terapeuta disse que amizade é como uma planta, para se manter viva tem que regá-la.
A culpa me consome e o vazio também. Partindo da premissa da dedicação, a conclusão que chego é que não sei fazer amigos, pois dedicação é algo que passa a quilômetros de distancia da minha existência.
Pois bem fico aqui com meus amigos imaginários – que já foram embora, fico com minha imaginação fértil e com o mundo que eu criei.
Como pensar em dedicação se eu não vivo para o futuro. Se dedicar implica pelo menos para mim em resultado.
Ora se eu vivo um dia de cada vez, o presente momento, como posso ter perspectiva de futuro, dedicação, resultado, hein?
A muito já me desprendi do que não existe, do que não é palpável, pois a maioria vive com essa moral cristã de viver em prol de outra vida, e ainda mais com o sistema de capital onde o investimento é tudo.....Pronto fodeu! To na marginalidade da sociedade, talvez até de mim mesma....
É impressionante quando você não compactua com as coisas que estão aí de como tudo é mais difícil.
Mais e daí? Eu quero ser eu, sempre. Eu quero viver, eu quero vida, experenciar e mais nada! Pois levando a vida com uma certa facilidade, as coisas se tornam mais fáceis, ou não, ou pelo menos só sou brindada com que é mais fácil.
Mesmo que isso signifique não ter nada do que a maioria tem.
É isso ae nego! Catch a fire!
Essa é a resposta que sempre almejei e tomei a consciência que jamais saberei.
Acho que a procura é o combustível para a vida.
Amizade. A coisa mais bonita que um tem na vida. Nada melhor que ter alguém com quem compartilhar, alguém que não é você, mas é parecido com você.
Do que seria feita uma amizade? Tempo? Dedicação? Comunicação? Algo incomum? Experiências vividas? Amor? Interesse? Ou sei lá o que?
Tudo que gostaria era de ter uma resposta para isso. Minha antiga terapeuta disse que amizade é como uma planta, para se manter viva tem que regá-la.
A culpa me consome e o vazio também. Partindo da premissa da dedicação, a conclusão que chego é que não sei fazer amigos, pois dedicação é algo que passa a quilômetros de distancia da minha existência.
Pois bem fico aqui com meus amigos imaginários – que já foram embora, fico com minha imaginação fértil e com o mundo que eu criei.
Como pensar em dedicação se eu não vivo para o futuro. Se dedicar implica pelo menos para mim em resultado.
Ora se eu vivo um dia de cada vez, o presente momento, como posso ter perspectiva de futuro, dedicação, resultado, hein?
A muito já me desprendi do que não existe, do que não é palpável, pois a maioria vive com essa moral cristã de viver em prol de outra vida, e ainda mais com o sistema de capital onde o investimento é tudo.....Pronto fodeu! To na marginalidade da sociedade, talvez até de mim mesma....
É impressionante quando você não compactua com as coisas que estão aí de como tudo é mais difícil.
Mais e daí? Eu quero ser eu, sempre. Eu quero viver, eu quero vida, experenciar e mais nada! Pois levando a vida com uma certa facilidade, as coisas se tornam mais fáceis, ou não, ou pelo menos só sou brindada com que é mais fácil.
Mesmo que isso signifique não ter nada do que a maioria tem.
É isso ae nego! Catch a fire!
quinta-feira, 25 de março de 2010
Uma coisa sou eu, outra são meus escritos (Nietzsche)
E algum trocado pra dar garantia
Algum veneno antimonotonia
E algum remédio que me dê alegria. (Cazuza)
------------------------------------------------------------------------------
Difícil à percepção dos limites.
Onde tudo começa e acaba.
A confusão da profusão de sentimentos, vidas, rotinas, tempo.
Tudo isso se mistura e vira um nada. Um nada cheio de significados que talvez possamos enxergar. Ou não. Vai depender da sua escolha, ou não; da necessidade, ou não.
Sim e não. A afirmação e a negação que tanto é necessário à vida. São símbolos de uma linguagem, mas que é capaz de mudar qualquer rumo de uma história.
Calo-me porque não enxergo. Não enxergo porque há um grande pano preto frente a mim, que me impede a percepção, e sem sentir quem sou eu? Apenas uma máquina.
A busca nunca irá acabar, a mudança também, então o que faço da vida? O que devo esperar dela? Futuro existe? E o que serei no futuro, se eu sou um nada agora? Vida vivida ou vida condicionada? Vontade de potência ou servidão eterna? Companhia ou solidão?
E de tanto pensar, e de tanto procurar, nada encontro, a não ser um abismo entre eu e eu.
----------------------------------------------------------------------------------
Cada um vê o seu lado. Eu vejo o meu, você vê o seu.
E é assim que nós montamos nossa cadeia de relacionamentos. A tarefa mais árdua de qualquer tipo de relação é ter que abrir mão em um determinado momento em nome de sei lá o que. A concessão nem sempre é feita de forma harmoniosa e essa “desarmonia” vai acumulando, acumulando, até chegar ao cume.
Maldita hora que eu fui beber da água do senhor Nietzsche e querer para mim alguma vontade de potência, querer viver minha vida sem pensar muito no outro, no futuro, no cultivo de certas relações humanas.... Será que virarei uma ermitã?
----------------------------------------------------------------------------------
Tudo que eu queria era ser aliada do tempo. De não ter que me dividir em um milhão, quando se quer ser completa, inteira. Queria o tempo só pra mim, queria ser só de mim.
Ps: É tudo meu! Camila Lima
Algum veneno antimonotonia
E algum remédio que me dê alegria. (Cazuza)
------------------------------------------------------------------------------
Difícil à percepção dos limites.
Onde tudo começa e acaba.
A confusão da profusão de sentimentos, vidas, rotinas, tempo.
Tudo isso se mistura e vira um nada. Um nada cheio de significados que talvez possamos enxergar. Ou não. Vai depender da sua escolha, ou não; da necessidade, ou não.
Sim e não. A afirmação e a negação que tanto é necessário à vida. São símbolos de uma linguagem, mas que é capaz de mudar qualquer rumo de uma história.
Calo-me porque não enxergo. Não enxergo porque há um grande pano preto frente a mim, que me impede a percepção, e sem sentir quem sou eu? Apenas uma máquina.
A busca nunca irá acabar, a mudança também, então o que faço da vida? O que devo esperar dela? Futuro existe? E o que serei no futuro, se eu sou um nada agora? Vida vivida ou vida condicionada? Vontade de potência ou servidão eterna? Companhia ou solidão?
E de tanto pensar, e de tanto procurar, nada encontro, a não ser um abismo entre eu e eu.
----------------------------------------------------------------------------------
Cada um vê o seu lado. Eu vejo o meu, você vê o seu.
E é assim que nós montamos nossa cadeia de relacionamentos. A tarefa mais árdua de qualquer tipo de relação é ter que abrir mão em um determinado momento em nome de sei lá o que. A concessão nem sempre é feita de forma harmoniosa e essa “desarmonia” vai acumulando, acumulando, até chegar ao cume.
Maldita hora que eu fui beber da água do senhor Nietzsche e querer para mim alguma vontade de potência, querer viver minha vida sem pensar muito no outro, no futuro, no cultivo de certas relações humanas.... Será que virarei uma ermitã?
----------------------------------------------------------------------------------
Tudo que eu queria era ser aliada do tempo. De não ter que me dividir em um milhão, quando se quer ser completa, inteira. Queria o tempo só pra mim, queria ser só de mim.
Ps: É tudo meu! Camila Lima
domingo, 21 de março de 2010
Quem sou eu?
Quem sou eu?
Quem é você?
Quem é você?
Eu queria seu amor,
Seu namorado,
Os olhares, os bem quereres.
A amizade fácil,
A sintonia incomum.
Queria erros e acertos,
Abraços apertados, beijos adocicados.
Queria seu pai, sua família,
E bem dizer da vida.
Queria importância e percepção.
Queria ouvintes sensatos e disponíveis
E que soubessem falar com os olhos
Queria entendimento
Ah! Eu queria, só queria.
Quem sou eu?
Quem sou eu?
Quem é você?
Quem é você?
A vida tem limite.
O mundo não.
(Camila Lima)
Quem sou eu?
Quem é você?
Quem é você?
Eu queria seu amor,
Seu namorado,
Os olhares, os bem quereres.
A amizade fácil,
A sintonia incomum.
Queria erros e acertos,
Abraços apertados, beijos adocicados.
Queria seu pai, sua família,
E bem dizer da vida.
Queria importância e percepção.
Queria ouvintes sensatos e disponíveis
E que soubessem falar com os olhos
Queria entendimento
Ah! Eu queria, só queria.
Quem sou eu?
Quem sou eu?
Quem é você?
Quem é você?
A vida tem limite.
O mundo não.
(Camila Lima)
sexta-feira, 19 de março de 2010
Sobre o amor!
A vida não tem definições, mas tiveram alguns seres humanos que tentaram definir, ou ao menos tentar pensar no âmbito do universal. Hoje e só por hoje para mim a filosofia é definição - que te remete a uma reflexão. Nada melhor do que saber o pensamento dos outros e construir o próprio.
Pois bem, segue abaixo, a definição mais linda sobre o amor que eu já li na vida. É de Baruch Espinosa!
"O amor é uma alegria acompanhada de uma ideia de uma causa exterior.
Explicação: Esta definição explica muito claramente a essência do amor. Já a definição dada pelos autores que definem o amor como a vontade do amante de unir-se à coisa amada não exprime a sua essência, mas uma de suas propriedades. E como a essência do amor não foi suficientemente examinada pelos autores, tampouco puderam ter qualquer conceito claro dessa propriedade, o que fez com que todos julgassem a sua definição extremamente obscura. É preciso observar entretanto, que , quando digo que se trata de uma propriedade, no amante, de unir-se, por sua vontade, à coisa amada, não compreendo por vontade um consentimento, nem uma deliberação do ânimo, nem uma livre decisão, nem tampouco o desejo de unir-se à coisa amada quando ela não está ali, nem de continuar em seua presença quando ela está ali, pois o amor pode ser concebido sem qualquer um desses desejos. Em vez disso, POR VONTADE COMPREENDO A SATISFAÇÃO QUE A PRESENÇA DA COISA AMADA PRODUZ NO AMANTE, SATISFAÇÃO QUE FORTALECE A ALEGRIA DO AMANTE, OU, AO MENOS, INTENSIFICA-A
(Ética, Livro III)
Agora reflita como você ama as pessoas, essa definição só serve para isso.
Eu já gostava desse holândes sem conhecer sua filosofia direito, agora então... mais ainda. Eu realmente sou movida por paixões!
Pois bem, segue abaixo, a definição mais linda sobre o amor que eu já li na vida. É de Baruch Espinosa!
"O amor é uma alegria acompanhada de uma ideia de uma causa exterior.
Explicação: Esta definição explica muito claramente a essência do amor. Já a definição dada pelos autores que definem o amor como a vontade do amante de unir-se à coisa amada não exprime a sua essência, mas uma de suas propriedades. E como a essência do amor não foi suficientemente examinada pelos autores, tampouco puderam ter qualquer conceito claro dessa propriedade, o que fez com que todos julgassem a sua definição extremamente obscura. É preciso observar entretanto, que , quando digo que se trata de uma propriedade, no amante, de unir-se, por sua vontade, à coisa amada, não compreendo por vontade um consentimento, nem uma deliberação do ânimo, nem uma livre decisão, nem tampouco o desejo de unir-se à coisa amada quando ela não está ali, nem de continuar em seua presença quando ela está ali, pois o amor pode ser concebido sem qualquer um desses desejos. Em vez disso, POR VONTADE COMPREENDO A SATISFAÇÃO QUE A PRESENÇA DA COISA AMADA PRODUZ NO AMANTE, SATISFAÇÃO QUE FORTALECE A ALEGRIA DO AMANTE, OU, AO MENOS, INTENSIFICA-A
(Ética, Livro III)
Agora reflita como você ama as pessoas, essa definição só serve para isso.
Eu já gostava desse holândes sem conhecer sua filosofia direito, agora então... mais ainda. Eu realmente sou movida por paixões!
quinta-feira, 18 de março de 2010
Para pensar!
"O homem verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada".
"Um amor, uma carreira, uma revolução: outras tantas coisas que se começam sem saber como acabarão".
"Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos".
"A pior coisa do mal é nos acostumarmos a ele".
"O dinheiro não tem ideias".
(Jean Paul Sartre)
"Seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez".
(Simone de Beauvoir)
"Um amor, uma carreira, uma revolução: outras tantas coisas que se começam sem saber como acabarão".
"Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos".
"A pior coisa do mal é nos acostumarmos a ele".
"O dinheiro não tem ideias".
(Jean Paul Sartre)
"Seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez".
(Simone de Beauvoir)
quarta-feira, 17 de março de 2010

Meu coração bate acelerado e emocionado por mais um show deles aqui perto de mim.
Só quem já sentiu sua música o feeling da reggae music sabe do que eu to falando.
Groundation! A melhor banda de reggae da atualidade. Se Jah quiser esse vai ser meu 4º show...fui em todos, nem sou fã:)
Glory to the kings!
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Vinicíus de Moraes).
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Vinicíus de Moraes).
terça-feira, 16 de março de 2010
Texto para facul!
Puta nem sei se tá certo, pq nem eu consegui entender, só vou saber mais tarde. Mas não custa nada expor! Fui em quem escrevi!kkkk
Em toda a história da filosofia uma das grandes questões expostas foi a do determinismo X liberdade. Estes dois pontos são de grande importância para questão moral de uma sociedade.
Aristóteles em seu livro Ética a Nicômaco trata de vários pontos para se estabelecer uma vida ética, dentre eles o determinismo e a liberdade.
Para um melhor entendimento sobre a questão, deve ser explicitada a distinção importante que o filósofo faz; entre o saber teorético e o saber prático. O teorético é o conhecimento das coisas que acontecem sem a intervenção humana, que independem da ação humana. O prático é o conhecimento que depende de nossa ação, intervenção.
Para Aristóteles nós não deliberamos nem escolhemos as coisas que estão no âmbito do necessário, que para ele é tudo o que é regido pela natureza, ex. hoje está chovendo; esta situação independe da minha ação – o necessário é o que é e será sempre. Por outro lado podemos deliberar e escolher sobre tudo aquilo que para acontecer depende de nossa vontade e ação e só fazemos isso sobre o que é possível. Então na filosofia aristotélica há um determinismo natural visto que não podemos interferir no que é de competência da natureza; a causa e o efeito não dependem de nós. O contingente, o puro acaso de certa forma encontra-se em um paralelismo com a necessidade, tendo em vista que ambos a causa é externa. Então como ter liberdade?
Para Aristóteles ser livre é aquele que tem em si mesmo a causa interna de sua ação ou da decisão de não agir, sem ser constrangido por nada e por ninguém. O ser livre é aquele que age voluntariamente sobre as escolhas possíveis, com sua vontade livre.
Esta vontade livre é determinada pela razão, quando temos a inteligência para escolher e deliberar sobre as coisas.
A liberdade não é nenhum fim em si mesmo. Apenas prepara o espaço no qual o homem age por decisão responsável; essencial é o que ele faz da liberdade.
Em suma o ser não tem liberdade quando está no âmbito do necessário, ele será livre quando houver o possível e junto o poder de escolha.
Em toda a história da filosofia uma das grandes questões expostas foi a do determinismo X liberdade. Estes dois pontos são de grande importância para questão moral de uma sociedade.
Aristóteles em seu livro Ética a Nicômaco trata de vários pontos para se estabelecer uma vida ética, dentre eles o determinismo e a liberdade.
Para um melhor entendimento sobre a questão, deve ser explicitada a distinção importante que o filósofo faz; entre o saber teorético e o saber prático. O teorético é o conhecimento das coisas que acontecem sem a intervenção humana, que independem da ação humana. O prático é o conhecimento que depende de nossa ação, intervenção.
Para Aristóteles nós não deliberamos nem escolhemos as coisas que estão no âmbito do necessário, que para ele é tudo o que é regido pela natureza, ex. hoje está chovendo; esta situação independe da minha ação – o necessário é o que é e será sempre. Por outro lado podemos deliberar e escolher sobre tudo aquilo que para acontecer depende de nossa vontade e ação e só fazemos isso sobre o que é possível. Então na filosofia aristotélica há um determinismo natural visto que não podemos interferir no que é de competência da natureza; a causa e o efeito não dependem de nós. O contingente, o puro acaso de certa forma encontra-se em um paralelismo com a necessidade, tendo em vista que ambos a causa é externa. Então como ter liberdade?
Para Aristóteles ser livre é aquele que tem em si mesmo a causa interna de sua ação ou da decisão de não agir, sem ser constrangido por nada e por ninguém. O ser livre é aquele que age voluntariamente sobre as escolhas possíveis, com sua vontade livre.
Esta vontade livre é determinada pela razão, quando temos a inteligência para escolher e deliberar sobre as coisas.
A liberdade não é nenhum fim em si mesmo. Apenas prepara o espaço no qual o homem age por decisão responsável; essencial é o que ele faz da liberdade.
Em suma o ser não tem liberdade quando está no âmbito do necessário, ele será livre quando houver o possível e junto o poder de escolha.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Aos Gays

Não dizem por aí que somos hoje o que fomos quando crianças? Pois bem desde criança nunca me dei muito bem com o sexo feminino. Naquela época já havia a competitividade e muita falsidade – esta característica que parece que é inerente a mulher.
A maioria das minhas relações é com o sexo masculino. Eu admiro demais os homens pela sua maneira prática e leve de levar a vida; sobretudo os gays.
Neste grande ato de tecer que é a vida, estou eu aqui tecendo a minha de forma mais leve e colorida. Meus maiores companheiros de vida são gays.
Costumo dizer que eu sou gay em um corpo de mulher, porque é impossível não me dar bem neste circulo.
Nunca tive preconceito, sempre achei normal as pessoas manifestarem seu eu da maneira que bem entendesse; hoje mais ainda sabendo da história moral que cercou isso tudo.
Gays são alto astral, personal style, sinceros, não há competição e sim auto confiança, amigos, confidentes, conselheiros sexuais, enfim tudo aquilo que eu admiro e tento ter em mim.
Meu bem Platão era uma bicha, todos os grandes homens da humanidade gostavam de homens.
É claro que eu como mulher corro o risco de ficar sem o meu, mas fazer o que né
A única ressalva que faço é que hoje em dia há uma certa banalização – no mundo antigo ter relações homossexuais era a uma coisa natural, com o decorrer da história e com a moral cristã ser homossexual é o absurdo da natureza e hoje em dia com nosso sistema que te vende uma falsa liberdade, o homossexual é colocado em uma linhagem comportamental que dá sustento a uma parte da máquina; ser gay hoje é ter trejeitos, usar roupas de marca, ter que andar na moda, freqüentar lugares específicos, etc... enfim tudo pra se auto firmar na sociedade.
O que desejo é que ter sua opção na hora da transa seja algo natural, e não condicionado por este ou aquele motivo, que não seja ato de transgressão, mas sim de um impulso interno e verdadeiro.
Eu amo todos os gays e o que seria de minha vida sem vocês?! Eu sou uma travesti e a vida é babado e confusão! Aloca!
Ps: Não convivo muito com as sapatas, justamente porque mulher é um bicho esquisito, sangra e não morre Mas o sentimento é o mesmo!
quinta-feira, 4 de março de 2010
Esse negócio de querer entender o funcionamento de certas coisas no mundo não tá fácil. Nem ser adulta também. Quer coisa mais chata do que ter que ter responsabilidade quando não se quer? Resultado provável: vai viver levando porrada na cara, perdido, pulando de galho em galho sem saber o que fazer da vida.
A explicação possível? Até Freud explica meu bem: a repressão sofrida e olha que nesse mundo o que mais há é repressão. A mais cruel acho é de te reprimirem de ser quem você é; de verdade, exercendo suas vontades, sua potência, sem ter moralidade, sociedade te impondo e te reprimindo.
É tanta informação e é tanta reflexão sobre como isso tudo é, que tá foda de agüentar!
Conversando com parceiros(mentalmente iguais) constatei que pobre não tem vez nesse mundo, essa desigualdade que impera nesse sistema capitalista não te dá chance. Pode-se contar nos dedos aqueles que deram certo; e precisaram de um esforço fenomenal para conseguir. A dificuldade para pobre é tanta, que muitos desistem no caminho e continuam nessa linhagem de dominado, escravo que sustenta o nosso “belo” sistema.
O pior de tudo é ver que a maioria se rende e vive conforme as regras ditadas (me incluo nessa), mas eu tenho uma certa vantagem – eu tenho consciência plena disso e o que mais quero é não compactuar tanto com esse cenário.
Dinheiro? Não tive pai, não sou herdeiro, os Racionais tem toda razão!
Dinheiro, individualismo, opressão, culturas, ditaduras, conceitos,engano, venda de um ideal que não existe, liberdade que reprime... isso e muito mais são componentes do mundo em que eu vivo. Difícil de perceber e não sofrer; que vida eu tenho se eu não consigo viver conforme minha força mística natural quer?
Mais um pensamento de uma mente que tenta encontrar seu eixo.
A explicação possível? Até Freud explica meu bem: a repressão sofrida e olha que nesse mundo o que mais há é repressão. A mais cruel acho é de te reprimirem de ser quem você é; de verdade, exercendo suas vontades, sua potência, sem ter moralidade, sociedade te impondo e te reprimindo.
É tanta informação e é tanta reflexão sobre como isso tudo é, que tá foda de agüentar!
Conversando com parceiros(mentalmente iguais) constatei que pobre não tem vez nesse mundo, essa desigualdade que impera nesse sistema capitalista não te dá chance. Pode-se contar nos dedos aqueles que deram certo; e precisaram de um esforço fenomenal para conseguir. A dificuldade para pobre é tanta, que muitos desistem no caminho e continuam nessa linhagem de dominado, escravo que sustenta o nosso “belo” sistema.
O pior de tudo é ver que a maioria se rende e vive conforme as regras ditadas (me incluo nessa), mas eu tenho uma certa vantagem – eu tenho consciência plena disso e o que mais quero é não compactuar tanto com esse cenário.
Dinheiro? Não tive pai, não sou herdeiro, os Racionais tem toda razão!
Dinheiro, individualismo, opressão, culturas, ditaduras, conceitos,engano, venda de um ideal que não existe, liberdade que reprime... isso e muito mais são componentes do mundo em que eu vivo. Difícil de perceber e não sofrer; que vida eu tenho se eu não consigo viver conforme minha força mística natural quer?
Mais um pensamento de uma mente que tenta encontrar seu eixo.
terça-feira, 2 de março de 2010
Ao ler isso a emoção veio à tona.
Venho por meio deste, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos.
Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de oito anos no máximo.
Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas.
Quero acreditar que tudo é possível.
Quero que as complexidades da vida passem desapercebidas por mim e quero ficar encantada com as pequenas maravilhas deste mundo.
Quero de volta uma vida simples e sem complicações.
Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papeladas, notícias deprimentes, contas a pagar, fofocas, doenças e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo o que existe.
Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o dia do próximo pagamento.
Não quero mais ser obrigada a dizer adeus ás pessoas queridas e, com elas, à uma parte da minha vida.
Quero ter a certeza de que Deus está no céu e de que, por isso, tudo está direitinho nesse mundo.
Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel, que vou navegar numa poça deixada pela chuva.
Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam.
Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.
Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou quando a jabuticabeira ficar pretinha de frutas.
Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar e dividindo-os com meus amigos.
Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida.
Quero que as maiores competições em que eu tenha de entrar sejam um jogo de bola de gude ou uma pelada.
Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, a "Batatinha quando nasce..." e a "Ave Maria" e que isso não me incomodava nadinha, porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia.
Quero voltar ao tempo em que se é feliz, simplesmente porque se vive na bendita ignorância da existência de coisas que podem nos preocupar ou aborrecer.
Quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz, dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar e na areia.
Quero estar convencida de que tudo isso... vale muito mais do que o dinheiro!
A partir de hoje, isso é com vocês, porque eu estou me demitindo da vida de adulto.
(Conceição Trucom)
Venho por meio deste, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos.
Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de oito anos no máximo.
Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas.
Quero acreditar que tudo é possível.
Quero que as complexidades da vida passem desapercebidas por mim e quero ficar encantada com as pequenas maravilhas deste mundo.
Quero de volta uma vida simples e sem complicações.
Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papeladas, notícias deprimentes, contas a pagar, fofocas, doenças e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo o que existe.
Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o dia do próximo pagamento.
Não quero mais ser obrigada a dizer adeus ás pessoas queridas e, com elas, à uma parte da minha vida.
Quero ter a certeza de que Deus está no céu e de que, por isso, tudo está direitinho nesse mundo.
Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel, que vou navegar numa poça deixada pela chuva.
Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam.
Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.
Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou quando a jabuticabeira ficar pretinha de frutas.
Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar e dividindo-os com meus amigos.
Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida.
Quero que as maiores competições em que eu tenha de entrar sejam um jogo de bola de gude ou uma pelada.
Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, a "Batatinha quando nasce..." e a "Ave Maria" e que isso não me incomodava nadinha, porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia.
Quero voltar ao tempo em que se é feliz, simplesmente porque se vive na bendita ignorância da existência de coisas que podem nos preocupar ou aborrecer.
Quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz, dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar e na areia.
Quero estar convencida de que tudo isso... vale muito mais do que o dinheiro!
A partir de hoje, isso é com vocês, porque eu estou me demitindo da vida de adulto.
(Conceição Trucom)
segunda-feira, 1 de março de 2010
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Viver perto demais de um homem é a mesma coisa que se retomássemos sempre uma bela gravura com os dedos nus: um belo dia teremos nas mãos um péssimo papel sujo e nada mais.
A alma de um homem se desgasta também por um contato contínuo ; pelo menos é o que acaba por nos parecer - nunca mais haveremos de rever sua figura e sua beleza originais.
Sempre se perde no relacionamento demasiado íntimo com mulheres e amigos; e nisso se perde às vezes a pérola da própria vida.
(Nietzsche)
A alma de um homem se desgasta também por um contato contínuo ; pelo menos é o que acaba por nos parecer - nunca mais haveremos de rever sua figura e sua beleza originais.
Sempre se perde no relacionamento demasiado íntimo com mulheres e amigos; e nisso se perde às vezes a pérola da própria vida.
(Nietzsche)
Aleatório II
Meu coração é um almirante louco
que abandonou a profissão do mar
e que vai relembrando pouco a pouco
em casa a passear, a passear.....
No movimento(eu mesmo me desloco nesta cadeira, só de o imaginar)
o mar abandonado fica em foco
nos músculos cansados de parar.
Há saudades nas pernas e nos braços.
Há saudades no cérebro por fora.
Há grandes raivas feitos de cansaços.
Mas - esta é boa! era do coração
que eu falava...e onde diabo estou eu agora
com almirante em vez de sensação?...
(Fernando Pessoa)
que abandonou a profissão do mar
e que vai relembrando pouco a pouco
em casa a passear, a passear.....
No movimento(eu mesmo me desloco nesta cadeira, só de o imaginar)
o mar abandonado fica em foco
nos músculos cansados de parar.
Há saudades nas pernas e nos braços.
Há saudades no cérebro por fora.
Há grandes raivas feitos de cansaços.
Mas - esta é boa! era do coração
que eu falava...e onde diabo estou eu agora
com almirante em vez de sensação?...
(Fernando Pessoa)
Isso é uma brisa!
A mudança…como esse vir a ser da vida é tão necessário.
Eu deixo de ser eu para ser outra coisa sempre, a vida vale aí.
Tudo é diferente a todo instante. Se você não mensurar em horas, pensa só o que você já foi, o que já se viveu!
Tá estampado na cara, as fotos não negam..
E assim vai, assim vai ser e onde isso vai parar?
Só penso assim ó! Mudança remete o presente, aproveitar o que sou agora, é assim que a vida merece ser vivida!
A mudança…como esse vir a ser da vida é tão necessário.
Eu deixo de ser eu para ser outra coisa sempre, a vida vale aí.
Tudo é diferente a todo instante. Se você não mensurar em horas, pensa só o que você já foi, o que já se viveu!
Tá estampado na cara, as fotos não negam..
E assim vai, assim vai ser e onde isso vai parar?
Só penso assim ó! Mudança remete o presente, aproveitar o que sou agora, é assim que a vida merece ser vivida!
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Ah! Este ano na faculdade irei estudar só a história da ética na filosofia, então vou aqui manifestar-me sobre algo que talvez tenha a ver com isso.
Gosto de BBB, não tem jeito, meu maior defeito é a distração por inutilidades, adoro isso, e hoje sei a causa desta adoração – a saber, a cultura a qual fui submetida e criada, mas isso é outros quinhentos...
Este ano a nossa pomposa e ditadora Globo colocou na casa tipos de personalidades das mais variadas e segregou-as, pois como bem se sabe é assim que rola os barracos que o povo brasileiro (me incluo nessa) adora ver.
Pois bem, o Dourado está sendo crucificado por ter feito declarações das quais ele não fez, como bem se sabe a edição coloca palavras e atitudes que muitas vezes não são verdades.
Mas eu to aqui para falar da homofobia. Para você ver, acabei de escrever no Word e segundo ele não existe essa palavra, tá errada. Porque não processam a Microsoft?
Tudo isso que aconteceu cabe aqui uma reflexão: Que não vivemos e nunca iremos viver em um mundo tolerante. Não suporto gente que se diminui, que se segrega em um determinado tipo de “tribo”. Todas estas manifestações são louváveis – já que vivemos em uma democracia, agora criticar o cara só porque ele não quer ser gay daí já é demais. Não ouvi em um só momento ele agredir, humilhar nenhum dos homossexuais. Não querer algo para sua vida, não quer dizer que você não respeita. Cadê a liberdade de escolha?
E isso acontece em todas as esferas da sociedade. É claro que tem muito preconceito, porque ta enraizado e fazem questão de manter a diferença, mas acredito naquela velha máxima “Tudo aquilo que você faz, fazem com você”.
A hipocrisia vem de a maioria negar que são preconceituosas quando na verdade são e não procurar saber, se informar sobre o assunto e refletir a respeito do preconceito, para eliminar.
Se for escalonar eu acho muito mais grave o que acontece com as mulheres brasileiras(que morrem, apanham e muito na mão de seus machos) do que acontece com os homossexuais, e eu não acho isso desmerecer ou ignorar a causa.
Fico muito triste ao ver como o ser humano desvaloriza o que há de melhor e valoriza o que é secundário, terciário... Dividir o humano em branco, preto, verde, amarelo, se gosta de transar com buceta ou cú, se veste roupa do Brás ou da Oscar Freire, se gosta de pagode ou blues. Isso é de uma pequenez de alma, intelecto....
O mundo, a sociedade tá aí com suas divisões de valores morais (e vai ser sempre assim), agora cabe a cada um escolher ou não se vai seguir essas divisões, esses valores; a escolha é nossa! E pode ter certeza de que o buraco é muito mais embaixo do que se pode imaginar.
Vamos acabar com a hipocrisia e esse falso moralismo (que é de praxe no Brasil) e passemos a refletir o todo, a história, de como tudo é moldado e que acaba desembocando em você.
Somos todos manipulados, agora acabar com a escravidão mental é o melhor que se pode fazer, para gente, para o universo!rs
“Quem planta preconceito, racismo, indiferença, não pode reclamar da violência” (Natiruts).
Isso é só mais um pensamento de uma mente que está tentando encontrar um eixo.
Gosto de BBB, não tem jeito, meu maior defeito é a distração por inutilidades, adoro isso, e hoje sei a causa desta adoração – a saber, a cultura a qual fui submetida e criada, mas isso é outros quinhentos...
Este ano a nossa pomposa e ditadora Globo colocou na casa tipos de personalidades das mais variadas e segregou-as, pois como bem se sabe é assim que rola os barracos que o povo brasileiro (me incluo nessa) adora ver.
Pois bem, o Dourado está sendo crucificado por ter feito declarações das quais ele não fez, como bem se sabe a edição coloca palavras e atitudes que muitas vezes não são verdades.
Mas eu to aqui para falar da homofobia. Para você ver, acabei de escrever no Word e segundo ele não existe essa palavra, tá errada. Porque não processam a Microsoft?
Tudo isso que aconteceu cabe aqui uma reflexão: Que não vivemos e nunca iremos viver em um mundo tolerante. Não suporto gente que se diminui, que se segrega em um determinado tipo de “tribo”. Todas estas manifestações são louváveis – já que vivemos em uma democracia, agora criticar o cara só porque ele não quer ser gay daí já é demais. Não ouvi em um só momento ele agredir, humilhar nenhum dos homossexuais. Não querer algo para sua vida, não quer dizer que você não respeita. Cadê a liberdade de escolha?
E isso acontece em todas as esferas da sociedade. É claro que tem muito preconceito, porque ta enraizado e fazem questão de manter a diferença, mas acredito naquela velha máxima “Tudo aquilo que você faz, fazem com você”.
A hipocrisia vem de a maioria negar que são preconceituosas quando na verdade são e não procurar saber, se informar sobre o assunto e refletir a respeito do preconceito, para eliminar.
Se for escalonar eu acho muito mais grave o que acontece com as mulheres brasileiras(que morrem, apanham e muito na mão de seus machos) do que acontece com os homossexuais, e eu não acho isso desmerecer ou ignorar a causa.
Fico muito triste ao ver como o ser humano desvaloriza o que há de melhor e valoriza o que é secundário, terciário... Dividir o humano em branco, preto, verde, amarelo, se gosta de transar com buceta ou cú, se veste roupa do Brás ou da Oscar Freire, se gosta de pagode ou blues. Isso é de uma pequenez de alma, intelecto....
O mundo, a sociedade tá aí com suas divisões de valores morais (e vai ser sempre assim), agora cabe a cada um escolher ou não se vai seguir essas divisões, esses valores; a escolha é nossa! E pode ter certeza de que o buraco é muito mais embaixo do que se pode imaginar.
Vamos acabar com a hipocrisia e esse falso moralismo (que é de praxe no Brasil) e passemos a refletir o todo, a história, de como tudo é moldado e que acaba desembocando em você.
Somos todos manipulados, agora acabar com a escravidão mental é o melhor que se pode fazer, para gente, para o universo!rs
“Quem planta preconceito, racismo, indiferença, não pode reclamar da violência” (Natiruts).
Isso é só mais um pensamento de uma mente que está tentando encontrar um eixo.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Pergunta que não quer calar: Que diabos eu inventei de fazer Filosofia? Para quê querer saber do pensamento dos outros, se tudo é tão abstrato e sem sentido,hein?
Ando um tanto vaga neste período. Com uma série de porquês que há muito não davam sinal de vida. Descontente com a vida que sou obrigada a levar. Com um medo latente de revirar minha vida. A espera de um momento oportuno que a vida ainda não decidiu me dar. Na angústia da falta, da lacuna que sempre foi minha vida social, e vivendo da imaginação de como seria diferente se tudo fosse diferente.
Eu só queria pares iguais, com um dedinho de não juízo e com uma coragem que me contagiasse.
Acho que até agora eu não vivi. Só pensei que vivi, sei lá.
De tanto que quero, tenho o NADA. Eu já cansei deste NADA.
Sabe a conclusão que eu cheguei? Eu preciso me RE-INVENTAR!
Blá, Blá, Blá.... Crise existencial à vista. E não à prazo!rs
Ando um tanto vaga neste período. Com uma série de porquês que há muito não davam sinal de vida. Descontente com a vida que sou obrigada a levar. Com um medo latente de revirar minha vida. A espera de um momento oportuno que a vida ainda não decidiu me dar. Na angústia da falta, da lacuna que sempre foi minha vida social, e vivendo da imaginação de como seria diferente se tudo fosse diferente.
Eu só queria pares iguais, com um dedinho de não juízo e com uma coragem que me contagiasse.
Acho que até agora eu não vivi. Só pensei que vivi, sei lá.
De tanto que quero, tenho o NADA. Eu já cansei deste NADA.
Sabe a conclusão que eu cheguei? Eu preciso me RE-INVENTAR!
Blá, Blá, Blá.... Crise existencial à vista. E não à prazo!rs
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Eu quero!
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campouw
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campouw
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
A solidão anda tentando colar em mim novamente.
Eu que pensei que ela ia me dar um tempo mais longo, um sossego maior de alma, que ela ia me dar a chance de superar a sina.. Ledo engano.
Ah solidão! A única certeza que eu tenho na vida é você, desde sempre!
Dizem que a solidão é boa porque faz você se encontrar, mas para quê? Já me encontrei faz tempo, já vivi muito tempo mergulhada nela, e agora que eu fui buscar um pouquinho de ar fora , vem ela me buscando pelo braço, com certos afagos me dizendo que ao seu lado é o meu lugar.
Também dizem que a solidão não é falta de algo ou alguém e sim a falta de si mesmo. Balela!
Mais presença comigo mesma, interna e externa, impossível!
Minha solidão é a falta em meio à fartura; é essa lacuna não preenchida por pessoas e situações, é o não conviver quando o mais desejado é a convivência. Sei das minhas falhas, mas isso é tão intrínseco em mim que eu realmente não sei se eu mudo ou deixo como está.
Não! Já tentei mudar, mas daí vem à vida e me tira por completo a mudança.
Eu escuto a solidão dizendo: - Pensou que tinha escapado de mim, eu estou em você e você está em mim! Esse é o seu destino, não adianta tentar fugir, eu venho lhe buscar!
É solidão acho que você venceu. Vou entregar-me novamente a você de corpo e alma, mergulhar no desassossego e na angustia; minha vida necessita desta condição.
Fiz uma promessa quando eu tinha 13 anos e escutei Renato Russo falando “A solidão é o mal do século”, a promessa era de saber de mim e aprender a não ser sozinha ou aprender a ser só.
Na caminhada desses 10 anos com tanta tristeza, tanto despertar para mim mesma, acho que aprendi a ser só.
Triste constatação, mas que é a mais pura verdade e realidade.
Tudo isso pra dizer que os poucos que me restavam e que me davam alguma vida fora da solidão estão indo embora, um por um, e eu não posso fazer nada, afinal cada um segue sua vida. Como eu sou péssima na manutenção da convivência, vou ficando por aqui de braços dados com minha companheira única e só que sou eu mesma.
Estou muito triste porque são pessoas das quais eu tinha muito apreço e que conseguiam entender essa alma inquieta e essa mente tresloucada.
Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só.
(Floberca Espanca)
Eu que pensei que ela ia me dar um tempo mais longo, um sossego maior de alma, que ela ia me dar a chance de superar a sina.. Ledo engano.
Ah solidão! A única certeza que eu tenho na vida é você, desde sempre!
Dizem que a solidão é boa porque faz você se encontrar, mas para quê? Já me encontrei faz tempo, já vivi muito tempo mergulhada nela, e agora que eu fui buscar um pouquinho de ar fora , vem ela me buscando pelo braço, com certos afagos me dizendo que ao seu lado é o meu lugar.
Também dizem que a solidão não é falta de algo ou alguém e sim a falta de si mesmo. Balela!
Mais presença comigo mesma, interna e externa, impossível!
Minha solidão é a falta em meio à fartura; é essa lacuna não preenchida por pessoas e situações, é o não conviver quando o mais desejado é a convivência. Sei das minhas falhas, mas isso é tão intrínseco em mim que eu realmente não sei se eu mudo ou deixo como está.
Não! Já tentei mudar, mas daí vem à vida e me tira por completo a mudança.
Eu escuto a solidão dizendo: - Pensou que tinha escapado de mim, eu estou em você e você está em mim! Esse é o seu destino, não adianta tentar fugir, eu venho lhe buscar!
É solidão acho que você venceu. Vou entregar-me novamente a você de corpo e alma, mergulhar no desassossego e na angustia; minha vida necessita desta condição.
Fiz uma promessa quando eu tinha 13 anos e escutei Renato Russo falando “A solidão é o mal do século”, a promessa era de saber de mim e aprender a não ser sozinha ou aprender a ser só.
Na caminhada desses 10 anos com tanta tristeza, tanto despertar para mim mesma, acho que aprendi a ser só.
Triste constatação, mas que é a mais pura verdade e realidade.
Tudo isso pra dizer que os poucos que me restavam e que me davam alguma vida fora da solidão estão indo embora, um por um, e eu não posso fazer nada, afinal cada um segue sua vida. Como eu sou péssima na manutenção da convivência, vou ficando por aqui de braços dados com minha companheira única e só que sou eu mesma.
Estou muito triste porque são pessoas das quais eu tinha muito apreço e que conseguiam entender essa alma inquieta e essa mente tresloucada.
Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só.
(Floberca Espanca)
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Em algum lugar do planeta, no hemisfério sul, especificamente no Brasil existe uma mulher interessante chamada Odara.
Filha de um pai que nunca conheceu e de uma mãe que é digna de todos os troféus e Nobel da paz, do amor, do altruísmo, Odara existiu para o mundo em algum dia, em algum mês dos anos oitenta.
O seu nome veio de uma música de Caetano Veloso – sua mãe é fã; apesar de hoje ela saber que essa música enigmática pode referir-se ao uso de drogas, Odara prefere a explicação de sua mãe: Seu nome significa tudo que é bom e inexplicável.
Odara já passou e viu vários acontecimentos em sua vida. Sua memória mais marcante é ter passado fome. Por isso que ela é tão ligada na questão social e política; nunca entendeu a desigualdade que assola o mundo. Ela costuma dizer que é a Mafalda de Quinho com o vestido verde e amarelo.
Ao divagar pelas profundas lembranças de sua história, ela se delicia com os momentos de sua infância.
- Nossa como era bom brincar de amarelinha! Rabiscar o chão de giz como o Renato Russo!
- E quando a turma tocava a campainha dos vizinhos e saía correndo... ah como era bom e ao mesmo tempo sarcástico!
- Minhas bonecas que eram minhas filhas! Eu tinha uma família linda!
Este saudosismo faz ela sentir-se melhor e sortuda por ter vivido em uma época tão boa.
Odara é muito observadora, adora observar as pessoas principalmente os que vivem em mundos diferentes. Às vezes julga, mas a maioria das vezes é observação que irá acabar em reflexão.
Um dia qualquer andando na rua Odara encontrou em seu caminho um grupos de abastados.
Desses de dar nojo, sabe? Filhinhos de papai que pensam no máximo se vão ao shopping hoje ou não.
Odara sentou-se ao lado deles e começou a observar a conversa e os movimentos corporais.
- Hoje eu to puta com Jesus! Acredita que meu pai só me deu R$ 500,00 para eu ir ao shopping? Vê se pode, não dá pra comprar nada! – disse uma ruivinha cheia de sardas fúteis.
- Hahahahaha – essa foi a resposta das outras.
- Preciso ir a academia, to querendo pegar aquela loira cachorra. De hoje não passa, deixa ela ver só o carro que meu pai me deu – disse um garoto insensato.
- É isso aí garanhão! Come mesmo – respondeu seu amigo idiota.
E Odara foi escutando aquilo e mais um monte de besteiras asquerosas, enquanto o magote de riquinhos gravavam tudo em seus celulares ultramodernos.
- Dinheiro compra quase tudo, menos autenticidade e personalidade!(pensou Odara)
Ao sair do local se deparou com o outro lado da moeda. Crianças sendo escravizadas no semáforo, mendigos sendo tratados com desdém.
- Não consigo entender porque o mundo é tão desconexo e injusto!
Odara sabe o que acontece, no fundo ela tem consciência disso. Ela estuda sobre essas coisas e sabe da cultura capitalista, é interessada por história e concluiu que nesse mundo jamais haverá igualdade.
Todos os dias ela é tocada por estas diferenças, mas de certa forma tem que ser indiferente por questão de sobrevivência.
Apesar de sua história ser tão densa e por vezes considerada difícil (se contasse daria um livro), Odara só tem que agradecer aos Deuses por ela ter sido feita aqui no Brasil, pelos seus pais e por ter nascido nos anos 80.
Porque ela sabe que a geração dela foi à última a curtir um mundo que por mais injusto era de uma leveza sutil.
Hoje no século 21 os humanos são máquinas projetadas com um modelo praticamente padrão no qual as pessoas se escravizam e morrem para ter.
De uma coisa ela tem quase certeza; vai morrer sem entender o funcionamento do universo.
- Mas também quem conseguiu? Pensa Odara.
O desejo de Odara? Que o mundo seja tão bom e inexplicável como seu nome.]
**Dois finais**
A constatação de Odara? Que o mundo é tão bom e inexplicável como seu nome.
No final a preferência é sua.
Ass: CLS
Filha de um pai que nunca conheceu e de uma mãe que é digna de todos os troféus e Nobel da paz, do amor, do altruísmo, Odara existiu para o mundo em algum dia, em algum mês dos anos oitenta.
O seu nome veio de uma música de Caetano Veloso – sua mãe é fã; apesar de hoje ela saber que essa música enigmática pode referir-se ao uso de drogas, Odara prefere a explicação de sua mãe: Seu nome significa tudo que é bom e inexplicável.
Odara já passou e viu vários acontecimentos em sua vida. Sua memória mais marcante é ter passado fome. Por isso que ela é tão ligada na questão social e política; nunca entendeu a desigualdade que assola o mundo. Ela costuma dizer que é a Mafalda de Quinho com o vestido verde e amarelo.
Ao divagar pelas profundas lembranças de sua história, ela se delicia com os momentos de sua infância.
- Nossa como era bom brincar de amarelinha! Rabiscar o chão de giz como o Renato Russo!
- E quando a turma tocava a campainha dos vizinhos e saía correndo... ah como era bom e ao mesmo tempo sarcástico!
- Minhas bonecas que eram minhas filhas! Eu tinha uma família linda!
Este saudosismo faz ela sentir-se melhor e sortuda por ter vivido em uma época tão boa.
Odara é muito observadora, adora observar as pessoas principalmente os que vivem em mundos diferentes. Às vezes julga, mas a maioria das vezes é observação que irá acabar em reflexão.
Um dia qualquer andando na rua Odara encontrou em seu caminho um grupos de abastados.
Desses de dar nojo, sabe? Filhinhos de papai que pensam no máximo se vão ao shopping hoje ou não.
Odara sentou-se ao lado deles e começou a observar a conversa e os movimentos corporais.
- Hoje eu to puta com Jesus! Acredita que meu pai só me deu R$ 500,00 para eu ir ao shopping? Vê se pode, não dá pra comprar nada! – disse uma ruivinha cheia de sardas fúteis.
- Hahahahaha – essa foi a resposta das outras.
- Preciso ir a academia, to querendo pegar aquela loira cachorra. De hoje não passa, deixa ela ver só o carro que meu pai me deu – disse um garoto insensato.
- É isso aí garanhão! Come mesmo – respondeu seu amigo idiota.
E Odara foi escutando aquilo e mais um monte de besteiras asquerosas, enquanto o magote de riquinhos gravavam tudo em seus celulares ultramodernos.
- Dinheiro compra quase tudo, menos autenticidade e personalidade!(pensou Odara)
Ao sair do local se deparou com o outro lado da moeda. Crianças sendo escravizadas no semáforo, mendigos sendo tratados com desdém.
- Não consigo entender porque o mundo é tão desconexo e injusto!
Odara sabe o que acontece, no fundo ela tem consciência disso. Ela estuda sobre essas coisas e sabe da cultura capitalista, é interessada por história e concluiu que nesse mundo jamais haverá igualdade.
Todos os dias ela é tocada por estas diferenças, mas de certa forma tem que ser indiferente por questão de sobrevivência.
Apesar de sua história ser tão densa e por vezes considerada difícil (se contasse daria um livro), Odara só tem que agradecer aos Deuses por ela ter sido feita aqui no Brasil, pelos seus pais e por ter nascido nos anos 80.
Porque ela sabe que a geração dela foi à última a curtir um mundo que por mais injusto era de uma leveza sutil.
Hoje no século 21 os humanos são máquinas projetadas com um modelo praticamente padrão no qual as pessoas se escravizam e morrem para ter.
De uma coisa ela tem quase certeza; vai morrer sem entender o funcionamento do universo.
- Mas também quem conseguiu? Pensa Odara.
O desejo de Odara? Que o mundo seja tão bom e inexplicável como seu nome.]
**Dois finais**
A constatação de Odara? Que o mundo é tão bom e inexplicável como seu nome.
No final a preferência é sua.
Ass: CLS
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Maria acorda de uma noite mal dormida, espreguiça-se, olha no espelho e não se reconhece.
Ainda pensando se está dormindo ou não, se enfia debaixo do chuveiro gelado; está quente e o dia é longo.
Depois de toda a rotina matinal feita, Maria olha no espelho novamente e continua a não se reconhecer. Será o cabelo? A sobrancelha? Os olhos? A face inteira? Ela não liga, já está atrasada para o trabalho, se ela não melhorar até o final da tarde vai ao médico.
Passando pelas ruas, pelo ônibus, pelo metrô Maria pensa o quanto queria ser um monte de pessoas ao mesmo tempo. Queria tomar para si as características das quais ao olhar uma pessoa ela sentira vontade de sentir ou ser prontamente.
- Nossa que menina mais linda, que olhos bonitos, que conjunto esplêndido! Quero ter isso para mim!
- Que beijo malicioso e molhado! Gostaria de provar!
- Que roupas mais estilosas e quanto luxo! Humm também queria isso!
- Agora o mais importante! Gostaria de ter a vida de todas essas pessoas, senti-las, sê-las!
Maria em todo seu dia reparou que as pessoas olhavam para ela com uma certa curiosidade, outras com repulsa, enfim todos reparavam nela.
Apesar de não se reconhecer mais Maria achava interessante; era a primeira vez que o mundo reparava nela.
E o dia foi passando, e ela não conseguiu olhar-se mais no espelho. Estava confusa, cega, o que estaria acontecendo com ela? Seria uma metamorfose?
Decidiu ir ao médico.
No caminho do médico como coisa do destino encontrou as pessoas que ela mais amava; mãe, irmã, namorado, amigo. Por um instante ela achou que eles não iriam reconhecê-la, mas eles foram se aproximando e ela sentiu o reconhecimento.
- Olha que coincidência mais louca! Vocês todos por aqui!
E cada um explicou o motivo para ir de encontro com Maria – explicações que não cabem aqui citar, são motivos além de uma compreensão exata.
Depois de encontrá-los e sentir que apesar de ela não se reconhecer havia pessoas no mundo que a reconheciam, Maria parou, pensou e percebeu o que havia acontecido.
De tanto querer ser ou sentir a vida das pessoas ela acabou tomando para si características, sensações da qual nunca lhe pertenceram, achando que estaria experimentando coisas novas, foi esquecendo de ser ela mesma, em essência, em vida.
Tomada a devida consciência, Maria olhou-se no espelho novamente e se reconheceu, percebeu o quanto ela era única no mundo, que apesar de o mundo não estar nem aí, ela vive, ela faz parte do ciclo.
Abraçou todos os que amava e seguiu rumo a um bar, pois Maria adora cerveja e queria comemorar!
Ainda pensando se está dormindo ou não, se enfia debaixo do chuveiro gelado; está quente e o dia é longo.
Depois de toda a rotina matinal feita, Maria olha no espelho novamente e continua a não se reconhecer. Será o cabelo? A sobrancelha? Os olhos? A face inteira? Ela não liga, já está atrasada para o trabalho, se ela não melhorar até o final da tarde vai ao médico.
Passando pelas ruas, pelo ônibus, pelo metrô Maria pensa o quanto queria ser um monte de pessoas ao mesmo tempo. Queria tomar para si as características das quais ao olhar uma pessoa ela sentira vontade de sentir ou ser prontamente.
- Nossa que menina mais linda, que olhos bonitos, que conjunto esplêndido! Quero ter isso para mim!
- Que beijo malicioso e molhado! Gostaria de provar!
- Que roupas mais estilosas e quanto luxo! Humm também queria isso!
- Agora o mais importante! Gostaria de ter a vida de todas essas pessoas, senti-las, sê-las!
Maria em todo seu dia reparou que as pessoas olhavam para ela com uma certa curiosidade, outras com repulsa, enfim todos reparavam nela.
Apesar de não se reconhecer mais Maria achava interessante; era a primeira vez que o mundo reparava nela.
E o dia foi passando, e ela não conseguiu olhar-se mais no espelho. Estava confusa, cega, o que estaria acontecendo com ela? Seria uma metamorfose?
Decidiu ir ao médico.
No caminho do médico como coisa do destino encontrou as pessoas que ela mais amava; mãe, irmã, namorado, amigo. Por um instante ela achou que eles não iriam reconhecê-la, mas eles foram se aproximando e ela sentiu o reconhecimento.
- Olha que coincidência mais louca! Vocês todos por aqui!
E cada um explicou o motivo para ir de encontro com Maria – explicações que não cabem aqui citar, são motivos além de uma compreensão exata.
Depois de encontrá-los e sentir que apesar de ela não se reconhecer havia pessoas no mundo que a reconheciam, Maria parou, pensou e percebeu o que havia acontecido.
De tanto querer ser ou sentir a vida das pessoas ela acabou tomando para si características, sensações da qual nunca lhe pertenceram, achando que estaria experimentando coisas novas, foi esquecendo de ser ela mesma, em essência, em vida.
Tomada a devida consciência, Maria olhou-se no espelho novamente e se reconheceu, percebeu o quanto ela era única no mundo, que apesar de o mundo não estar nem aí, ela vive, ela faz parte do ciclo.
Abraçou todos os que amava e seguiu rumo a um bar, pois Maria adora cerveja e queria comemorar!
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Ando meia saudosista ultimamente, com lembranças tão nítidas que parecem que acabaram de acontecer.
É muito bom fechar os olhos e ver que tanta coisa boa aconteceu, que tudo no final das contas serviu como um belo aprendizado, para construção de uma vida.
Ah! Como é bom isso.
Apesar de as vezes invejar e imaginar a vida dos outros, sou muito feliz com minha história e não trocaria por nada nesse mundo: De piriguete da V.M à estudante de Filosofia, de uma menina com cabelo esticado à uma mulher feita e com algumas tatuagens, do sofrimento latente a felicidade extasiante...\o/
Lembranças são boas pois reavivam sentidos que até então estavam adormecido, mas a vida é pra frente, é o agora!
Espero que amanhã eu consiga ter boas lembranças do dia de hoje. Que assim seja!
Jah love!
É muito bom fechar os olhos e ver que tanta coisa boa aconteceu, que tudo no final das contas serviu como um belo aprendizado, para construção de uma vida.
Ah! Como é bom isso.
Apesar de as vezes invejar e imaginar a vida dos outros, sou muito feliz com minha história e não trocaria por nada nesse mundo: De piriguete da V.M à estudante de Filosofia, de uma menina com cabelo esticado à uma mulher feita e com algumas tatuagens, do sofrimento latente a felicidade extasiante...\o/
Lembranças são boas pois reavivam sentidos que até então estavam adormecido, mas a vida é pra frente, é o agora!
Espero que amanhã eu consiga ter boas lembranças do dia de hoje. Que assim seja!
Jah love!
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Reflexão jovial.
Nossa cara como tá difícil esse emaranhado de pensamentos!
Eu queria mudar o mundo e sei que tenho capacidade mental para isso, mas infelizmente a ação não faz parte de mim. E sabe por quê?
Porque até para ter atitudes revolucionária dependemos da burguesia. Eu queria muito sair por ai protestando, me organizando, mas como? Eu tenho que trabalhar para pagar minhas contas e se eu faltar to na rua, enfim....
É por isso que nada muda nas questões sociais, culturais, humanas, pois o poder de mudança tá na mão do poder que não quer que isso ocorra. Entendeu?
Que grande desilusão!
Eu odeio a burguesia e quem faz parte dela.
Eu queria mudar o mundo e sei que tenho capacidade mental para isso, mas infelizmente a ação não faz parte de mim. E sabe por quê?
Porque até para ter atitudes revolucionária dependemos da burguesia. Eu queria muito sair por ai protestando, me organizando, mas como? Eu tenho que trabalhar para pagar minhas contas e se eu faltar to na rua, enfim....
É por isso que nada muda nas questões sociais, culturais, humanas, pois o poder de mudança tá na mão do poder que não quer que isso ocorra. Entendeu?
Que grande desilusão!
Eu odeio a burguesia e quem faz parte dela.
Desabafo paulistano.

São Paulo.
A terceira naior capital do mundo, a economia que impulsiona o país e seus 12 milhões de habitantes na capital.
Nasci e cresci aqui; todos os meus laços afetivos e minha vida foram semeados nesta cidade. Mas agora tá ficando mais díficl sobreviver aqui.
Tudo está um caos, graças ao povo que não sabe votar, que é passivo(velha cultura brazuca)que colocam no poder esses merdas que não fazem nada para o povo.
Estamos sofrendo muito com a chuva, parece que é uma coisa SP faz questão de mostrar todo sua opressão e dificuldade, nada facilita, tudo se complica.
Todo seu bom humor vai embora quando tem que se enfrentar a maratona da rotina aqui.
Nunca gostei de São Paulo, talvez por que aqui seja o berço, a representação do capitalismo, da burguesia hipócrita que impera neste mundo, o símbolo da opressão e da não vida. É claro que tem seu lado bom, sua imensidão, suas diversidades mas tudo isso cansa e você não tem para onde correr.
Desde que eu me entendo de gente quero sair daqui, agora é questão de honra e sobrevivência. Chega!
O pior é que eu não vejo melhora, pelo contrário, SP está saturada de tudo: de gente, de carro, de obras mal feitas, de falta de estrutura, etc e tal.
Enfim meu desabafo termina por aqui, porque eu sei que hoje à tarde vai ser mais um dia dificílimo onde o ódio vai conseguir superar todo amor que habita em mim.
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